VÔLEI
Bicampeão olímpico, tricampeão mundial e com mais de 30 conquistas à frente da equipe, técnico fez com que país vivesse anos soberano no cenário do vôlei mundial
Em uma história de quase 16 anos, os capítulos são extensos.
Bronze com a equipe feminina em 1996 e 2000, Bernardinho assumiu a seleção
masculina de vôlei em 2001, com a missão de fazer a equipe voltar aos trilhos.
Foi além. Com mudanças no estilo de jogo, levou o time brasileiro à soberania
mundial. No total, somou mais de 30 conquistas à frente da equipe. Foram dois
ouros olímpicos (2004 e 2016), duas pratas (2008 e 2012) e três títulos
mundiais (2002, 2006 e 2010), além de oito Ligas Mundiais. O adeus, anunciado nesta quarta-feira, põe fim a um reinado sem limites em frente à seleção.
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Bernardinho festeja vitória do Brasil nos
Jogos do Rio (Foto: Reuters)
A estreia foi no dia 4 de maio de 2001, em um amistoso
contra a Noruega, em Portugal. A partida valia como preparação para a disputa
da Liga Mundial daquele ano. Logo de cara, o primeiro título. Apesar da lesão
de Marcelo Negrão logo na estreia, contra a Holanda (veja nos vídeos clicando nl LINK da FONTR no final da matéria abaixo), Bernardinho levou a
seleção à conquista da competição, algo que não acontecia desde 1993.
Bernardinho e Giovane festejam o título do Mundial de 2002 (Foto: Divulgação /FIVB)
O caminho de vitórias continuou. No ano seguinte, comandou o
time a um de seus maiores feitos. Com Nalbert, Maurício, Giovane, Giba e André
Nascimento, entre outros, a seleção chegou ao seu primeiro título mundial.
Diante da temida Rússia na decisão, vitória por 3 a 2 e a afirmação do trabalho
de Bernardinho.
Aquele ciclo, que ainda contou com títulos da Copa do Mundo
e da Liga Mundial de 2003, chegou ao fim de forma perfeita com o ouro olímpico.
A vitória em Atenas, em 2004, elevava o status de Bernardinho a lenda. Com o
pulso firme, controlou uma seleção de estrelas e, em uma campanha irretocável,
devolveu o Brasil ao topo do pódio olímpico depois de 12 anos.
As conquistas continuaram. Foram mais dois Mundiais, em 2006
e 2010. No último, voltou ao Brasil em meio a críticas por conta do “jogo da
vergonha” contra a Bulgária, quando a seleção perdeu de propósito para pegar
uma sequência mais simples. Também teve algumas derrotas doloridas pelo
caminho. As pratas olímpicas em Pequim e Londres não desanimaram o treinador.
A redenção veio de forma histórica. Durante quatro anos,
Bernardinho lidou com críticas e com a desconfiança sobre a equipe rumo aos
Jogos do Rio. Sem títulos no caminho, também precisou vencer a frustração da
derrota para a Polônia na final do Mundial de 2014. Com uma geração sem o mesmo
talento das anteriores, mas com uma disposição extrema, o técnico alcançou o
feito que poucos esperavam. Superou um início complicado, venceu favoritos e
chegou à histórica conquista olímpica em um Maracanãzinho lotado. Foi a senha
para fechar a conta e dar adeus como o maior vencedor da história da seleção.
- É um processo que ocupou muito tempo da minha vida. Como é
tirar isso totalmente? Não sei a reação. Você paga um preço por isso tudo. Mais
importante são os projetos, temos profissionais muito competentes – disse, em
entrevista após o ouro olímpico.
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