domingo, 7 de agosto de 2016

Cuca destaca importância do capitão Dudu e promete secar o Corinthians


Para conquistar título simbólico do primeiro turno do Brasileirão, rival alvinegro não pode vencer o Cruzeiro, na segunda-feira, por três ou mais gols de diferença




Por
São Paulo



Um dia de comemorações no Palmeiras. Além de encerrar uma sequência de três jogos sem vencer e de recuperar a liderança do Campeonato Brasileiro, o triunfo sobre o Vitória neste domingo voltou a render elogios do técnico Cuca.

Em entrevista coletiva na arena, logo após a vitória por 2 a 1 sobre o time baiano, o treinador falou sobre o possível título simbólico do primeiro turno e prometeu secar o rival Corinthians, que enfrenta o Cruzeiro nesta segunda-feira precisando de um triunfo por 3 a 0 para terminar o turno na liderança.

– Você acha que alguém estava torcendo por nós hoje (risos)? É natural que você vai tentar ser o primeiro. Fizemos o nosso trabalho, agora vamos torcer para que as coisas caminhem bem para nós e tenha um título simbólico. Se bem que não vale nada ser campeão do primeiro turno. Já falaram que dos últimos 13, dez que ganharam o primeiro turno ganharam o campeonato. Mas está muito equilibrado. Dois pontos separam o sexto colocado do segundo – afirmou.

Palmeiras X Vitória Cuca (Foto: Marcos Ribolli)Cuca, durante a partida contra o Vitória, na arena, neste domingo (Foto: Marcos Ribolli)


Após a partida, Cuca explicou a mudança no gol palmeirense - Jailson assumiu o lugar de Fernando Prass. O treinador falou também sobre o rendimento de Dudu, que foi o capitão do Verdão e terminou a partida como um dos destaques.

A CLASSIFICAÇÃO DO BRASILEIRÃO

– Conversei com ele (Dudu), tive uma conversa bem franca, de treinador para jogador, de homem para homem, dá importância que ele tem para nós e do que o time precisa dele. Hoje ele respondeu como a gente queria. Jogou muito bem, participou, foi criativo, foi decisivo. Esse é o Dudu que a gente quer. Está de parabéns. Faço questão de tornar público. É muito importante e estamos muito contentes – disse o técnico, sobre o camisa 7 alviverde.

– É um jogo que você tem de ter também o goleiro que salve. O Jailson hoje foi muito bem. É um goleiro de 35 anos e é o primeiro na Série A do campeonato. Na oração fiz questão de oferecer essa vitória para o Vagner, que é tão bom goleiro quanto o Jailson, só que o momento não era o momento do Vagner. Esse momento era de preservar e colocar o Jailson. Ele foi muito bem, e isso nos dá uma confiança até para o Vagner num futuro, quando necessário, jogar com confiança – completou, ao falar sobre o novo titular do gol palmeirense.


Confira alguns trechos da entrevista coletiva de Cuca:

Título do primeiro turno
Ainda tem uma partida amanhã, que pode nos tirar o primeiro lugar. No futebol tudo pode acontecer. Mas de qualquer forma foi um primeiro turno, de uma maneira geral, muito bom. Se a gente analisar o campeonato todas as equipes passam por um momento ruim, e a campeã vai ser aquela que tiver o menor momento ruim. Todas já passaram. Tem esse equilíbrio que torna o campeonato mais empolgante, sete equipes lutando pelo título. De repente, com uma pontuação menor pode ser campeão.

Desempenho contra o Vitória
Fizemos a nossa parte, em uma partida que é complicada de se jogar. Você busca a autoconfiança novamente. Nosso time é jovem, não vai ver grandes lideranças dentro do elenco. O Fernando (Prass) saiu, tem o Zé Roberto. O que eu fiz hoje? Busquei mais uma liderança, o Dudu. Eu preciso disso. Ele foi. Preciso de outras, que estão se formando, Moisés, Rafael Marques... Isso é importante para nós termos na caminhada. Foi um jogo bem jogado, voltou a ser o velho Palmeiras do começo do campeonato, com posse de bola grande, criação de jogadas, até o minuto em que tomou o gol. É o momento que você entra em desconfiança, e o adversário pega confiança. É outro jogo. Mesmo assim tivemos duas chances na cara do gol

Perder Leandro Pereira e Barrios, machucados
O Barrios machucou, esperei até a decisão dele, quando pediu para trocar. Ele saiu, eu perguntei o que tinha ocorrido, e ele disse que tinha sentido um rompimento. Acho que ele veio (no vestiário) pegar gelo ou fazer alguma coisa, não vi. É natural que o jogador machucado pede para sair e você tem de tirar. Fora isso não aconteceu nada. Antes dele perdemos o Leandro, acho que com tornozelo. Aí pusemos o Rafael no jogo para fazer essa função. Temos uma semana para trabalhar para ver o que te de melhor a gente tem para jogar em Curitiba com o Atlético-PR.

Lucas Barrios
Era um jogo propício para ele. Se você analisar o Vitoria, ele veio nas duas de quatro bem atrás. O que o jogo pedia era um pivô, que não é a característica do Leandro, que é de sair para os lados. O Leandro tentou fazer dois trabalhos de pivô e não conseguiu. Não gosto muito de tirar jogador na primeira etapa, no intervalo era uma troca que já estava processada na minha cabeça. Quando o Barrios entrou e fez esse trabalho algumas vezes tivemos a chance clara na frente, uma jogada trabalhada de escanteio fizemos o gol. O Barrios foi muito importante nesse jogo.

Pressão do Vitória no fim
Sentimos o golpe do gol, em primeiro lugar. E também nós jogamos quinta-feira até meia-noite, levantamos cedinho para viajar e não deu tempo nem de treinar. Só descansei. Normal que vai sentir. Falei com o Moisés, ele disse que não conseguia mais dar opção no final. Não tem como. Os jogadores que eu pus lá em Chapecó que entraram bem o segundo tempo hoje já não entraram bem. Quando eles entram bem fazem o time aflorar. Quando não entram bem é natural que você dê uma retraída. É do futebol.

Cleiton Xavier
É um jogador técnico, muito inteligente, cabeça em pé, mas ele entra na área. E numa dessas entradas na área ele fez o gol. Numa outra no primeiro tempo ele sofreu o pênalti. Participou bem do jogo até onde eu senti que ele estava bem fisicamente. Depois fizemos a troca, passando o Dudu para dentro.

Queda de rendimento da equipe no fim do primeiro turno
O Palmeiras sentiu a perda do Fernando Prass, a perda do Mina, a perda do Edu Dracena, a perda do Moisés e do Tchê Tchê juntos, a perda do Gabriel Jesus. Não foram poucas. São quatro ou cinco dos melhores do time. Agora que estão readquirindo a forma ideal. Quem sabe domingo a gente não tenha o Mina. Hoje já tem a confiança no gol de volta. As coisas tendem a se estabilizar. Temos mais de 60% de aproveitamento. Numero muito bom. Nós demos uma caída, vamos torcer para que tenha acabado. Torcer para dar uma subida novamente, quando começa o segundo turno.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2016/08/cuca-destaca-importancia-do-capitao-dudu-e-promete-secar-o-corinthians.html

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