MUNDIAL DE SURFE
Único brasileiro que ainda buscava o título da 3ª etapa de 2016, jovem potiguar para
no reserva Sebastian Zietz, que conquista título ao bater Julian Wilson na grande final
Melhor brasileiro neste começo de temporada, Italo Ferreira
não conseguiu mostrar as suas fortes manobras nesta sexta e acabou
caindo diante do azarão havaiano Sebastian Zietz na semifinal da etapa
de Margaret River, a terceira do Circuito Mundial. Rebaixado da elite no
ano passado e substituto de lesionados na Perna Australiana, Zietz
ainda ficou com o título ao bater o australiano Julian Wilson na final
por 17.40 a 16.67. Com a conquista, o havaiano pula para a
vice-liderança do ranking do Circuito Mundial, com 15.750 pontos, atrás
apenas do australiano Matt Wilkinson, vencedor das duas etapas
anteriores e que soma 24.000 de pontuação.
Apesar
do revés na semifinal, Italo subiu no ranking. Quinto colocado antes da
disputa no Oeste australiano, ele pulou para a terceira posição, com
14.750. A próxima etapa será no Rio de Janeiro, entre 10 e 21 de maio,
nas ondas da Barra da Tijuca. Outros sete membros do Brazilian Storm
estiveram em ação em Margaret. O segundo melhor resultado nacional foi a
quinta colocação do paulistano Caio Ibelli, que caiu nas quartas,
justamente para Zietz.
Para chegar até as semifinais, Italo teve de passar por uma maratona na sexta-feira. Após perder na quarta fase, o nordestino eliminou Gabriel Medina no confronto 100% verde e amarelo do round 5, e depois, com uma atuação de gala, despachou o americano Kolohe Andino nas quartas de final por 17,96 a 12,50. Atual campeão mundial e defensor do caneco da etapa que fecha a perna australiana, Adriano de Souza, o Mineirinho, foi eliminado precocemente na terceira fase pelo convidado italiano Leonardo Fioravanti.
A bateria
Italo e Sebastian não gostaram das ondas que pintaram nos dez primeiros dos 35 minutos de bateria. Lado a lado, eles esperavam na arrebentação por direitas que os fizessem largar com tudo. O primeiro a se jogar em uma direita foi o havaiano, que disputava uma semifinal da elite pela primeira vez na sua trajetória de sete anos no CT. Zietz mostrou força nas batidas e abriu com 7,17 pressionando o brasileiro. Três minutos depois, Italo pegou uma onda menor que a do oponente, fez três batidas simples e recebeu nota 5,00.
Quando restavam 20 minutos, Italo pegou sua segunda onda. A direita não era das melhores. O potiguar começou com uma batida forte e conectou uma rasgada, mas ficou por aí e ganhou 5,67, para assumir a ponta com 10,67 contra 7,17 de Sebastian, que buscava apenas 3,50 para reassumir a dianteira.
Incansável,
Italo dropou mais uma. Ele fez uma batida muito forte para abrir, e,
com velocidade, mandou ver em manobras na parte crítica. Porém, na hora
de finalizar a onda, ele acabou caindo da prancha: 6,77. Assim, ele
somava 12,44 e fazia o gringo buscar 5,27. E não demorou muito para
Sebastian retomar a ponta. Ele surfou bem uma onda de bom tamanho e
recebeu 6,33, para liderar com 13,50 contra 12,44 do brasileiro.
Nos dez minutos finais, Italo tinha de conseguir 6,74 para ir à final em Margaret. Mas Zietz mostrou estar muito mais inspirado e surfou com extrema qualidade uma direita. Com fortes batidas e rasgadas, o havaiano recebeu o notão 9,10. Com os 16,27 pontos do rival, apenas um 9,50 salvava o nordestino nos três minutos finais. Ele bem que tentou, mas acabou caindo em uma boa onda e deu adeus na terceira colocação, enquanto Ziets foi à decisão.
Na semi 100% australiana, Julian supera Parkinson
Na primeira semifinal, Parkinson abriu a bateria de 35 minutos com um pequeno tubo e duas batidas para receber nota 6,67. Sempre esperto, Julian não demorou muito para responder. Ele escolheu uma onda melhor, soube explorar as paredes da onda e conseguiu um 7,67 para assumir a dianteira. Pouco depois, ele pegou uma segunda onda e acabou não repetindo a boa performance, mas obteve 4,50 para aumentar o seu somatório para 12,17 pontos.
Enquanto Parko ficava no outside à espera de boas ondas, Julian ficou mais embaixo e pegou uma direita que não era da série para soltar seu arsenal de manobras fortes de backside e receber 6,97, passando a somara 14,64, pontuação que obrigava Joel a buscar 7,97 para reassumir a ponta.
As
séries demoravam para pintar no mar. Melhor para Julian,
que somava as duas melhores notas do duelo 100% australiano. Experiente,
Parko
acreditava que nos dez minutos finais, ele poderia descolar um notão
para mudar
o panorama da primeira semifinal. Quando o cronômetro apontava 9min20s
para o
fim, o veterano de 35 anos remou com tudo para entrar na onda e encaixou
duas
manobras antes da onda fechar para tirar 7,27, 0,70 a menos do que ele
precisava.
Restava sete minutos para o melhor do mundo em 2012 conseguir 7,38. Mas
foi Wilson quem achou mais uma boa onda. Com direito a um tubinho, ele
ganhou 8,93, passou a somar 16,60 e fez com que Parkinson tivesse dois
minutos para conseguir 8,38. Não deu tempo, e Julian Wilson avançou para
a grande decisão em Margaret.
