terça-feira, 7 de julho de 2015

Neymar torce por redução de pena e fala sobre 7 x 1: "Me vejo naquele jogo"

Fora das primeiras rodadas das Eliminatórias, atacante vê dificuldade gigantesca no torneio e explica motivo de ter deixado concentração na Copa América



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Praia Grande, SP

 
Neymar com o filho David Lucca, no Instituto Neymar, na Praia Grande (Foto: Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo)Neymar e seu filho durante evento no litoral(Foto: Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo)


O atacante Neymar foi ao seu instituto, em Praia Grande, litoral paulista, na tarde desta terça-feira, para entregar a medalha ao vencedor de um campeonato de pênaltis disputado por crianças da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Em poucos minutos no local, fez a alegria de cerca de mil meninos e meninas que fazem parte do seu projeto e falou sobre ter de desfalcar a seleção brasileira nos dois primeiros jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

A Fifa determinou que as punições pendentes da Copa América teriam de ser cumpridas no próximo torneio organizado pela entidade. Como o Brasil só entrou em campo duas vezes depois do gancho de quatro partidas aplicado ao jogador, ele não poderá estar no grupo no início de outubro, quando as Eliminatórias começarem.

A CBF estudou entrar com um recurso na Fifa, principalmente porque até o jogador deixar a concentração, a informação é que ele só terminaria de cumprir a pena na Copa América do ano que vem.

– É bem ruim, bem ruim. Estou torcendo para que essa pena diminua e eu possa voltar o mais rápido possível a vestir a camisa da Seleção. As Eliminatórias terão uma dificuldade gigantesca, serão praticamente uma Libertadores, onde vale tudo. Vamos ver – afirmou Neymar, sempre acompanhado pelo filho Davi Lucca, abraçado às pernas do pai.

Neymar Davi Lucca evento Santos (Foto: Alexandre Lozetti)
Davi Lucca, filho de Neymar, brinca em campo 
do instituto de seu pai (Foto: Alexandre Lozetti)


Depois de ter a suspensão publicada pela Conmebol, Neymar concluiu que seria melhor deixar a concentração. Em reuniões com a comissão técnica e dirigentes da CBF, decidiram que ele iria embora após a classificação ter sido confirmada contra a Venezuela.

– Passei tudo que eu estava sentindo para meus companheiros e a comissão técnica. Falei que era difícil ficar ali sem ter um porque para treinar, não estava feliz nem me sentindo bem. Eu acho que prejudicaria meus companheiros. Se eu desse um sorriso nos treinos, falariam que não estou nem aí. 

Se eu ficasse de cara feia, falariam que eu estava bravinho. Então era melhor ficar longe – disse o jogador do Barcelona, que assistiu à eliminação contra o Paraguai, nos pênaltis, na casa de um amigo.
Neymar afirmou que deixou a decisão do recurso nas mãos da CBF ao decidir voltar para o Brasil. No último domingo, o secretário-geral Walter Feldman explicou que foi a comissão técnica quem optou por não tentar a redução da pena.

Nesta quarta-feira, completará um ano da vexatória derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo. Neymar não entrou em campo em razão da lesão sofrida na partida anterior, diante da Colômbia, quando uma joelhada do lateral-direito Zúñiga causou uma fratura nas costas do brasileiro.  

Mesmo tendo sido apenas espectador, o craque da Seleção afirmou que fez parte do fiasco e que nem o tempo vai apagar o resultado.

  – As derrotas fazem parte, eu me vejo naquele jogo. Nós ficamos na história por causa daquilo e eu não fujo disso. Não adianta falar que passou. Levamos como aprendizado. Ficamos tristes por não estarmos conseguindo ganhar nada, é uma responsabilidade muito grande. Não é fácil jogar futebol hoje em dia. Não vamos ganhar só porque somos a Seleção, o futebol está muito nivelado e se não nos prepararmos corretamente, não teremos como chegar.

No segundo semestre, além das Eliminatórias, que terão uma nova convocação para jogos em novembro, já com a presença de Neymar liberada, o atacante começará a defender os títulos conquistados pelo Barcelona na última temporada.

Neymar evento Santos (Foto: Alexandre Lozetti)
Neymar entre Nenê e o ex-atacante Alberto, 
durante evento de seu instituto 
(Foto: Alexandre Lozetti)


Campeão da Liga Espanhola, da Copa do Rei e da Liga dos Campeões, da qual foi um dos artilheiros ao lado de Messi e Cristiano Ronaldo, o brasileiro disse que será uma hora atuar ao lado do turco Arda Turan, contratado nesta semana, e mostrou apetite para iniciar os torneios.

– Quero conquistar tudo de novo, não quero parar, não. Ganhei pela primeira vez, quero muito mais


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