Personagem da série Brasileirinhos deste domingo, camisa 11 do Chelsea explica como superou a morte do pai e trilhou para o sucesso nos campos
- Lógico que eu não lembro dele, mas você sente falta de um pai quando você está jogando futebol. Vão todos os pais e o seu não está lá. Sente falta na escola, no dia dos pais. Aí você vai crescendo, parece que vai sentindo mais ainda - contou o jogador do Chelsea.
A mãe, dona Sueli, ficou encarregada de cuidar dele e mais um filho. E o pior: grávida de um terceiro, a irmã Gabriele. Para poder cuidar de tudo, começou a trabalhar como autônoma.
Oscar admite timidez dentro das quatro linhas
(Foto: Reprodução SporTV)
(Foto: Reprodução SporTV)
Ao ser contratado pelo São Paulo, realizou um antigo sonho do pai que, no entanto, não durou muito. Depois da conquista do Brasileiro, em 2008, a relação com o clube foi rompida, por problemas contratuais. Mas, em março deste ano, já no Internacional, Oscar ficaria 47 dias fora de campo em virtude de uma ação movida pelo antigo clube contra o jogador.
- Tinha treino que ele arrebentava, mesmo sabendo que não podia jogar. Em momento algum, abaixou a cabeça para ficar se lamentando. Ele se entregou nos treinos, para, quando pudesse voltar, ajudar - disse Leandro Damião, ex-companheiro no time gaúcho.
Tem que me ver e tocar. Se estou livre, toca. É difícil eu pedir"
Oscar, sobre timidez em campo
- Está bom, não é! Espero conquistar mais um monte - brincou.
Contudo, o futebol de gente grande, que já lhe rendeu muitos títulos, não condiz com a personalidade. O estilo irreverente em campo esconde uma pessoa muito reservada, calada e tímida, assim como sua namorada Ludimila. Mesmo nos gramados, nada de abrir boca, nem para receber um passe.
- Dentro do campo, às vezes, até os meus amigos cobram para falar alguma coisa. ‘Tem que falar! Pede bola’. É meu jeito, eu sou quieto, acho que meu jeito dentro e fora de campo é bem parecido. Tem que me ver e tocar. Se estou livre, toca. É difícil eu pedir - confessou.
Além da timidez, o menino que cresceu nos campos de Santa Bárbara do Oeste, em São Paulo, sempre foi muito magro, o que lhe rendeu alguns apelidos. Na infância, “magrelo” era o mais recorrente e, quando foi para o Tricolor Paulista, passou a ser chamado de “meningite”.
Oscar comemora gol do Chelsea sobre o Shakhtar Donetsk pela Champions League (Foto: Agência Reuters)
- Para mim é um sonho. É como se eu tivesse ganhado na loteria, porque, nem amador eu acho que servia para jogar bola. Como eu não consegui me tornar treinador profissional, então, pelo menos, eu pude realizar o sonho de revelar jogadores - contentou-se.
Oscar foi comprado pelo Chelsea em junho de 2012 e representou uma transação de sucesso. Gols, passes, lances marcantes e, em menos de seis meses no clube, ele já tem foto estampada na camisa dos torcedores e tudo. A passagem pela Inglaterra e as atuações com a amarelinha fizeram surgir elogios até do Rei Pelé.
- Eu gosto do Oscar, vi jogar esses últimos dois anos. Ele compôs muito bem na Seleção, é um jogador importantíssimo, atua em vários lugares do campo. Agora, precisa provar isso na Copa. Vou até ressaltar a personalidade dele, porque o Romário, com todo o nome dele, não quis jogar com a 10, jogou com a 11 e o Oscar está encarando - destacou.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/2012/12/presente-ao-pai-oscar-supera-drama-de-infancia-para-conquistar-o-mundo.html
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