Diretor executivo do Palmeiras dá a versão do clube na frustrada negociação para permanência do atacante e critica postura do são-paulino
Brunoro diz que Kardec não falou a verdade sobre diferença de R$ 5 mil (Foto: Marcos Ribolli)
Alan
Kardec se transferiu para o São Paulo em abril, mas a conturbada saída do atacante do
Palmeiras ainda repercute entre torcedores e dirigentes. Depois de o jogador
ter afirmado que não renovou com o Verdão por uma diferença de R$ 5 mil, em
entrevista ao programa “Bem, Amigos”, do SporTV, na última segunda-feira, José Carlos
Brunoro rebateu o atleta nesta terça e deu a versão alviverde da negociação.
Em
entrevista à rádio "Jovem Pan", o diretor
executivo do Palmeiras negou a versão de Kardec e criticou a postura do
jogador e de seu pai na negociação.
– Não é
correta a informação (diferença de R$ 5 mil). Vamos inverter o processo. Um
contrato de quatro anos, ele também não poderia abrir mão de R$ 5 mil se
gostasse do Palmeiras? Não é uma quantia nem para ele nem para o Palmeiras – afirmou.
– Ele não
deu a última palavra ao Palmeiras. Ficou uma diferença na última proposta em que
havia um X montante para decidir. Nós falamos: “Vocês abrem mão de 50% desse
montante, e o Palmeiras paga 50%. Vão para casa e respondam”. E eles nunca mais
voltaram com uma resposta. Faltou palavra. Se fosse por R$ 5 mil, um atleta do
nível do Alan, com o dinheiro que ele ganha, ele abriria mão se tivesse mesmo esse amor todo pelo Palmeiras - disse Brunoro.
Questionado
sobre as saídas de Hernan Barcos e Alan Kardec na gestão do presidente
Paulo Nobre, Brunoro explicou a negociação com o Grêmio que levou o
argentino para o futebol gaúcho em fevereiro de 2013. Mas fez questão de
evitar comparação com a fracassada renovação com o hoje são-paulino.
– O Barcos foi a coisa que eu mais sofri na minha vida porque ele era um ídolo
do Palmeiras. Eu precisava começar a Libertadores em uma semana e o Campeonato
Paulista estava em andamento. Nós estávamos com quatro meses de Fundo de Garantia e salários atrasados,
ele falando que não queria jogar a Série B. O que o Palmeiras poderia fazer?
Eu sabia o quanto ele era importante para a torcida, mas naquele momento o
Palmeiras precisava tomar uma postura porque poderíamos perder o jogador a
qualquer momento. Já o Alan eu senti muito pela postura dele, mais do que pela
perda. Nós recuperamos o jogador. Se ele fala que era só R$ 5 mil, poderia abrir mão
– completou.
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário