A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Jogada individual de Rafael Sobis aos 45 minutos do segundo tempo,
quando o Fluminense tinha um jogador a menos em campo, deu ao time
carioca um improvável empate com o Grêmio no início da noite deste
sábado, no Maracanã. O gol saiu quando os gaúchos pareciam ter total
controle da partida, alicerçados na vitória parcial por 1 a 0, com gol
de Bressan, e na vantagem numérica, fruto da expulsão de Biro Biro. O 1 a
1 rendeu sentimento de alívio ao Flu, que fica um pouco menos colado na
zona de rebaixamento. O Grêmio agora tem dez pontos de distância para o
líder do campeonato, o Cruzeiro, que neste domingo tem clássico contra o
Atlético-MG.
O Grêmio pulou na frente ainda no primeiro tempo e depois suportou forte pressão do Fluminense. Na etapa final, porém, os cariocas não conseguiram ameaçar o adversário. Foi o brilho individual de Rafael Sobis - agora com nove gols no nacional - que evitou a derrota.
Os gaúchos, com o lance, acabaram pagando o preço da falta de ambição demonstrada depois do primeiro gol. O atacante Kleber reclamou muito de um impedimento mal assinalado pelo árbitro Alicio Pena Júnior no lance imediatamente anterior ao gol de Sobis. O Gladiador partiu do campo de defesa e ficaria frente a frente com o goleiro rival.
- O Grêmio pagou pelo erro do juiz. Não foi impedimento. Já foi assim contra o Vitória e agora de novo - protestou o atacante, referindo-se a um gol mal anulado contra os baianos, pela 23ª rodada, quando o assistente também assinalou um impedimento seu.
O Grêmio foi a 49 pontos, nove à frente do primeiro time fora da zona da Libertadores - o Vitória. Foi o sexto jogo do time de Porto Alegre contra cariocas e o primeiro sem vitória. O Flu, com 35, é o 13º, três à frente da zona de rebaixamento.
As duas equipes voltam a campo na quarta-feira. Os gaúchos recebem o Corinthians na Arena, e os cariocas visitam o Cruzeiro no Mineirão.
Pacto com a bola
A eficácia do esquema 3-5-2 do Grêmio convenceu o técnico Vanderlei Luxemburgo a usar a mesma tática. Ele também escalou o Flu com três zagueiros (Edinho foi recuado), com a diferença de que o sistema gaúcho é sustentado em três volantes no meio. Foi curioso: o time carioca foi a campo sem dar a certeza de qual seria a formação. Com a medida, Luxa pretendia controlar a verticalidade do adversário, sempre capaz de atacar rápido, com movimentação, sem dar tempo ao oponente. A missão, porém, fracassou no primeiro tempo. O zagueiro Bressan, de cabeça, fez 1 a 0 para o Grêmio aos 37 minutos.
O jogo começou chato, arrastado. Com o tempo, porém, se soltou. Foi o Grêmio que tomou a iniciativa. Souza acertou o travessão de Kléver com a canhota e depois, de perna direita, mandou chute perigoso, mas para fora. O goleiro do Fluminense ainda teve que salvar desvio de cabeça de Barcos. Quando Bressan fez o gol (Kléver saiu mal, e a bola ainda passou sob as pernas de Diguinho), já estava evidente que ele poderia nascer a qualquer momento.
Mas o mais curioso foi a mudança radical na partida depois do gol. A partir daí, o atual campeão brasileiro encaixotou o rival em seu campo de defesa e só não empatou porque os gaúchos parecem ter um pacto com a bola. Repetidas vezes, ela ficou solta dentro da área, quicando - e nada de entrar. Saimon salvou em chute de Jean. Marcelo Grohe, de enorme atuação, impediu o gol duas vezes no lance mais impressionante, aos 43, primeiro em dividida com Wagner, depois em chute de Jean.
Sobis busca o empate
Luxemburgo desmanchou o esquema com três zagueiros no intervalo. O Flu voltou para o segundo tempo com Felipe, um articulador, no lugar de Anderson. O Grêmio, em contrapartida, encontrou seu cenário ideal: vantagem no placar para, com sua distribuição matemática no campo de defesa, anestesiar o adversário. Até os 20 minutos, os cariocas trocaram passes sem parar - e sem qualquer efeito prático.
Aí o treinador do time da casa resolveu radicalizar: botou Marcos Junior no lugar de Wagner e mandou o menino Ailton a campo, sacando Bruno. O time ficou mais ofensivo. A expulsão de Biro Biro, ao tentar cavar um pênalti, complicou a vida do Fluminense. Com um a menos, parecia perdido. Era quase absoluto o controle do Grêmio. Quase. Rafael Sobis, aos 45, avançou a dribles, passou pelos marcadores, mandou o chute e conseguiu empatar a partida.
