A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro
Cruzeiro e Corinthians entraram na quarta rodada do Campeonato
Brasileiro com chances de liderança da tabela da competição. Sem um
futebol convincente, porém, foi difícil achar uma jogada que resultasse
em gol. Só de pênalti. Graças à insistência celeste e à competência de
Dagoberto numa penalidade máxima, o Cruzeiro fez 1 a 0 na noite desta
quarta-feira, em Sete Lagoas, e assumiu a ponta por ter maior número de
gols marcados – nove, contra sete do São Paulo. Outros quatro times
(Vitória, Grêmio, Botafogo e Bahia) também têm sete pontos.
Objetivo que o Corinthians também tinha, mas não consegue alcançar por causa de um futebol burocrático, sem a mesma eficiência de antes. Com cinco pontos, o Timão já não pode mais tornar realidade sua meta para as primeiras cinco rodadas – eram 10 pontos nos planos.
Dagoberto, do Cruzeiro, em lance com Fábio Santos, do Corinthians (Foto: Washington Alves/Vipcomm)
Nem Pato, nem Mito. Deu ídolo
O Cruzeiro controlou a posse de bola por quase todo o primeiro tempo, mas não teve chances claras de gol. Tocou, tocou, tocou, e na hora de chegar perto do gol de Cássio, os zagueiros corintianos salvaram - ou a equipe celeste tropeçava nos próprios erros de passes. Marcelo Oliveira ainda teve de fazer uma troca logo no início: Ceará, machucado, deu lugar a Mayke. Mesmo consciente, o bom time do Cruzeiro não traduziu o toque de bola de Diego Souza, Everton Ribeiro e Dagoberto em oportunidades reais.
Todos os grandes lances passaram pelos mesmos pés – todos eles bem longe do gol defendido por Cássio. Lá do outro lado do campo, três protagonistas se encontraram. Alexandre Pato, Dedé e Fábio, quase sempre juntos, em quatro diferentes cenas com o mesmo final feliz para o goleiro cruzeirense.
Pato vive um incômodo jejum de gols que chega agora a oito jogos. Sem Guerrero, infiltrou-se como centroavante e aterrorizou Dedé, provocando pelo menos duas falhas grotescas do zagueiro chamado de Mito pela torcida celeste – e anteriormente pela vascaína. O corintiano sempre levou vantagem sobre o beque rival.
O problema é que passar por Dedé não era suficiente. Primeiro, bola enfiada por Emerson, chute cruzado, defesa de Fábio. Minutos depois, lançamento em profundidade, matada com estilo no peito, defesaça de Fábio. No fim, falha da zaga cruzeirense, bola limpa para Pato, intervenção milagrosa de Fábio. Sem contar uma bola para fora, de pé esquerdo, também livre na grande área. Entre o Pato e o Mito, melhor mesmo para o goleiro, ídolo e capitão do Cruzeiro.
Jogo arrastado e pênalti decisivo
No primeiro tempo, ao menos, o Corinthians criava chances de gol. No segundo, só o Cruzeiro mostrou disposição em buscar a vitória, mesmo com a impaciência da torcida local, que lotou a Arena do Jacaré. A cada erro ofensivo, um apupo, uma vaia, quase sempre contra o técnico Marcelo Oliveira. Quando ele trocou Anselmo Ramon por Luan, alguns protestos puderam ser ouvidos.
Perigo, mesmo, só na bola aérea. Dedé, agora mais tranquilo, foi quem chegou mais perto do gol – uma cabeçada à direita do gol de Cássio, aos cinco minutos. Depois, o toque de bola, mais uma vez, não foi traduzido em chances real de gol.
Após os 30, a pressão aumentou. A cobrança de falta de Dagoberto raspou a trave de Cássio. Três minutos depois, Elber teve chance quase na pequena área, ajeitou, mas soltou a bomba nas arquibancadas. A paciência da torcida celeste foi embora, mas só até os 37: o mesmo Elber sofreu pênalti claro de Fábio Santos. Dagoberto bateu com tranquilidade, no canto direito de Cássio: 1 a 0.
Tite mexeu pouco no Corinthians - colocou apenas Romarinho na vaga de Douglas, para tentar dar velocidade ao meio-campo. Nada que mudasse o destino de um jogo arrastado, enfadonho, duro de assistir. Um 0 a 0 era até merecido, mas o Cruzeiro foi premiado pela insistência. O Timão, mais uma vez, mostrou que é apenas sombra daquele forte elenco campeão mundial.
saiba mais
A volta do Cruzeiro à Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, foi na medida.
