Vitória por 1 a 0 sobre o Goiás encerra jejum de cinco jogos e time fica fora do Z-4. Técnico lamenta não ter podido escalar com Jobson: "Certamente usaria ele"
Vagner Mancini fica aliviado
com a vitória (Foto: Vitor
Silva / SSPress)
- Sabíamos que o mais importante era a vitória depois de uma sequência negativa de cinco jogos. Construir uma vitória no Maracanã foi muito importante para nos recolocar no caminho. Em Criciúma foi um ponto importante. Hoje fizemos o necessário para vencer - disse o treinador.
Antes de a bola rolar, Jobson acabou retirado do banco de reservas por precaução. O Botafogo recebeu uma ligação informal da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e o departamento jurídico decidiu tirá-lo da relação por conta de uma alegação da federação saudita de que ele supostamente teria se recusado a fazer um exame antidoping. Mancini lamentou a perda.
- Acabou chegando uma recomendação por causa do processo que está em execução na Arábia. Já sabíamos do problema, mas o advogado nos disse que isso não impediria a escalação. Aí, faltando 30 minutos para o jogo, chegou a recomendação. Naquele momento achamos melhor tirar, mesmo sabendo da importância dele. Hoje ele já é um jogador enturmado, alguns mais experientes já integraram ele. Certamente usaria ele, seria muito importante nesta partida. Espero que até domingo ele esteja apto.
Confira a entrevista completa do treinador:
Análise do desempenho do Bota
- Acho que a vitória poderia ter sido um pouco mais fácil em virtude do pênalti (perdido por Emerson Sheik) e também pelo início de jogo que tivemos. Fomos lentos, tivemos muitos erros de passe e valorizamos a posse de bola de forma errada. No segundo tempo voltamos com outro postura, mais agressiva, marcando na frente, buscando o passe em profundidade. Sofremos o pênalti, fizemos o gol e tivemos outras chances.
Cobrança no vestiário no intervalo
- Nós cobramos uma atitude de um time que quer vencer. No primeiro tempo, achamos que íamos vencer a qualquer momento, estávamos morosos. Não é assim que tem que ser. No menor vacilo, o Goiás poderia chegar. Chamei a atenção dos jogadores sim. Às vezes existe a necessidade de intervir. Foi notório que houve a mudança de atitude no segundo tempo.
Ausência de Jobson
- Não tenham dúvida de que ele ficou muito decepcionado. Eu que dei a notícia a ele. Óbvio que sentiu muito. Tentamos recuperar o Jobson como atleta e ser humano para reintegrá-lo na sociedade. E a primeira sociedade dele é o Botafogo. Todos estão querendo fazer ele entender que tem potencial e está jogando fora. Não queremos ficar dando lição de moral, nós estendemos a mão a ele e esperamos que tenha aprendido com os erros para que possa nos ajudar em campo.
Atuações de Zeballos e Dankler
- Mesmo improvisado, ele (Dankler) tem bom domínio de bola, velocidade e a cada dia está mais acostumado com o setor. Ganhamos com isso. Ele tem a passada larga e chega na linha de fundo. Fez um belo jogo e pode subir mais de produção. O Zeballos só saiu pelo aspecto físico. Vinha sendo o principal articulador de jogadas ao lado do Ramírez. O Ramírez e o Airton fizeram uma uma função importante de segurar a bola. A movimentação do Zeballos com o Emerson confundiu os adversários. A variação deu certo e pode continuar a dar certo.
Apesar da vitória, proximidade do Z-4
- Os 12 pontos que disputamos e não somamos nenhum nos deixaram neste situação. Muitos lá de baixo ganharam nesta rodada e subiram também. Todos têm a meta de chegar aos 45 pontos para se livrar. Teremos mais um jogo aqui no Maracanã e será difícil. Mas o Grêmio vai sofrer no domingo. O Botafogo vai embalar no campeonato, não tenham dúvida disso, e essa vitória contra o Goiás foi o início.
Equilíbrio emocional
- A parte emocional estava mais equilibrada do que contra o Bahia. Mesmo depois que o Emerson perdeu o pênalti. Com as peças equilibradas, a desenvoltura do time é diferente. Vale ressaltar a boa arbitragem do (Leandro) Vuaden também. Às vezes reclamo, mas hoje nenhum dos times reclamou. Ele soube conduzir bem.
Duelo com o Grêmio na próxima rodada
- Sabemos que será importante ter uma boa desenvoltura durante os 90 minutos, com alta intensidade, porque é isso que o adversário vai nos propor. Lembro do jogo contra o Flamengo e agora contra o Fluminense. Eles não deixaram respirar. Mas contra certos adversários a nossa motivação é sempre maior. É complicado jogar contra quem só fica atrás. Precisamos jogar como no segundo tempo contra o Goiás.
Carlos Alberto
- Talvez tenha sido a vez que ele entrou melhor, com exceção da sua estreia. Achei que se integrou mais ao time, além de estar mais magro e forte. O processo com ele não pode ser acelerado, não dá para iniciar com ele e expor a lesões. Vamos devagar. Vai nos ajudar com o que pode. Domingo certamente ele ainda não vai iniciar. Vamos pensar nisso só mais para frente.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/09/mancini-comemora-fim-da-sequencia-ruim-do-bota-recoloca-no-caminho.html
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