Com vice em Peniche, jovem potiguar sobe para 6º no ranking, se consolida entre os maiores do mundo e se garante como o novato com melhor campanha na temporada
“O meu objetivo é ser o "Rookie of the year" ("calouro do ano") e acabar como top 10 em minha temporada de estreia”, disse Italo Ferreira,
em maio deste ano. Tempos atrás, poucos imaginariam que o novato de 21
anos alcançaria tais façanhas no Circuito Mundial de Surfe. Nunca mais
duvidem do jovem e abusado potiguar.
Em 2014, em seu primeiro ano “para valer” no QS, a divisão de acesso, o surfista de Baía Formosa já havia surpreendido ao conquistar bons resultados em etapas-chave e garantir uma vaga para a elite, que nem mesmo ele esperava que chegasse tão cedo.
E
contrariando os especialistas que projetavam uma temporada de estreia
discreta, Italo brilhou intensamente. Com um surfe ousado e alucinante,
não se intimidou com os melhores surfistas do mundo e, em pouco tempo,
se tornou um deles. Com o vice-campeonato na etapa de Peniche, Italo
chegou a 41.600 pontos e subiu para o 6º lugar no ranking. De quebra,
conseguiu seus dois objetivos do ano: se garantiu no top 10 e assegurou o
status de “Rookie Of The Year” (Calouro do Ano), deixando para trás – e
com sobras – os demais novatos: o compatriota Wiggolly Dantas, o
havaiano Keanu Asing, o australiano Matt Banting, e o neozelandês
Ricardo Christie.
- Só tenho que agradecer a Deus pela semana incrível que eu tive, por todo suporte aqui em Portugal, à minha família, que estava no Brasil torcendo por mim e a todos que me acompanham. É meu primeiro ano e está sendo um ano incrível para mim, tenho conseguido bons resultados e isso só me deixa mais confiante para os próximos anos. Achei que seria muito difícil, mas me adaptei muito bem e rápido ao Circuito. As coisas foram acontecendo, e eu só tento aproveitar o meu momento e fazer o meu melhor. Sair daqui com o segundo lugar é um ótimo resultado; lógico que eu queria vencer, mas a estrela do Felipe brilhou nesse dia, então parabéns para ele.
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A
temporada de Italo foi tão boa, que ele chegou até a penúltima etapa da
temporada com chances de título. E por ironia do destino - e dos deuses
da matemática -, foi justamente quando conquistou seu melhor resultado,
o 2º lugar em Peniche, que o surfista deu adeus à briga pela taça. Caso
tivesse vencido a etapa, iria para a decisão em Pipeline, de 8 a 20 de
dezembro no Havaí, ainda na briga.
Ao longo do ano, o arretado potiguar ganhou a fama de “demolidor de gigantes”. A mais recente vítima foi o atual campeão mundial Gabriel Medina, derrotado nas quartas de final da etapa de Portugal.
Logo em sua primeira aparição na elite, Italo mostrou que não vinha a passeio: derrubou ninguém menos que o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater em Gold Coast, avançando até a quarta fase. Depois de quedas precoces em Bells e Margaret, voltou a brilhar no Rio de Janeiro onde eliminou a sensação John John Florence e alcançou as semifinais.
Na sequência, não se intimidou com as pesadas ondas de Fiji, desbancou novamente Slater e chegou até as quartas. Após um 13º lugar em J-Bay, voltou às quartas em Fiji com direito a “goleada” de zero em um lesionado Filipinho. Em Trestles, terminou em 9º, mantendo-se no top 10 do ranking. Em Hossegor, na França, mais um bom resultado. Chegou até as quartas de final, onde foi derrotado pelo australiano Julian Wilson.
Sua
maior vítima em 2015, ironicamente, foi seu melhor amigo, o conterrâneo
e companheiro de treinamento Jadson André. Em quatro confrontos “head
to head” (um contra o outro) eliminou o compatriota quatro vezes: nas
quartas de final do Rio de Janeiro, na 3ª fase de Fiji, na 3ª fase do
Tahiti e no round 5 de Hossegor. Derrotas apenas em baterias não
eliminatórias, de três competidores, no round 1 de J-Bay e na 4ª fase do
Rio.
