Rodízio expõe fraquezas de Alessandro, Diogo Silva e Michel Alves, enquanto o time luta contra a degola. Jovem Jordi pode ser próximo da lista
O comando técnico passou o ano em um rodízio que só trouxe insegurança e ansiedade a Michel Alves, Diogo Silva e Alessandro. Ninguém se firmou, e a nau vascaína segue nas águas tortuosas do risco de degola. Um levantamento feito pelo GLOBOESPORTE.COM aponta que dez dos 51 gols que o Vasco sofreu no Brasileiro vieram de falhas evidentes de algum dos três goleiros. O time tem a terceira pior defesa da competição, e não é por acaso: de cada cinco gols, um aconteceu por causa de um erro de quem estava embaixo da trave.
É importante ressaltar que houve ainda outras falhas, que não levaram diretamente à perda de pontos. Ao todo foram nove pontos em partidas contra Bahia, Goiás, Grêmio, Criciúma (returno), Botafogo e Ponte Preta (veja distribuição na tabela abaixo). Erros contra São Paulo (nos dois turnos), Criciúma (turno) e Fluminense não geraram perda de pontos.
- Quando erra, erra todo mundo, e quando acerta também. Não vamos buscar culpados. Isso é sempre uma muleta. O Vasco precisa mesmo é jogar um pouco mais - disse Dorival neste domingo, após a derrota para a Ponte Preta.
O rodízio entre os goleiros marcou a temporada do Vasco mesmo antes do Brasileiro compeçar. No início do ano o titular era Alessandro, que perdeu a vaga para Michel Alves depois de 15 jogos. Começou com ele a vaga na competição nacional, mas seis rodadas depois ele já dava lugar a Diogo Silva, beneficiado com a chegada de Dorival Júnior. Foram 15 rodadas como titular, até que uma trapalhada contra o São Paulo, seguida de uma queixa a respeito do comportamento da torcida, forçou nova mudança. Mas Michel Alves ficou apenas dois jogos no cargo novamente, e Diogo Silva voltou. Outras duas falhas contra o Botafogo, e Dorival Júnior se voltou para Alessandro. A longa inatividade, no entanto, parece ter pesado contra o goleiro.
Diante das constantes mudanças, quem não mudou sua opinião foi Carlos Germano, preparador de goleiros e um dos maiores ídolos da história do clube. Ele sempre deixou claro que o time precisava de um profissional mais experiente e voltou suas atenções para tentar o retorno de Helton, hoje no Porto. Sem sucesso, rejeitou a contratação de qualquer outro goleiro disponível no mercado. Também era contra o rodízio. Sempre bancou a ideia de dar uma sequência a um dos goleiros, no caso Diogo Silva.
- Ele (Diogo Silva) é um bom goleiro, vejo qualidade, ele já nos ajudou em algumas situações. Acho que ele vem relativamente bem nos jogos. Lógico que houve situações de deslizes, que acontecem, talvez pelo tempo sem jogar, talvez por estar num time grande - disse, Germano, em agosto, após a derrota para o Grêmio em São Januário.
A questão é que, diante da instabilidade dos goleiros, o Vasco pode se ver forçado a acrescentar mais uma peça nesse angustiante rodízio: o jovem Jordi, de 20 anos, um dos destaques da equipe campeã da Taça BH de Juniores. Ele era cotado para substituir Diogo Silva depois das falhas contra o Botafogo, mas perdeu a disputa com Alessandro para a partida contra o Goiás, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil, porque ficou um mês afastado dos treinos por causa de uma lesão muscular. Mas agora, com a atuação de Alessandro diante da Ponte, pode ser o próximo da lista para a reta final do Brasileiro, na espinhosa missão de salvar o time do rebaixamento.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2013/10/falhas-dos-tres-goleiros-tiram-nove-pontos-do-vasco-no-brasileiro.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário