quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Dal Pozzo se frustra com atuação ante o Coxa, diferente de contra o Galo

Treinador do Criciúma mantém o mesmo esquema, porém amarga mais uma derrota fora de casa no Campeonato Brasileiro; Tigre volta à vice-lanterna da competição


Por Curitiba



A sina do Criciúma continua. A equipe catarinense segue sem saber o que é vencer fora de casa. Na noite desta quarta-feira, no Couto Pereira, faltou bola, como tem faltado ponto à equipe no Campeonato Brasileiro. Mesmo que o Coritiba também tenha ficado longe de uma boa apresentação, foi o suficiente para impor a derrota que colocou o Tigre na vice-lanterna. Bem diferente do que ocorreu no último sábado, o triunfo sobre o Atlético-MG.

Por isso o técnico Gilmar Dal Pozzo montou o Criciúma com três atacantes. Porém a equipe esteve longe de apresentar o mesmo futebol, mais fraco na marcação e com menor posse de bola (49%). A pegada foi outra, mesmo que tenha ocorrido apenas uma alteração em relação ao time que venceu o Galo – Rodrigo Souza voltou de suspensão na vaga de Rafael Pereira.

- Minha ideia foi continuar com a mesma equipe do fim de semana, mas não foi a mesma atuação. O desempenho foi abaixo, erramos muitos passes. Demorávamos a tomar a bola e depois a entregávamos de graça. Não tínhamos o controle e nem envolvíamos o adversário. O erro de passe foi fundamental nisso – disse o treinador, em referência aos 41 erros nos 253 passes que deu.


Veja a íntegra da entrevista de Dal Pozzo

Avaliação do jogo
- A equipe não conseguia marcar e nem jogar porque estava errando muito passe, roubava e dava de graça. Depois equilíbrio no primeiro tempo, foi quando mandei aquecer o Serginho e o Ricardinho, queria povoar mais o meio. Mas fomos penalizados pelo gol em virtude da batida boa na bola do Alex. Daí eu tive que colocar o Paulo (Baier) porque entendia que deveríamos jogar mais por dentro. Na sequência entrou o Gustavo e tentamos de todas as formas, mas não criamos situações claras de gol. O Coritiba conseguiu aproveitar a bola parada e decidir a partida. Do outro lado tem um atleta de qualidade, que tem perfeição na batida da bola. Foi no primeiro pau e tomamos, por desatenção nossa e também a qualidade do Alex.


Coritiba Criciúma (Foto: Divulgação/ Site oficial Coritiba)
Criciúma esteve abaixo, admitiu o 
técnico Gilmar Dal Pozzo 
(Foto: Divulgação/ 
Site oficial Coritiba)


Esquema em casa e outro fora
- Jogamos bem o último jogo em que casa e me deu garantia que devia vir para este jogo com a mesma equipe. Temos essas duas estratégias, com três volantes ou três atacantes. Tinha convicção pela continuidade no jogo de fim de semana, pelo padrão, e tínhamos que tentar vencer. Gostei da postura da equipe no segundo tempo, me agradou mais, acertou mais. O time foi mais equilibrado que no primeiro.


Laterais
- Eu dou liberdade para os dois laterais apoiarem. O Eduardo tem mais facilidade que o Giovanni, que é de mais marcação. Porém, tinha um jogador agudo no lado do Giovanni, que o inibiu de sair. Esta é a leitura. 


Rodrigo Souza no campo, Rafael Pereira no banco
- É continuidade. O Rodrigo jogou até de zagueiro contra a Chapecoense e foi muito bem. Nesse jogo contra o Atlético-MG eu improvisei o Rafael de volante. 
Achei mais justo e tinha o Serginho que poderia voltar também. Por isso da troca. A ideia é de um jogo mais por dentro hoje. Ia colocar mais um volante no decorrer do jogo, se não fosse o gol. Mas mudei, porque tínhamos que sair para o jogo. Entenderam bem, conseguiram colocar a bola no chão e jogar. Mas não traduzimos em gol pela qualidade do último passe e a ansiedade para acelerar.  O Ricardinho entrou porque o Rodrigo cansou e para ter mais qualidade em fazer o jogo por dentro. O jogador nem sempre vai bem. Ele foi elogiado pela atuação na zaga contra a Chapecoense. Às vezes não está em bom dia ou noite, caiu de produtividade  é normal para um atleta, não vou individualizar. 


Poucas finalizações
- Quando não tem posse e nem marcação boa, não se tem controle de jogo. O time não marcou bem e erramos passes, que nos dá pose de bola, e consequentemente não tivemos o controle do jogo. Demos ao adversário mais posse e não conseguimos criar as situações claras de gol.


Matemática
- Estou focando jogo a jogo. Vamos juntar os cacos do jogo, procurar fazer uma grande partida, como foi no último sábado. Temos consciência, fizemos um grande jogo contra o Atlético-MG e temos condições de fazer um grande jogo contra o Santos. Vamos nos apegar ao fator local, como temos um bom desempenho em casa. Vamos aproveitar o treino, juntar a equipe e tentar buscar a vitória.


Zé Carlos volta?
- Estava transição e espero contar com ele, vai depender do treinamento. Tenho que falar com o Wilsão (auxiliar) e o Cleber (Medeiros, fisiologista), o Zé está voltando de lesão e vou ver a condição real dele.


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FONTE:
http://glo.bo/1v4gqJc

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