O Grêmio pulou na frente ainda no primeiro tempo e depois suportou forte pressão do Fluminense. Na etapa final, porém, os cariocas não conseguiram ameaçar o adversário. Foi o brilho individual de Rafael Sobis - agora com nove gols no nacional - que evitou a derrota.
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- Nós tentamos acertar as finalizações, mas o goleiro deles teve uma
noite muito feliz. O placar foi de 1 a 1, mas o resultado não foi justo -
avaliou Sobis.Os gaúchos, com o lance, acabaram pagando o preço da falta de ambição demonstrada depois do primeiro gol. O atacante Kleber reclamou muito de um impedimento mal assinalado pelo árbitro Alicio Pena Júnior no lance imediatamente anterior ao gol de Sobis. O Gladiador partiu do campo de defesa e ficaria frente a frente com o goleiro rival.
- O Grêmio pagou pelo erro do juiz. Não foi impedimento. Já foi assim contra o Vitória e agora de novo - protestou o atacante, referindo-se a um gol mal anulado contra os baianos, pela 23ª rodada, quando o assistente também assinalou um impedimento seu.
O Grêmio foi a 49 pontos, nove à frente do primeiro time fora da zona da Libertadores - o Vitória. Foi o sexto jogo do time de Porto Alegre contra cariocas e o primeiro sem vitória. O Flu, com 35, é o 13º, três à frente da zona de rebaixamento.
As duas equipes voltam a campo na quarta-feira. Os gaúchos recebem o Corinthians na Arena, e os cariocas visitam o Cruzeiro no Mineirão.
Grohe
sai bem e salva chute de Wagner: foi uma das quatro defesas difíceis
do
goleiro apenas no primeiro tempo (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O
Globo)
A eficácia do esquema 3-5-2 do Grêmio convenceu o técnico Vanderlei Luxemburgo a usar a mesma tática. Ele também escalou o Flu com três zagueiros (Edinho foi recuado), com a diferença de que o sistema gaúcho é sustentado em três volantes no meio. Foi curioso: o time carioca foi a campo sem dar a certeza de qual seria a formação. Com a medida, Luxa pretendia controlar a verticalidade do adversário, sempre capaz de atacar rápido, com movimentação, sem dar tempo ao oponente. A missão, porém, fracassou no primeiro tempo. O zagueiro Bressan, de cabeça, fez 1 a 0 para o Grêmio aos 37 minutos.
O jogo começou chato, arrastado. Com o tempo, porém, se soltou. Foi o Grêmio que tomou a iniciativa. Souza acertou o travessão de Kléver com a canhota e depois, de perna direita, mandou chute perigoso, mas para fora. O goleiro do Fluminense ainda teve que salvar desvio de cabeça de Barcos. Quando Bressan fez o gol (Kléver saiu mal, e a bola ainda passou sob as pernas de Diguinho), já estava evidente que ele poderia nascer a qualquer momento.
Mas o mais curioso foi a mudança radical na partida depois do gol. A partir daí, o atual campeão brasileiro encaixotou o rival em seu campo de defesa e só não empatou porque os gaúchos parecem ter um pacto com a bola. Repetidas vezes, ela ficou solta dentro da área, quicando - e nada de entrar. Saimon salvou em chute de Jean. Marcelo Grohe, de enorme atuação, impediu o gol duas vezes no lance mais impressionante, aos 43, primeiro em dividida com Wagner, depois em chute de Jean.
Rafael Sobis comemora gol aos 45 do segundo tempo
(Foto: Fernando Cazaes / Photocamera)
Luxemburgo desmanchou o esquema com três zagueiros no intervalo. O Flu voltou para o segundo tempo com Felipe, um articulador, no lugar de Anderson. O Grêmio, em contrapartida, encontrou seu cenário ideal: vantagem no placar para, com sua distribuição matemática no campo de defesa, anestesiar o adversário. Até os 20 minutos, os cariocas trocaram passes sem parar - e sem qualquer efeito prático.
Aí o treinador do time da casa resolveu radicalizar: botou Marcos Junior no lugar de Wagner e mandou o menino Ailton a campo, sacando Bruno. O time ficou mais ofensivo. A expulsão de Biro Biro, ao tentar cavar um pênalti, complicou a vida do Fluminense. Com um a menos, parecia perdido. Era quase absoluto o controle do Grêmio. Quase. Rafael Sobis, aos 45, avançou a dribles, passou pelos marcadores, mandou o chute e conseguiu empatar a partida.
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