A CRÔNICA
por
Carlos Augusto Ferrari
Foi mais difícil do que a torcida esperava. De roupa vermelha em homenagem à nova tonalidade das cadeiras do Morumbi,
o líder absoluto da primeira fase do Paulistão sofreu diante do novato e
apenas oitavo colocado Penapolense. E como sofreu. A grande atuação
contra o Atlético-MG ficou no passado. O São Paulo jogou mal, chegou a
levar sustos durante o jogo, mas avançou com um magro 1 a 0 graças à
ótima fase de Osvaldo, ao gol contra de Jailton e a um milagre de
Rogério Ceni. Agora, pega o Corinthians na semifinal.
A irritação dos mais de 32 mil torcedores presentes resumiu a atuação tricolor. A equipe de Ney Franco teve dificuldade para se encontrar e outra vez ouviu os pedidos de “raça”. Ganso, Jadson e Luis Fabiano não resolveram. Coube a Osvaldo, que ainda sonha com um lugar na Copa das Confederações, infernizar a defesa rival antes de o zagueiro cabecear contra a própria rede.
O Penapolense dá adeus ao Paulistão, mas tem muito o que comemorar. O clube da cidade de 58 mil habitantes – caberiam todos no Morumbi – chegou ao “mata” logo em seu primeiro ano na elite. Agora, o título do interior e em seguida o Campeonato Brasileiro da Série B, outra novidade em sua história
Festa? Só antes de o jogo começar
O clima de festa pela utilização de um uniforme comemorativo em homenagem ao Morumbi se transformou em apreensão com o passar do tempo. A calma para furar o bloqueio rival também foi acabando e trouxe a impaciência da torcida, que, ainda aos 30 minutos, já cantava “É quinta-feira!”, uma referência ao duelo contra o Atlético-MG, pela Libertadores.
O São Paulo dominou o jogo, foi absoluto no controle da bola no primeiro tempo, mas não conseguiu criar diante de um adversário cauteloso e bastante eficiente na marcação. Ganso assumiu o papel de maestro com belas tabelas, principalmente com Jadson, mais apagado que de costume. O ferrolho armado por Pintado na frente da área, porém, atrapalhou. Luis Fabiano ficou encurralado e pouco fez entre os zagueiros.
A alternativa foi jogar pelos lados. Pela direita, o zagueiro improvisado de lateral Paulo Miranda só acertou quando chutou de longe para Marcelo espalmar com dificuldade. Do outro lado, Osvaldo infernizou os marcadores com velocidade e bons dribles. Carleto e Jadson também arriscaram duas bombas, mas não venceram o goleiro.
O Penapolense se contentou em levar a igualdade para o intervalo. O time do interior saiu pouco para o ataque e não aproveitou quando o São Paulo se expôs em demasia. A única chance também surgiu em uma finalização de longe de Niel. Rogério Ceni jogou para escanteio.
Osvaldo, com ajuda de Jailton, classifica o Tricolor
O que estava ruim no fim do primeiro tempo piorou no início do segundo. O São Paulo voltou ainda mais perdido para a etapa final, com erros no ataque e muito espaço na defesa, sobretudo em lançamentos rápidos nas costas dos marcadores. Rogério Ceni teve de salvar a equipe em cabeçada de Jailton, chute de Fernando e uma finalização quase cara a cara de Silvinho.
Em meio aos pedidos de “raça” da torcida, Ney Franco apostou em uma troca para fazer o time melhorar. O volante Wellington deu lugar a Douglas, posicionado como um outro meio-campista ofensivo. Jadson foi recuado. O time ganhou velocidade e teve uma leve reação. Luis Fabiano, de cabeça, acertou o travessão, enquanto Osvaldo, em chute cruzado, quase colocou a bola no canto esquerdo.
Se taticamente continuou confuso, o time apostou na vontade para atacar. Osvaldo, mais uma vez, se destacou atuando aberto pelo lado esquerdo ataque. Após boa jogada dele, Luis Fabiano teve a chance para marcar em um lance polêmico. A bola acertou o travessão e tocou na linha antes que Marcelo segurasse.
O caminho era pela esquerda novamente. Outra vez, nos pés de Osvaldo, o mais lúcido do setor ofensivo. O atacante passou em velocidade pela marcação e cruzou forte para a área. Jailton tentou desviar e acabou mandando contra a própria meta. Gol contra.
A vantagem tranquilizou o São Paulo para administrar a vitória. No entanto, o time não escapou de passar um último susto. Aos 43, Sérgio Mota, que chegou a ser apontado como o novo Kaká no Tricolor, dominou na pequena área e bateu forte, no alto. Rogério Ceni voou e operou um milagre para garantir a classificação.
