segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Em séries invictas, Ponte e Botafogo empatam sem motivos para festejar

Com estilos bem definidos em campo, mas com erros nas finalizações, times ficam no 0 a 0 neste domingo, em Campinas, pelo Brasileiro


 A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM

A dificuldade em encontrar o gol foi intensa e, assim, Ponte Preta e Botafogo só poderiam terminar empatando por 0 a 0, neste domingo, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo mantendo suas séries invictas, agora de sete e cinco jogos, respectivamente, não há motivos para comemorações.

- Não foi o que a gente queria, mas tentamos até o final. Agora temos a semana para trabalhar para tentarmos essa sequência de vitórias na reta final - disse o meia Andrezinho, do Botafogo, em entrevista à "Rádio Globo".

O Botafogo chegou aos 39 pontos, caiu para o sexto lugar e continuou quatro pontos atrás do Vasco, que seria o último classificado para a Taça Libertadores. O próximo adversário será o Corinthians, domingo, no Engenhão.

Já a Ponte Preta perdeu uma posição, ficando em 11º, com 33 pontos, e terá o Vasco pela frente, no mesmo em dia, em Campinas. Para o meia Nikão, o time campineiro pecou na hora de finalizar as jogadas.

- Infelizmente não conseguimos fazer o gol. Criamos, mas não deu. Falta de oportunidade não é nosso problema. Estamos criando, mas a bola não tem entrado. Temos que trabalhar mais para, quando estiver na cara do goleiro, colocar a bola para dentro - afirmou.

Andrezinho, Botafogo x Figueirense (Foto: Denny Cesare / Futura Press)Andrezinho tenta se livrar da marcação durante empate com a Ponte (Foto: Denny Cesare / Futura Press)

Trabalho para Edson Bastos

Os estilos em campo se mostraram claramente uma tônica do que os dois times apresentaram durante o Campeonato Brasileiro. Enquanto a Ponte Preta se fechou, mesmo jogando em seu estádio, o Botafogo trocou passes de forma intensa, com seu já tradicional trio de meias, à procura de um espaço para a finalização precisa.

Para se ter uma ideia do domínio do Botafogo no primeiro tempo, o time terminou a etapa com 60% de posse de bola. No entanto, finalizou apenas quatro vezes, dando trabalho ao goleiro Edson Bastos. A Ponte Preta conseguiu três finalizações, mas sem perigo para Jefferson.

A primeira boa chance do jogo aconteceu em um erro de Márcio Azevedo, aos 26 minutos, no meio do campo. Cicinho ficou com a bola e, em velocidade, tocou para o atacante Roger, que chutou mal e desperdiçou a oportunidade de abrir o placar. Logo depois, Dória e Jefferson se enrolaram em uma jogada na entrada da área, mas os atacantes da Ponte Preta não aproveitaram.

O Botafogo aumentou o seu domínio no toque de bola e, finalmente, conseguiu levar perigo. Aos 34 minutos, Rafael Marques, de volta ao time recuperado de uma torção no tornozelo esquerdo, deu ótimo passe para Fellype Gabriel, que chutou de esquerda e obrigou Edson Bastos a fazer grande defesa.

Com várias cobranças de escanteio a seu favor - só no primeiro tempo foram sete -, o Botafogo não conseguiu aproveitar as cabeçadas. No entanto, em uma sobra na entrada da área, Jadson driblou Luan e Uendel de uma só vez e chutou com perigo para boa defesa de Edson Bastos.

a muralha

Edson Bastos
4 DEFESAS DIFÍCEIS

Recordes de defesas difíceis em um jogo:
01 Wilson FIG 1 x 0 COR - 22ª RODADA 6
02 Marcelo Grohe SPO 1 x 2 GRE - 16ª RODADA 6
03 Julio Cesar SPT 1 x 1 COR - 8ª RODADA 6
04 Magrão SPO 1 x 0 SPT - 14ª RODADA 6
ranking parcial do campeonato até 16/09/2012
mais sobre Edson Bastos

Mais chances perdidas

O técnico Gilson Kleina decidiu mudar o time da Ponte Preta no intervalo. Com a entrada de Nikão, carrasco do Botafogo no primeiro turno, no lugar do zagueiro Diego Sacoman, fez a tentativa de melhorar a produção ofensiva no segundo tempo, depois de ser dominado no primeiro.

A mudança não impediu o Botafogo de continuar dominando o jogo. Pelo contrário, o time seguiu com sua troca de passes em busca de espaço. Em uma cobrança de falta de Andrezinho, Rafael Marques aproveitou a sobra quase na pequena área e chutou de bico, mas Ferron desviou e evitou o gol, aos 14 minutos. Logo depois, Márcio Azevedo tabelou com Fellype Gabriel e tocou para Andrezinho finalizar de perna esquerda nas mãos de Edson Bastos.

A Ponte Preta percebeu que se continuasse jogando da mesma forma acabaria sofrendo o gol. Gilson Kleina fez mais uma alteração, colocando Gerônimo no lugar de Luan. Rapidamente, o time teve duas chances, com Roger, de cabeça, e Cicinho, mas ambas foram para fora. O Botafogo respondeu com um chute de fora da área de Rafael Marques, aos 27, bem defendido por Edson Bastos.

Kleina fez sua última mudança, aos 28, colocando Bruno Sabino no lugar de Marcinho. Em seguida, Oswaldo de Oliveira colocou Cidinho, herói no empate com o Internacional, na vaga de Fellype Gabriel e Vítor Júnior no lugar de Lodeiro nas duas primeiras alterações do Botafogo. A melhor chance acabou caindo nos pés de Roger para a Ponte Preta, aos 41, errando de forma bisonha a finalização.

O jogo não mudou de ritmo em momento algum, mesmo com todas as mudanças. No fim, o esperado 0 a 0, afinal o Botafogo não conseguiu encontrar o seu gol nem a Ponte Preta encaixou com perfeição seus contra-ataques.


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