Virada na final
Empolgado com a vitória sobre Italo, Sebastian Zietz sequer saiu da água após a sua bateria mesmo com o intervalo de 15 minutos entre a semifinal e a final. Só que quem saiu na frente foi Julian Wilson, que levou um 8.67 e um 8.00, abrindo larga vantagem. Zietz não deixou por menos. Minutos depois, ele pegou uma bela onda, que lhe valeu 9.10, a melhor nota da bateria. Precisando de 7.24 para virar, o havaiano esperou o momento certo para encontrar a onda do título. E ela veio a três minutos depois, quando o azarão conseguiu o 8.30 da vitória. Festa havaiana em Margaret River.
BATERIAS DE QUARTAS DE FINAL
2. Leonardo Fioravanti (ITA) 13,10 x 18,17 Julian Wilson (AUS)
3. Kolohe Andino (EUA) 12,50 x 17,96 Italo Ferreira (BRA)
4. Sebastian Zietz (HAV) 12,50 x 9,93 Caio Ibelli (BRA)
SEMIFINAL
Italo Ferreira não conseguiu superar
o havaiano (Foto: Divulgação/WSL)
Sebastian Zietz (de azul) e Julian Wilson posam
com os troféus da etapa de Margaret River
(Foto: Divulgação/WSL)
A bateria
Italo e Sebastian não gostaram das ondas que pintaram nos dez primeiros dos 35 minutos de bateria. Lado a lado, eles esperavam na arrebentação por direitas que os fizessem largar com tudo. O primeiro a se jogar em uma direita foi o havaiano, que disputava uma semifinal da elite pela primeira vez na sua trajetória de sete anos no CT. Zietz mostrou força nas batidas e abriu com 7,17 pressionando o brasileiro. Três minutos depois, Italo pegou uma onda menor que a do oponente, fez três batidas simples e recebeu nota 5,00.
Quando restavam 20 minutos, Italo pegou sua segunda onda. A direita não era das melhores. O potiguar começou com uma batida forte e conectou uma rasgada, mas ficou por aí e ganhou 5,67, para assumir a ponta com 10,67 contra 7,17 de Sebastian, que buscava apenas 3,50 para reassumir a dianteira.
Sebastian Zietz voa para conseguir mais uma
boa onda na semifinal contra Italo (Foto:
Divulgação/WSL)
Nos dez minutos finais, Italo tinha de conseguir 6,74 para ir à final em Margaret. Mas Zietz mostrou estar muito mais inspirado e surfou com extrema qualidade uma direita. Com fortes batidas e rasgadas, o havaiano recebeu o notão 9,10. Com os 16,27 pontos do rival, apenas um 9,50 salvava o nordestino nos três minutos finais. Ele bem que tentou, mas acabou caindo em uma boa onda e deu adeus na terceira colocação, enquanto Ziets foi à decisão.
Na semi 100% australiana, Julian supera Parkinson
Na primeira semifinal, Parkinson abriu a bateria de 35 minutos com um pequeno tubo e duas batidas para receber nota 6,67. Sempre esperto, Julian não demorou muito para responder. Ele escolheu uma onda melhor, soube explorar as paredes da onda e conseguiu um 7,67 para assumir a dianteira. Pouco depois, ele pegou uma segunda onda e acabou não repetindo a boa performance, mas obteve 4,50 para aumentar o seu somatório para 12,17 pontos.
Enquanto Parko ficava no outside à espera de boas ondas, Julian ficou mais embaixo e pegou uma direita que não era da série para soltar seu arsenal de manobras fortes de backside e receber 6,97, passando a somara 14,64, pontuação que obrigava Joel a buscar 7,97 para reassumir a ponta.
Julian Wilson derrotou Joel Parkinson em duelo
australiano (Foto: Divulgação/WSL)
Virada na final
Empolgado com a vitória sobre Italo, Sebastian Zietz sequer saiu da água após a sua bateria mesmo com o intervalo de 15 minutos entre a semifinal e a final. Só que quem saiu na frente foi Julian Wilson, que levou um 8.67 e um 8.00, abrindo larga vantagem. Zietz não deixou por menos. Minutos depois, ele pegou uma bela onda, que lhe valeu 9.10, a melhor nota da bateria. Precisando de 7.24 para virar, o havaiano esperou o momento certo para encontrar a onda do título. E ela veio a três minutos depois, quando o azarão conseguiu o 8.30 da vitória. Festa havaiana em Margaret River.
Sebastian Zietz deixa o mar carregado após
derrotar Julian Wilson na final
(Foto: Divulgação/WSL)
BATERIAS DE QUARTAS DE FINAL
1. Joel Parkinson (AUS) 15,83 x 14,24 Nat Young (EUA)
3. Kolohe Andino (EUA) 12,50 x 17,96 Italo Ferreira (BRA)
4. Sebastian Zietz (HAV) 12,50 x 9,93 Caio Ibelli (BRA)
SEMIFINAL
1. Joel Parkinson (AUS) 15,50 x Julian Wilson (AUS) 16,60
2. Italo Ferreira (BRA) 13,17 x Sebastian Zietz (HAV) 16,27
FINAL
Julian Wilson (AUS) 16.67 x Sebastian Zietz (HAV) 17.40
FONTE:
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