Campeã mundial de 2003 e bicampeã olímpica, Croácia tem segunda maior média de altura do Mundial do Catar e atual melhor jogador do mundo. Partida é às 16h
Caso queira se classificar pela primeira vez às quartas de final de um Mundial, o Brasil terá que passar pela altíssima e talentosa equipe da Croácia. A seleção europeia tem a segunda maior média de altura do Mundial do Catar: 1,94m, atrás apenas do 1,95m de Alemanha e Polônia. E mais, os croatas contam com o maior atleta do torneio: Marko Kopljar, de 2,10m. Não fosse isso o suficiente, o atual melhor do mundo é o croata Domagoj Duvnjak (1,97m), e o baixinho Ivan Cupic, de 1,78m, é um dos principais artilheiros da competição, com 28 gols.
É contra esse "paredão" habilidoso que a seleção brasileira disputa as oitavas de final, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Al Sadd Hall, em Doha. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. O SporTV transmite o jogo ao vivo, e assinantes do Canal Campeão também podem assistir pelo SporTV Play.
Thiagus, jogador de linha mais alto do Brasil,
conversa com Borges e o técnico Jordi
(Foto: Wander Roberto/Photo&Grafia)
Os
jogadores da seleção brasileira já sabem o que fazer para encarar a
alta equipe croata. Os europeus possuem no elenco seis atletas de dois
metros de altura ou mais. Além de Marko Kopljar, eles também contam com
Jakov Gojun (2,04m), Luka Stepancic e Igor Vori (2,03m), Mirko Alilovic e
Zeljko Musa (2,00m). O Brasil só tem o goleiro Rick (2,00m). Por isso
Thiagus (1,98m), o segundo jogador mais alto da seleção, explica que a
velocidade precisa ser uma arma da equipe.
Marko Kopljar tem 2,10m de altura (Foto: EFE)
- Precisamos ser mais velozes contra altura. Alguns jogadores deles têm
mais de dois metros, mas contra isso temos que ter velocidade. Assim
achamos os espaços. Temos que jogar bastante no chão, que é mais
difícil, e cansá-los na defesa. Atacar bem vai ser a chave para o jogo.
No handebol sempre há uma brecha para vencer uma defesa alta, mas é preciso
saber encontrar esse espaço no momento certo.
A
paciência no ataque também é uma aposta da seleção, sobretudo para
cansar os adversários. De tanta gana que o Brasil está para vencer os
croatas, Zé até se deixa exagerar nos comentários antes da partida.
-
A gente vai ter que movimentar muito a bola. O que o Jordi
falou no treino é de nos movimentarmos, fazer eles se cansarem. São mais altos,
acabam tendo o deslocamento maior que o nosso. A gente vai trabalhar em cima
disso e ter mais paciência, jogar um pouco mais rápido, movimentar
perna no ataque e na defesa. E na defesa é fechar os dois olhos e dar no peito
dos caras (risos) - brincou.
croácia Não é só altura
Apesar
do grande número de jogadores altos, a Croácia não se destaca somente
por isso. Ela já foi campeã mundial em 2003 e duas vezes campeã olímpica
(Atlanta 1996 e Atenas 2004). No último Mundial, em 2013, ficou com a
terceira colocação.
Agora, além do faro de gol de
Ivan Cupic (28 gols), maior goleador, a Croácia também tem o atual
melhor jogador do mundo, Domagoj Duvnjak. A seleção pretende parar de
qualquer forma os avanços do camisa 5.
Domagoj Duvnjak é o atual melhor jogador
do mundo (Foto: AFP)
- Ele é um jogador acima da média, da minha geração. Mas acho que
estamos prontos. Temos jogadores eficientes na defesa para parar ele. Acredito que possamos surpreender sim - afirmou Teixeira.
O Brasil já igualou o feito do Mundial da Espanha, em 2013, no
que se refere a ter alcançado as oitavas de final. Naquela edição, o país
terminou em 13º lugar, sua melhor posição, depois de perder para a Rússia por
27 a 26. Essa é a terceira vez na história que a seleção disputa a fase de
mata-mata da competição – a primeira foi no Egito, em 1999.
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