quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Dorival cita confiança e fala em "reequilíbrio" após vitória no Maracanã

Palmeirenses comemoram importante triunfo diante do Botafogo, nesta quarta-feira,a no Rio de Janeiro. Cariocas são rivais diretos na luta contra o rebaixamento


Por Rio de Janeiro

Se a partida contra o Botafogo era vista pelos palmeirenses como uma espécie de "final" neste Campeonato Brasileiro, a boa vitória por 1 a 0 na noite desta quarta-feira, no Maracanã, foi motivo de comemoração no vestiário alviverde.
Em entrevista coletiva, o técnico Dorival Júnior falou sobre o triunfo fora de casa, o segundo consecutivo da equipe, que encerrou um jejum do Palmeiras como visitante que já durava quase cinco meses.

Agora com 31 pontos, os palmeirenses começam a respirar mais aliviados na classificação. Apesar de ter apenas três pontos de vantagem em relação a Chapecoense, hoje primeiro integrante da degola, o Verdão fechou a rodada na 13ª colocação. No próximo sábado, o Verdão volta a campo para enfrentar o Grêmio, às 21h, no Pacaembu.



Confira a entrevista coletiva de Dorival Júnior na íntegra:

Sequência de vitórias
- Sinceramente, significa mais três pontos na tabela. Isso é o que tem uma importância grande. Vínhamos fazendo boas partidas, exceção ao jogo do Goiás, e os resultados não aconteciam. Isso vinha minando a equipe. Fizemos um primeiro tempo muito bom, criamos algumas situações, com posse de bola. Voltamos (para o segundo), e o gol saiu logo no início. Aquele instinto de defesa acabou trazendo o Botafogo para cima da nossa equipe. A vitória reforça a confiança dos jogadores, espero que seja o reequilíbrio. Que seja o início de futuros resultados um pouco mais promissores e que nos deem mais sustentação na tabela. A nossa situação foi melhorada, mas ainda não está estabilizada.


Recuo da equipe
- É uma situação que todos nós conversamos e que acontece invariavelmente com qualquer equipe que esteja vivendo o momento que o Palmeiras está passando. Não é fácil. Se o Botafogo fizesse o gol, também se retrairia. Não tem como equilibrar, é o instinto de querer buscar a defesa. Nós tínhamos um jogo equilibrado e poderíamos ter saído na frente da primeira etapa, mas não aconteceu. Não é fácil passar, conviver e administrar isso durante uma partida
 

Novos objetivos- O Palmeiras não tem direito de pensar nisso (pensar nas primeiras posições da tabela). A nossa realidade é outra. Se vier a acontecer vai ser lá na frente. Agora é muito cedo. Temos de ser realistas e estarmos atentos porque em uma ou duas rodadas poderemos estar novamente nessa condição (difícil).


Volta do Prass
- Deu uma segurança para a equipe. Ele naturalmente tem uma liderança que não necessariamente se confirma com uma braçadeira em campo. Estou muito contente com o que eu estou vendo no grupo do Palmeiras porque os jogadores estão assumindo uma condição, e a volta do Fernando consolida tudo isso.


Sequência difícil
- Independentemente da sequência que seja, todas as equipes não estarão confortáveis em nenhum momento. E o Palmeiras tem de ter essa consciência. De todas as equipes que estão da 10ª colocação para baixo, o Palmeiras seja talvez a que menos tenha confrontos com os adversários que estão nessas posições neste momento. Outros terão até oito jogos em 12 rodadas. Temos de pensar que daqui pra frente a necessidade de melhorarmos vai se acentuar. Acho que encontramos um pouco mais de confiança a partir desse segundo resultado, mas ainda é pouco para o que nos precisamos dentro do campeonato.

Eu parei de trabalhar com matemática no futebol há muito tempo. É igual instituto de pesquisa em eleições. É a mesma coisa, uma mentira atrás da outra, situações dirigidas. A matemática não ajuda, só atrapalha. O importante é você fazer os seus pontos e continuar somando"
Dorival Júnior


Quantos pontos precisa para ficar tranquilo
Eu parei de trabalhar com matemática no futebol há muito tempo. É igual instituto de pesquisa em eleições. É a mesma coisa, uma mentira atrás da outra, situações dirigidas. A matemática não ajuda, só atrapalha. O importante é você fazer os seus pontos e continuar somando. Às vezes um empate tem uma valia grande, logicamente que uma vitória compensa muito mais. Mas se tivéssemos um ponto em pelo menos duas das três derrotas que tivemos desde que eu cheguei, nós estaríamos em outra situação. Matemática é muito relativo, eu me preocupo muito mais com o dia a dia e com o próximo adversário. Agora é pensamento no Grêmio e nada além. A matemática fica de lado. Ano passado quando cheguei ao Fluminense faltavam cinco jogos e precisávamos de nove pontos, segundo todas as contas possíveis. Fizemos dez e nem assim o Fluminense saiu, a não ser com o problema que teve a Portuguesa. Às vezes a matemática não é lógica.


Retorno do Leandro
- Não é uma aposta minha. Ele que tem de bancar uma aposta. A confiança ele tem e sabe disso. A partir desse momento depende única e exclusivamente dele. Espero que ele  continue evoluindo. O que ele jogou hoje foi muito bom, mas ainda pode crescer muito mais. Ele tem consciência disso. Só depende dele para poder ocupar o espaço que ele tem.


Cartão amarelo do Valdivia
- Sempre que aconteçam lances duvidosos técnicos, táticos ou disciplinares, é natural que uma postura seja necessária. Mas volto a dizer que tudo isso é conversado internamente. Não preciso expor nada. É natural que o jogador seja alertado e orientado, essa é função da comissão técnica.


Vitória sofrida
Sofrimento poderia ser um pouco menor se mantivéssemos uma postura. Mas na posição em que estamos, há quanto tempo não alcançávamos resultados em sequência e também fora de casa? Tenho de tentar encarar com normalidade, mesmo sabendo que corremos um risco desnecessário quando poderíamos ter um resultado comprometido. Se tivesse perdido ou empatado seria natural que falassem que nós colocamos a equipe para trás. E nunca vi um treinador pedir para um time recuar para marcar para sair em contra-ataque.

Dorival Junior, Botafogo X Palmeiras (Foto: André Mourão / Agência estado)
Dorival orienta a equipe do Verdão 
na vitória contra o Botafogo 
(Foto: André Mourão / 
Agência estado)


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