A irritação dos mais de 32 mil torcedores presentes resumiu a atuação tricolor. A equipe de Ney Franco teve dificuldade para se encontrar e outra vez ouviu os pedidos de “raça”. Ganso, Jadson e Luis Fabiano não resolveram. Coube a Osvaldo, que ainda sonha com um lugar na Copa das Confederações, infernizar a defesa rival antes de o zagueiro cabecear contra a própria rede.
saiba mais
Depois do sufoco, o São Paulo volta a pensar na Taça Libertadores. O
Tricolor faz o primeiro jogo das oitavas de final na quinta-feira,
contra o Atlético-MG, às 20h15m, no Morumbi. O segundo duelo está
marcado para o dia 8 de maio, no estádio Independência, em Belo
Horizonte. O vencedor enfrentará Palmeiras ou Tijuana, do México.O Penapolense dá adeus ao Paulistão, mas tem muito o que comemorar. O clube da cidade de 58 mil habitantes – caberiam todos no Morumbi – chegou ao “mata” logo em seu primeiro ano na elite. Agora, o título do interior e em seguida o Campeonato Brasileiro da Série B, outra novidade em sua história
Jogadores do São Paulo, com o novo uniforme vermelho (Foto: Divulgação/Penalty/VIPCOMM )
O clima de festa pela utilização de um uniforme comemorativo em homenagem ao Morumbi se transformou em apreensão com o passar do tempo. A calma para furar o bloqueio rival também foi acabando e trouxe a impaciência da torcida, que, ainda aos 30 minutos, já cantava “É quinta-feira!”, uma referência ao duelo contra o Atlético-MG, pela Libertadores.
O São Paulo dominou o jogo, foi absoluto no controle da bola no primeiro tempo, mas não conseguiu criar diante de um adversário cauteloso e bastante eficiente na marcação. Ganso assumiu o papel de maestro com belas tabelas, principalmente com Jadson, mais apagado que de costume. O ferrolho armado por Pintado na frente da área, porém, atrapalhou. Luis Fabiano ficou encurralado e pouco fez entre os zagueiros.
A alternativa foi jogar pelos lados. Pela direita, o zagueiro improvisado de lateral Paulo Miranda só acertou quando chutou de longe para Marcelo espalmar com dificuldade. Do outro lado, Osvaldo infernizou os marcadores com velocidade e bons dribles. Carleto e Jadson também arriscaram duas bombas, mas não venceram o goleiro.
O Penapolense se contentou em levar a igualdade para o intervalo. O time do interior saiu pouco para o ataque e não aproveitou quando o São Paulo se expôs em demasia. A única chance também surgiu em uma finalização de longe de Niel. Rogério Ceni jogou para escanteio.
Luis Fabiano encara a marcação do Penapolense (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)
O que estava ruim no fim do primeiro tempo piorou no início do segundo. O São Paulo voltou ainda mais perdido para a etapa final, com erros no ataque e muito espaço na defesa, sobretudo em lançamentos rápidos nas costas dos marcadores. Rogério Ceni teve de salvar a equipe em cabeçada de Jailton, chute de Fernando e uma finalização quase cara a cara de Silvinho.
Em meio aos pedidos de “raça” da torcida, Ney Franco apostou em uma troca para fazer o time melhorar. O volante Wellington deu lugar a Douglas, posicionado como um outro meio-campista ofensivo. Jadson foi recuado. O time ganhou velocidade e teve uma leve reação. Luis Fabiano, de cabeça, acertou o travessão, enquanto Osvaldo, em chute cruzado, quase colocou a bola no canto esquerdo.
Se taticamente continuou confuso, o time apostou na vontade para atacar. Osvaldo, mais uma vez, se destacou atuando aberto pelo lado esquerdo ataque. Após boa jogada dele, Luis Fabiano teve a chance para marcar em um lance polêmico. A bola acertou o travessão e tocou na linha antes que Marcelo segurasse.
O caminho era pela esquerda novamente. Outra vez, nos pés de Osvaldo, o mais lúcido do setor ofensivo. O atacante passou em velocidade pela marcação e cruzou forte para a área. Jailton tentou desviar e acabou mandando contra a própria meta. Gol contra.
A vantagem tranquilizou o São Paulo para administrar a vitória. No entanto, o time não escapou de passar um último susto. Aos 43, Sérgio Mota, que chegou a ser apontado como o novo Kaká no Tricolor, dominou na pequena área e bateu forte, no alto. Rogério Ceni voou e operou um milagre para garantir a classificação.
Osvaldo, diante do marcador do Penapolense (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)
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