Campeões da F-1 estão em lista com milhares de suspeitos de enviar dinheiro para Suíça. Diego Forlán, Marat Safin e Valentino Rossi também aparecem no documento
Os campeões mundiais de Fórmula 1, Fernando Alonso e Michael
Schumacher, aparecem em uma lista de pessoas que teriam enviado dinheiro a
contas da Suíça com o objetivo de sonegar impostos. A lista, desvendado por meios de comunicação
internacionais, contém mais de 130 mil nomes de clientes do banco HSBC
suspeitos de evasão fiscal e foi batizada de “Lista Falciani”, por ser baseado
em denúncias de Hervé Falciani, ex-funcionário do banco.
Fernando Alonso nos testes da Fórmula 1
em Jerez de la Frontera (Foto: Divulgação)
O
documento é fruto de uma investigação internacional coordenada entre o
jornal
francês “Le Monde” e o Consórcio Internacional de Jornalistas
Investigativos e os nomes tem sido divulgados pelo jornal espanhol “El
Confidencial” durante esta segunda-feira.
Outros nomes do automobilismo foram citados no
escândalo, como Heikki Kovalainen (ex-F-1) e Flávio Briatore (ex-chefe da
equipe Renault). A lista contém nomes de diversos outros esportistas como Diego
Forlán (futebol),Valentino Rossi (MotoGP), Marat Safin (Tênis), além de
personalidades de outras áreas como David Bowie (cantor), Tina Turner (cantora),
Mohammed VI (Rei do Marrocos) e de Alfons Godall (ex-vice do Barcelona na
presidência de Joan Laporta). As fortunas dos clientes do HSBC foram levadas à Suíça em razão do
perfil da legislação do país, menos rígido em termos fiscais. O
total movimentado ultrapassou a marca de US$ 100 bilhões (quase R$ 280
bilhões).
Schumacher segue se recuperando de acidente em sua casa, na Suíça (Foto: Getty Images)
- Fernando viveu lá e contribuiu lá. Ele nunca teve nada na
Espanha desde que se mudou para a Inglaterra com uma mão na frente e outra
atrás. A Receita Federal nunca nos pediu nada, porque a situação dele sempre
esteve em ordem. Colocam uma suspeita em um comportamento impecável como é o de
Fernando todos esses anos – defendeu a assessoria de Alonso.
O atacante Diego Forlán, do Cerezo Osaka, do Japão, aparece
na lista como cliente do banco desde 2006, com duas contas que acumulam US$ 1,4
milhões (cerca de R$ 4 milhões).
Diego Forlán joga no Cerezo Osaka do Japão
atualmente (Foto: Reprodução/ Facebook)
Vice-presidente do Barcelona na época do mandato de Joan
Laporta, Alfons Godall tem seu nome relacionado a uma empresa com sede nas
Ilhas Virgens Britânicas com um saldo de US$ 5,1 milhões. Pelo twitter, o
dirigente admitiu que tinha uma “conta em uma entidade que foi comprada pelo
HSBC”, mas que está “regularizada e consta nas declarações fiscais”.
Hervé
Falciani colabora desde 2009 com
a justiça de diversos países fornecendo
informações que se apoderou quando foi funcionário da filial suíça do
HSBC Bank. Mais de 130 mil supostos sonegadores de impostos podem ter
dinheiro em bancos suíços.
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