Jovem de 17 anos diz ter sido autor do disparo do sinalizador que atingiu e matou Kevin Espada, de 14 anos. Torcida sabia quando ele voltou ao Brasil
O adolescente apareceu na Vara da Infância no carro do advogado da Gaviões da Fiel, Ricardo Cabral, sentado no banco da frente. Acompanhado pela mãe, ele começou a dar seu depoimento por volta das 15h30 na sala da promotoria localizada no terceiro andar. Ele deve ser liberado ainda nesta segunda-feira (até as 19h). Depois de ouvir o menor, o promotor Gabriel Rodrigues Alves irá confrontar as informações para decidir qual encaminhamento dará ao caso.
Repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e curiosos se acumularam no local para esperar a chegada do jovem, que voltou ao Brasil de ônibus no último sábado. Em entrevista ao "Fantástico", no domingo, ele afirmou ser o responsável pela morte de Kevin.
Menor chega com as mãos cobrindo o rosto (Foto: Leandro Canônico / GLOBOESPORTE.COM)
A versão do advogado é que o garoto ficou em choque e muito preocupado após o disparo acidental do sinalizador naval. Cabral diz que o artefato foi comprado num camelô, no centro da cidade de São Paulo, e levado para a Bolívia. Ainda de acordo com o advogado, todos os objetos apreendidos eram de H. A. M..
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- Aqueles sinalizadores apreendidos pertenciam ao menor brasileiro. Ele
abandonou a mochila porque estava sendo hostilizado por membros da
Gaviões, se afastou e depois retornou em outro lugar na arquibancada.
Foi quando os policiais vieram e apreenderam mochilas, bandeiras - disse
o advogado.Em Oruro, dois torcedores foram indiciados como autores do crime por portarem sinalizadores: Cleuter Barreto Barros e Leandro Silva de Oliveira. Os outros dez estão acusados como cúmplices. A expectativa da Gaviões é que a confissão amenize a situação dos brasileiros detidos - um deles, Tadeu Macedo Andrade, é diretor da torcida -, mas o embaixador do Brasil na Bolívia afirmou que o cenário, ao menos inicialmente, não deve ser alterado.
H. A. M. não pode ser extraditado, mas é provável que as autoridades bolivianas queiram participar da investigação, que será feita no Brasil. Ricardo Cabral afirma ter como provar que o menor foi mesmo o autor do disparo e que a confissão não se trata de uma estratégia para tentar que os torcedores sejam soltos em Oruro.
O advogado garante que ao comparar a identidade e a foto do jovem em sua ficha cadastral com a imagem ampliada do vídeo feito por uma emissora de televisão boliviana, que mostra de onde teria saído o sinalizador, não restará dúvidas que se trata de seu cliente.
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Menor se apresentou na Vara da Infância e da Juventude (Foto: Alberto Augusto/Sigmapress/Agência
Estado)
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