quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Com goleiro paredão, França goleia o Brasil na estreia do Mundial em casa




MUNDIAL DE HANDEBOL 2017


Sem tomar conhecimento da seleção, franceses triunfam por 31 a 16 com casa cheia, grande atuação do arqueiro veterano Thierry Omeyer e presidente do país na torcida



Por
Paris



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Casa cheia, luzes, a "La Marseillaise" cantada a plenos pulmões e até a presença do presidente François Hollande nas arquibancadas. A festa estava pronta para a estreia da França no Mundial de handebol dentro de casa. E os "Bleus" não decepcionaram. Se na Rio 2016 eles tiveram pela frente nas quartas de final um Brasil que inspirado e empurrado pela torcida deu trabalho, desta vez venceram fácil, como um rolo compressor. Contando com uma atuação abaixo da média dos rivais e sem piedade, a equipe da casa, diante de 18 mil presentes na Arena Paris, triunfou por 31 a 16 (17 a 7 no primeiro tempo), começando bem a briga pelo bicampeonato consecutivo - o time já foi campeão em 2015, no Catar.

Brasil x França, handebol, Mundial da França, Thierry Omeyer (Foto: Divulgação)
Thierry Omeyer teve grande atuação diante 
do Brasil na abertura do Mundial 
(Foto: Divulgação)


Além das falhas brasileiras, a França contou com uma atuação perfeita dos goleiros Thierry Omeyer, de 40 anos e considerado por muitos o melhor da história, e do seu reserva, Vincent Gerard, que entrou e também foi muito bem. Não bastasse, Nikola Karabatic, Guigou e Daniel Narcisse trabalharam bem na marcação, conseguindo vários contra-ataques que terminaram em gol. Do lado do Brasil, a ausência de Thiagus Petrus foi sentida. O armador de 2,01m lesionou o ombro direito na final da Yellow Cup e só deve retornar nas próximas rodadas do Mundial. Coube a Zé Toledo e Teixeira a missão, sem sucesso, de tentar vencer a barreira francesa.

"Thor", Marília Gabriela e brasileiro no Barça, o Mundial de handebol

O jogo marcou a estreia do técnico Washington Nunes no comando da seleção brasileira. Ele era auxiliar técnico na Olimpíada, quando a equipe tinha Jordi Ribera como treinador. O espanhol deixou o grupo após a Rio 2016 e foi contratado pela seleção da Espanha. O Brasil ainda terá pela frente na primeira fase a Polônia, Japão, Rússia e Noruega. Quatro times vão para as oitavas de final, estágio máximo que o país chegou na história da competição.

Brasil x França, handebol, Mundial da França (Foto: Reuters)
Daniel Narcisse ataca bem e vence a defesa 
brasileira durante o duelo de abertura do 
Mundial (Foto: Reuters)

Na próxima rodada, às 11h45, com transmissão do SporTV, o Brasil tenta se recuperar diante da Polônia. A seleção europeia ficou em quarto lugar na Rio 2016 e vem da medalha de bronze no Mundial de 2015, no Catar. No Rio de Janeiro, porém, os poloneses foram derrotados pelo time brasileiro na primeira fase da Olimpíada.


"VOVÔ" FRANCÊS  DEFENDE TUDO

Nikola Karabatic comemora com Zé desolado atrás (Foto: Reuters)Nikola Karabatic comemora com Zé desolado atrás (Foto: Reuters)


Com praticamente a mesma base da Olimpíada, o Brasil chegou ao Mundial com moral pela campanha feita dentro de casa. Os primeiros minutos do duelo, porém, colocaram tudo abaixo. Precipitando as bolas no ataque e escolhendo os caminhos errados para atacar, o Brasil parava na defesa da França. Quando conseguia avançar, era parado pelo goleiro Thierry Omeyer, que com os cabelos brancos é tratado carinhosamente pelos franceses como "Titi". Ele chegou a ter 75% de aproveitamento na defesa dos arremessos.

Assim, a França aos poucos chegou a colocar 11 a 3 com Guigou colocando bola no contra-ataque. Lá atrás, Bombom ainda defendia uma bola ou outra, mas o volume francês era grande. Karabatic, Porte, Abalo, Narcisse, Sorhaindo... Era atacar para que um deles deixasse um tento na rede brasileira. Washington parou a partida, pediu que o time trocasse melhor a bola no ataque e aos poucos o Brasil ao menos conseguiu seus gols com Teixeira, Zé Toledo e Haniel, quase sempre pelos arremessos de 9m, já que a ponta era bem marcada e Omeyer também defendia bem.

A seleção voltou para o segundo tempo até marcando melhor, mas seguia pecando nos arremessos. Foi assim com João e Zé Toledo nos primeiros dez minutos da etapa. A França, com 21 a 8 no placar, passou a poupar. Tanto é que o goleiro Omeyer nem voltou para o segundo tempo.  Usando o banco, o Brasil deu minutagem para os seus jovens. Ceretta, do time B do Barcelona, estreou em Mundiais aos 19 anos. No gol da França, Vincent Gerard tinha 75% de aproveitamento, pegando quase todos os arremessos também.

Torcida da França fez a festa em arena que recebeu quase 18 mil pessoas (Foto: AP)
Torcida da França fez a festa em arena que 
recebeu quase 18 mil pessoas (Foto: AP)


A segunda metade da etapa não mudou de panorama. Faltando 13 minutos para o fim do confronto, a França tinha 26 a 10. Dos dois lados, o jogo tinha poucas punições por 2 minutos, com as equipes se respeitando bastante. Vindo do banco, João meteu golaço de rosca, mostrando que o Brasil tem qualidade, mas não conseguia deixar a França em situação de incômodo a maior parte do tempo. Ao pedir tempo, o último no confronto, Washington conversava com a seleção que perdia por 28 a 14 faltando menos de dez minutos. Nos dois minutos restantes, o Brasil ainda perdeu tiro de sete metros com Teixeira e o placar final ficou em 31 a 16.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/handebol/noticia/2017/01/com-goleiro-paredao-franca-goleia-o-brasil-na-estreia-do-mundial-em-casa.html

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