sexta-feira, 1 de abril de 2016

Bernardinho, olho vivo e base mantida: as razões para 12ª final seguida do Rio



Contra o Praia Clube, equipe carioca entra em quadra mais uma vez em busca do titulo da Superliga. Último jogo da temporada será neste domingo, em Brasília, às 9h




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Brasília, DF






É difícil até de lembrar quando foi a última vez que elas não estiveram ali. Neste domingo, o Rio de Janeiro vai à quadra para sua 12ª final seguida de Superliga feminina, contra o Praia Clube, estreante em decisões. Desde o início do projeto, fundado em Curitiba, ainda nos anos 90, a equipe de Bernardinho se acostumou a vitórias e títulos. Mas como explicar o feito? Antes da decisão, o GloboEsporte.com mostra cinco fatores que fazem o time carioca se manter por tanto tempo no topo.
As duas equipes se enfrentam neste domingo, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, às 9h. A TV Globo transmite a partida ao vivo dentro do Esporte Espetacular, e o GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real.




REGULARIDADE

No caminho até a final, foram 25 vitórias e apenas duas derrotas. A regularidade do Rio, porém, não se restringe à atual temporada. Nos últimos 12 anos, foram poucos momentos de oscilação. Nessa coleção de decisões em sequência, a equipe carioca só não fechou a fase de classificação no topo: em 2008/2009, quando a primeira fase ainda era disputada em grupos – terminou atrás de Brusque; em 2011/2012, quando foi superado pelo Osasco; e em 2013/2014, quando avançou aos playoffs atrás de Osasco e Campinas. Dessas, porém, só não foi campeão em 2011/2012 ao perder na final para o Osasco.

Fabi comemora classificação do Rio contra Osasco (Foto: Andre Durão)
Fabi comemora classificação do Rio contra 
Osasco (Foto: Andre Durão)


BASE MANTIDA

Em 12 anos, muita gente passou pelo comando de Bernardinho. As mudanças, porém, foram sempre gradativas. De uma temporada para outra, o treinador costuma manter sua base. E, ao perder peças importantes, vai ao mercado para buscar substitutos à altura. Foi o caso deste ano. Depois do adeus de Fofão, o Rio anunciou Courtney para a posição de levantadora titular. Roberta, reserva na maior parte da competição, cresceu muito na fase final, mas a americana, estrela da seleção de seu país, se mostrou uma aposta certeira.

Bernardinho comandou as meninas do Rio de Janeiro na Argentina (Foto: Fernando Maia/MPIX)
Bernardinho comandou as meninas do 
Rio de Janeiro na Argentina 
(Foto: Fernando Maia/MPIX)


OLHO NO MERCADO

A manutenção da base, porém, não diminui a atenção do Rio ao surgimento de novos talentos. Uma das principais jogadoras da equipe, Gabi surgiu no Mackenzie, na temporada 2011/2012. Ao enfrentar as cariocas nas quartas de final daquela edição, a ponteira, de 17 anos, encantou Bernardinho. Era a passagem para reforçar o grupo carioca logo depois. A tática é usada desde o início do projeto. Capitã da seleção e atualmente no Sesi-SP, Fabiana passou pelo mesmo processo. Surgiu no Minas bem jovem e se firmou como uma estrela no Rio.

Gabi sobe para marcar mais um ponto para o Rio de Janeiro (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)
Gabi sobe para marcar mais um ponto para 
o Rio de Janeiro: contratação certeira 
(Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)


SEGURANÇA FINANCEIRA

É claro que os títulos em sequência ajudam. Mas, ao contrário da maior parte das outras equipes do cenário nacional, o Rio de Janeiro não viu seu projeto ameaçado em nenhum momento. A equipe mantém o mesmo patrocinador há 19 anos, o que dá tranquilidade ao grupo e atrai possíveis reforços. A relação ajuda, inclusive, com a torcida. Com base no Rio desde 2004, o projeto conquistou torcedores e costuma jogar diante das arquibancadas lotadas do ginásio do Tijuca.

vôlei final superliga torcida Rio de Janeiro e Sesi (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)
Time costuma acompanhar o time de perto 
(Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)


BERNARDINHO

O técnico é a cara do time desde o início. Supervisor em algumas temporadas, o treinador conseguiu manejar seu trabalho à frente da seleção masculina com o clube carioca. Além do reconhecido sucesso à beira da quadra, é Bernardinho quem indica possíveis contratações. E também atrai outras. Foi assim com Natália. Aos 22 anos, a ponteira, que ainda atuava como oposta, era estrela do Osasco e queridinha da torcida. Mudou de ares para ter a chance de trabalhar com o treinador.

Rio de Janeiro x São Bernardo - Bernardinho vôlei superliga (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)
Rio de Janeiro x São Bernardo - Bernardinho 
vôlei superliga (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)


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