Após mais de um ano afastado do estádio, o time celeste deu um presente à
torcida que lotou o local e fez muita festa, apesar de alguns momentos
de protestos contra o técnico Marcelo Oliveira. Ao menos por enquanto, o
time está cumprindo seu objetivo: ficar no grupo dos classificados para
a Taça Libertadores.Objetivo que o Corinthians também tinha, mas não consegue alcançar por causa de um futebol burocrático, sem a mesma eficiência de antes. Com cinco pontos, o Timão já não pode mais tornar realidade sua meta para as primeiras cinco rodadas – eram 10 pontos nos planos.
O Cruzeiro controlou a posse de bola por quase todo o primeiro tempo, mas não teve chances claras de gol. Tocou, tocou, tocou, e na hora de chegar perto do gol de Cássio, os zagueiros corintianos salvaram - ou a equipe celeste tropeçava nos próprios erros de passes. Marcelo Oliveira ainda teve de fazer uma troca logo no início: Ceará, machucado, deu lugar a Mayke. Mesmo consciente, o bom time do Cruzeiro não traduziu o toque de bola de Diego Souza, Everton Ribeiro e Dagoberto em oportunidades reais.
Todos os grandes lances passaram pelos mesmos pés – todos eles bem longe do gol defendido por Cássio. Lá do outro lado do campo, três protagonistas se encontraram. Alexandre Pato, Dedé e Fábio, quase sempre juntos, em quatro diferentes cenas com o mesmo final feliz para o goleiro cruzeirense.
Pato vive um incômodo jejum de gols que chega agora a oito jogos. Sem Guerrero, infiltrou-se como centroavante e aterrorizou Dedé, provocando pelo menos duas falhas grotescas do zagueiro chamado de Mito pela torcida celeste – e anteriormente pela vascaína. O corintiano sempre levou vantagem sobre o beque rival.
O problema é que passar por Dedé não era suficiente. Primeiro, bola enfiada por Emerson, chute cruzado, defesa de Fábio. Minutos depois, lançamento em profundidade, matada com estilo no peito, defesaça de Fábio. No fim, falha da zaga cruzeirense, bola limpa para Pato, intervenção milagrosa de Fábio. Sem contar uma bola para fora, de pé esquerdo, também livre na grande área. Entre o Pato e o Mito, melhor mesmo para o goleiro, ídolo e capitão do Cruzeiro.
Leandro Guerreiro disputa com Emerson Sheik
(Foto: Washington Alves/Vipcomm)
(Foto: Washington Alves/Vipcomm)
No primeiro tempo, ao menos, o Corinthians criava chances de gol. No segundo, só o Cruzeiro mostrou disposição em buscar a vitória, mesmo com a impaciência da torcida local, que lotou a Arena do Jacaré. A cada erro ofensivo, um apupo, uma vaia, quase sempre contra o técnico Marcelo Oliveira. Quando ele trocou Anselmo Ramon por Luan, alguns protestos puderam ser ouvidos.
Perigo, mesmo, só na bola aérea. Dedé, agora mais tranquilo, foi quem chegou mais perto do gol – uma cabeçada à direita do gol de Cássio, aos cinco minutos. Depois, o toque de bola, mais uma vez, não foi traduzido em chances real de gol.
Após os 30, a pressão aumentou. A cobrança de falta de Dagoberto raspou a trave de Cássio. Três minutos depois, Elber teve chance quase na pequena área, ajeitou, mas soltou a bomba nas arquibancadas. A paciência da torcida celeste foi embora, mas só até os 37: o mesmo Elber sofreu pênalti claro de Fábio Santos. Dagoberto bateu com tranquilidade, no canto direito de Cássio: 1 a 0.
Tite mexeu pouco no Corinthians - colocou apenas Romarinho na vaga de Douglas, para tentar dar velocidade ao meio-campo. Nada que mudasse o destino de um jogo arrastado, enfadonho, duro de assistir. Um 0 a 0 era até merecido, mas o Cruzeiro foi premiado pela insistência. O Timão, mais uma vez, mostrou que é apenas sombra daquele forte elenco campeão mundial.
Dagoberto comemora gol do Cruzeiro sobre o Corinthians (Foto: Washington Alves/Vipcomm)
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