domingo, 7 de junho de 2015

Levir Culpi vê Cruzeiro melhor e prevê críticas injustas após clássico no Horto

Para o treinador, rival domina a parte física e supera o Atlético-MG no Independência



Por
Belo Horizonte

 
Em sua entrevista coletiva após a derrota por 3 a 1 para o Cruzeiro, no Independência, neste sábado, Levir Culpi viu o adversário melhor e mais competente quando teve a chance de finalizar a gol. Para o treinador atleticano, o rival também levou vantagem na maior parte das divididas, muito por, segundo o próprio técnico, o Cruzeiro ter um time fisicamente mais forte que o Galo, que tem um estilo de jogo em velocidade.


- Vamos considerar esse jogo é atípico, é um clássico. Esperávamos esse nível físico. Hoje não foi nosso dia, nossa noite. O Cruzeiro fez um gol aos 46 do primeiro tempo, e um gol no primeiro lance do segundo tempo. Claro, isso faz parte do jogo. Em dois gols deles, as bolas bateram em nossos zagueiros. Eles tiveram méritos, correram, todo mundo deu 100%. Foi um jogo físico, tático, técnico. Muita briga pela bola, poucas oportunidades, e eles foram mais felizes quando tiveram as oportunidades. Por isso os méritos ao Cruzeiro pela vitória.

Levir Culpi, técnico do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini/Flickr do Atlético-MG)Levir Culpi, técnico do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini/Flickr do Atlético-MG)


O treinador também fez uma espécie de raio-x do porte físico das duas equipes, que possuem jogadores com características bem diferentes entre elas.

- As duas equipes são diferentes. O choque físico, os jogadores do Cruzeiro têm um porte físico superior ao nossos. Nosso time é rápido e veloz. O Cruzeiro é um time de força física. Houve muitos choques. Escapar com jogadas rápidas é o nosso forte, e isso ficou evidenciado também. Os gols deles bateram na nossa zaga, dois. Não dá para lamentar, sinceramente, hoje não era a nossa noite. A melhor maneira de sair desse resultado é juntar todo mundo aqui na quarta-feira contra o Santos, fazer um bom jogo e voltar a vencer.

Questionado sobre o “favoritismo” que foi dado ao Atlético-MG por parte da imprensa, após o bom início no Campeonato Brasileiro, e se isso também pode ter atrapalhado o Galo no clássico deste sábado, Levir Culpi explicou que, dentro do clube, entre comissão técnica, jogadores e diretoria, isso é trabalhado de uma forma mais contundente, com os pés no chão. O problema, segundo o treinador, é quando a equipe perde, e parte da torcida, e da imprensa, com certeza, vai carregar nas críticas.

- A gente projeta esse tipo de coisa, mas é a mesma coisa: se tem o resultado (ruim), para nós, estamos blindados. Mas se pegar torcida, imprensa, você vai ver no noticiário amanhã. Do momento em que entramos em campo hoje, e amanhã, os comentários. São situações que a gente consegue controlar internamente, Mas, externamente... Nós somos bipolares, um extremo elogio numa vitória e, numa derrota dessas, uma critica injusta. E isso será percebido amanhã na televisão e nos jornais.


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Logo em seguida, Levir foi perguntado se pensava em voltar ao esquema com dois volantes na próxima partida, na quarta-feira, contra o Santos, também no Independência. O treinador começou a resposta brincando, e depois explicou.

- Está vendo? Agora tenho que voltar com os dois volantes para o time ficar mais forte no meio. Mas não estou criticando a pergunta. Só que, o que vamos ouvir amanhã, é que o time está muito leve, que tem que colocar mais gente no meio. Não deixa de ter uma lógica, mas nosso time também não é fraco. Ganhamos algumas divididas também, mas eles ganharam mais. Tem muita coisa para repensar, mas não é a parte tática.
Não perdíamos deles há 11 jogos, então, o anormal era isso no clássico. Temos que saber perder para eles também.
Levir Culpi

Sobre o fim do tabu no clássico, uma vez que o Galo não perdia para o Cruzeiro há quase dois anos (11 partidas), o treinador preferiu valorizar a boa atuação do adversário neste sábado.
- Não perdíamos deles há 11 jogos, então, o anormal era isso no clássico. Temos que saber perder para eles também.

Por fim, Levir foi breve quando perguntado se levar três gols e fazer apenas um no Independência tinha algum significado para ele.

- Nenhum significado para mim, levar três gols e fazer um. Nenhum significado. Apenas o sabor da derrota.




FONTE:
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