Com 41.600 pontos, além de ser o “Rookie Of The Year” e garantir um lugar no top 10, caso vença a etapa final, em Pipeline, uma improvável combinação de resultados pode levar Italo até o vice-campeonato. Mas independentemente do resultado final, o recado da nova promessa do surfe brasileiro está dado. Ai de quem ouse cruzar o caminho do “demolidor de gigantes”.
- O surfe brasileiro está vivendo um momento incrível, com o Filipe, Adriano, Gabriel, todos estão muito bem preparados e com chances reais de conseguir o título. Não será fácil passar por Mick Fanning, Julian Wilson, Owen, mas acredito que os brasileiros vão representar muito bem. Vou me dedicar bastante a essa etapa, que é muito desafiadora. Não tenho muita experiência lá, mas espero sair com bom resultado, aproveitar que as coisas estão acontecendo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2015/10/top-10-e-calouro-do-ano-italo-bate-gigantes-e-alcanca-objetivos-na-elite.html
Em 2014, em seu primeiro ano “para valer” no QS, a divisão de acesso, o surfista de Baía Formosa já havia surpreendido ao conquistar bons resultados em etapas-chave e garantir uma vaga para a elite, que nem mesmo ele esperava que chegasse tão cedo.
"Demolidor de gigantes", Italo venceu
baterias contra Slater, Florence,
Filipinho e Medina em 2015
(Foto: Divulgação/WSL)
- Só tenho que agradecer a Deus pela semana incrível que eu tive, por todo suporte aqui em Portugal, à minha família, que estava no Brasil torcendo por mim e a todos que me acompanham. É meu primeiro ano e está sendo um ano incrível para mim, tenho conseguido bons resultados e isso só me deixa mais confiante para os próximos anos. Achei que seria muito difícil, mas me adaptei muito bem e rápido ao Circuito. As coisas foram acontecendo, e eu só tento aproveitar o meu momento e fazer o meu melhor. Sair daqui com o segundo lugar é um ótimo resultado; lógico que eu queria vencer, mas a estrela do Felipe brilhou nesse dia, então parabéns para ele.
Leia também:
Com nota 10, Filipinho bate Italo, leva etapa portuguesa e cola em Fanning
Rei do 10 em finais, Filipinho diz que só soube que pularia para 2º há dois dias
Italo ao lado de Filipinho com o troféu de segundo colocado em Peniche (Foto: Divulgação)
Ao longo do ano, o arretado potiguar ganhou a fama de “demolidor de gigantes”. A mais recente vítima foi o atual campeão mundial Gabriel Medina, derrotado nas quartas de final da etapa de Portugal.
Logo em sua primeira aparição na elite, Italo mostrou que não vinha a passeio: derrubou ninguém menos que o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater em Gold Coast, avançando até a quarta fase. Depois de quedas precoces em Bells e Margaret, voltou a brilhar no Rio de Janeiro onde eliminou a sensação John John Florence e alcançou as semifinais.
Na sequência, não se intimidou com as pesadas ondas de Fiji, desbancou novamente Slater e chegou até as quartas. Após um 13º lugar em J-Bay, voltou às quartas em Fiji com direito a “goleada” de zero em um lesionado Filipinho. Em Trestles, terminou em 9º, mantendo-se no top 10 do ranking. Em Hossegor, na França, mais um bom resultado. Chegou até as quartas de final, onde foi derrotado pelo australiano Julian Wilson.
Faltando uma etapa, Italo já garantiu o título
de "Calouro do Ano" no Circuito Mundial
(Foto: Damien Poullenot/WSL)
Com 41.600 pontos, além de ser o “Rookie Of The Year” e garantir um lugar no top 10, caso vença a etapa final, em Pipeline, uma improvável combinação de resultados pode levar Italo até o vice-campeonato. Mas independentemente do resultado final, o recado da nova promessa do surfe brasileiro está dado. Ai de quem ouse cruzar o caminho do “demolidor de gigantes”.
- O surfe brasileiro está vivendo um momento incrível, com o Filipe, Adriano, Gabriel, todos estão muito bem preparados e com chances reais de conseguir o título. Não será fácil passar por Mick Fanning, Julian Wilson, Owen, mas acredito que os brasileiros vão representar muito bem. Vou me dedicar bastante a essa etapa, que é muito desafiadora. Não tenho muita experiência lá, mas espero sair com bom resultado, aproveitar que as coisas estão acontecendo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2015/10/top-10-e-calouro-do-ano-italo-bate-gigantes-e-alcanca-objetivos-na-elite.html
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