MUNDIAL DE HANDEBOL 2017
Sem tomar conhecimento da seleção, franceses triunfam por 31 a 16 com casa cheia, grande atuação do arqueiro veterano Thierry Omeyer e presidente do país na torcida
Casa cheia, luzes, a "La Marseillaise" cantada a plenos pulmões e até a presença do presidente François Hollande nas arquibancadas. A festa estava pronta para a estreia da França no Mundial de handebol dentro de casa. E os "Bleus" não decepcionaram. Se na Rio 2016 eles tiveram pela frente nas quartas de final um Brasil que inspirado e empurrado pela torcida deu trabalho, desta vez venceram fácil, como um rolo compressor. Contando com uma atuação abaixo da média dos rivais e sem piedade, a equipe da casa, diante de 18 mil presentes na Arena Paris, triunfou por 31 a 16 (17 a 7 no primeiro tempo), começando bem a briga pelo bicampeonato consecutivo - o time já foi campeão em 2015, no Catar.
Thierry Omeyer teve grande atuação diante
do Brasil na abertura do Mundial
(Foto: Divulgação)
"Thor", Marília Gabriela e brasileiro no Barça, o Mundial de handebol
O jogo marcou a estreia do técnico Washington Nunes no comando da seleção brasileira. Ele era auxiliar técnico na Olimpíada, quando a equipe tinha Jordi Ribera como treinador. O espanhol deixou o grupo após a Rio 2016 e foi contratado pela seleção da Espanha. O Brasil ainda terá pela frente na primeira fase a Polônia, Japão, Rússia e Noruega. Quatro times vão para as oitavas de final, estágio máximo que o país chegou na história da competição.
Daniel Narcisse ataca bem e vence a defesa
brasileira durante o duelo de abertura do
Mundial (Foto: Reuters)
"VOVÔ" FRANCÊS DEFENDE TUDO
Nikola Karabatic comemora com Zé desolado atrás (Foto: Reuters)
Assim, a França aos poucos chegou a colocar 11 a 3 com Guigou colocando bola no contra-ataque. Lá atrás, Bombom ainda defendia uma bola ou outra, mas o volume francês era grande. Karabatic, Porte, Abalo, Narcisse, Sorhaindo... Era atacar para que um deles deixasse um tento na rede brasileira. Washington parou a partida, pediu que o time trocasse melhor a bola no ataque e aos poucos o Brasil ao menos conseguiu seus gols com Teixeira, Zé Toledo e Haniel, quase sempre pelos arremessos de 9m, já que a ponta era bem marcada e Omeyer também defendia bem.
A seleção voltou para o segundo tempo até marcando melhor, mas seguia pecando nos arremessos. Foi assim com João e Zé Toledo nos primeiros dez minutos da etapa. A França, com 21 a 8 no placar, passou a poupar. Tanto é que o goleiro Omeyer nem voltou para o segundo tempo. Usando o banco, o Brasil deu minutagem para os seus jovens. Ceretta, do time B do Barcelona, estreou em Mundiais aos 19 anos. No gol da França, Vincent Gerard tinha 75% de aproveitamento, pegando quase todos os arremessos também.
Torcida da França fez a festa em arena que
recebeu quase 18 mil pessoas (Foto: AP)
A segunda metade da etapa não mudou de panorama. Faltando 13 minutos para o fim do confronto, a França tinha 26 a 10. Dos dois lados, o jogo tinha poucas punições por 2 minutos, com as equipes se respeitando bastante. Vindo do banco, João meteu golaço de rosca, mostrando que o Brasil tem qualidade, mas não conseguia deixar a França em situação de incômodo a maior parte do tempo. Ao pedir tempo, o último no confronto, Washington conversava com a seleção que perdia por 28 a 14 faltando menos de dez minutos. Nos dois minutos restantes, o Brasil ainda perdeu tiro de sete metros com Teixeira e o placar final ficou em 31 a 16.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/handebol/noticia/2017/01/com-goleiro-paredao-franca-goleia-o-brasil-na-estreia-do-mundial-em-casa.html
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