Cruz-Maltino perde para o Atlético-PR por 2 a 0, completa oito jogos sem vitória (seis pelo Brasileirão) e cai para o 19º lugar do Brasileirão. Próxima adversário é o Cruzeiro
O Vasco mostrou evolução, jogou melhor do que nas duas últimas rodadas. Mas ainda não foi suficiente para chegar à primeira vitória no Campeonato Brasileiro de 2015. A derrota por 2 a 0 para o Atlético-PR, na noite deste sábado, em Curitiba, aumentou a má fase da equipe no Brasileirão (veja os gols no vídeo acima). A série sem vitórias chega a oito jogos, sendo seis pela principal competição nacional. Agora em 19º lugar, com apenas três pontos, a equipe carioca continua na zona do rebaixamento. Situação que faz Doriva ter discurso direto: a necessidade de vitória é urgente.
- Vi evolução, estávamos jogando contra o líder do campeonato e a equipe teve atitude, comprometimento, os atletas se empenharam. Ainda não vi o lance do pênalti, não sei se foi ou não, mas o árbitro deu. No final tivemos volume, tentamos fazer o time sair mais com as substituições, chutamos, não foi suficiente. Tomamos o segundo no contragolpe por conta da ambição de querer empatar o jogo. Acredito que houve evolução, temos de continuar evoluindo para buscar a primeira vitória, sabemos que o Brasileiro é difícil, não podemos ficar muito para trás, temos que buscar uma vitória urgente para respirar - disse o treinador.
A delegação vascaína volta ao Rio na manhã deste domingo. A reapresentação está marcada para segunda-feira. O próximo compromisso será no sábado, em São Januário. O rival é o Cruzeiro, de Vanderlei Luxemburgo, com vitória nos dois últimos duelos, um deles o clássico contra o Atlético-MG.
A íntegra da entrevista:
Erros individuais
Ninguém quer errar. Sempre procuramos orientar os jogadores para eles estarem atentos, ligados, concentrados. Qualquer descuido pode ser fatal. Eu tinha dito a eles no intervalo que era um jogo de detalhes. Mas acabamos surpreendidos com o gol. Ai tivemos que nos expor mais. O Julio cansou, sentiu um desconforto na panturrilha, e perdemos uma válvula de escape pela esquerda. Aqui é um campo difícil de se jogar. Tivemos dignidade, lutamos. Mas ficamos tristes e lamentamos o resultado. Quando se impõe um ritmo forte e se perde dessa maneira, fica um gostinho ruim. Mas não temos tempo para lamentar. Temos que levantar a cabeça e buscar a recuperação contra o Cruzeiro.
Cruzeiro
Outro jogo difícil. Não tem partida fácil no Brasileiro. É uma grande equipe que vem crescendo, ganhou um clássico. Mas vamos jogar em casa e temos de aproveitar bem a semana. Focar, nos fechar mais ainda, trabalhar para conseguir fazer um bom jogo.
Situação
É difícil. Não queríamos estar nessa situação. Nos três primeiros jogos tivemos boas atuações, mas não saíram os gols. Só empates. Depois nos outros dois (Atlético-MG e Ponte Preta) demos uma caída. Hoje voltamos a um bom nível. Mas ainda assim perdemos. Temos que trabalhar, focar, corrigir as coisas e continuar acreditando. Em momento algum desconfiamos do nosso elenco. Temos qualidade e já demonstramos isso. Precisamos reencontrar o caminho das vitórias. Elas nos darão equilíbrio e confiança. É difícil quando você não consegue pontuar e perde a confiança.
Emanuel Biancucchi
Me agradou. Foi bem ativo no jogo. Se ele estivesse melhor fisicamente, poderia render até mais. Aproveitou a chance que teve, fez um bom jogo, bons passes, criou chances, reteve a bola. Vai nos ajudar muito na sequência do campeonato.
Estadual é ilusão?
Não digo ilusão. O estadual faz parte da cultura do futebol brasileiro. É difícil mudar isso. Mas o que tiramos de referência do estadual foram obviamente as partidas contra Flamengo, Fluminense e Botafogo. Tivemos boas performances nesses confrontos. Não digo que o estadual não vale nada. Vale muito. Não podemos diminuir nossa conquista. Mas com certeza temos uma equipe capaz de fazer uma campanha melhor no Campeonato Brasileiro. As vitórias ainda não aconteceram, mas a expectativa é que elas comecem logo. Queremos um campeonato tranquilo.
Passagem pelo Atlético-PR
Prefiro nem falar sobre isso, faz parte do passado. Fiz amigos, mas é um clube difícil de se trabalhar. Não sabemos de onde saem as opiniões, as interferências. Quem chega de fora precisa ter o respaldo que estou tendo no Vasco. Os resultados não foram ruins, mas a saída foi precoce e imatura. Faz parte.
Respaldo no Vasco
Decidi ficar no Vasco por conta da confiança que todos passam para mim. Isso vai acontecer sempre. Futebol é desgastante no momento de tomar decisões, mas me sinto respaldado pela diretoria. Durante a semana reforçaram essa situação da confiança para eu desenvolver meu trabalho. Me sinto confiante e sei que vamos sair dessa.
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