terça-feira, 16 de setembro de 2014

Brunoro rebate Alan Kardec e nega diferença de R$ 5 mil: "Faltou palavra"

Diretor executivo do Palmeiras dá a versão do clube na frustrada negociação para permanência do atacante e critica postura do são-paulino


Por São Paulo


brunoro palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)Brunoro diz que Kardec não falou a verdade sobre diferença de R$ 5 mil (Foto: Marcos Ribolli)


Alan Kardec se transferiu para o São Paulo em abril, mas a conturbada saída do atacante do Palmeiras ainda repercute entre torcedores e dirigentes. Depois de o jogador ter afirmado que não renovou com o Verdão por uma diferença de R$ 5 mil, em entrevista ao programa “Bem, Amigos”, do SporTV, na última segunda-feira, José Carlos Brunoro rebateu o atleta nesta terça e deu a versão alviverde da negociação.

Em entrevista à rádio "Jovem Pan", o diretor executivo do Palmeiras negou a versão de Kardec e criticou a postura do jogador e de seu pai na negociação.

– Não é correta a informação (diferença de R$ 5 mil). Vamos inverter o processo. Um contrato de quatro anos, ele também não poderia abrir mão de R$ 5 mil se gostasse do Palmeiras? Não é uma quantia nem para ele nem para o Palmeiras – afirmou.

– Ele não deu a última palavra ao Palmeiras. Ficou uma diferença na última proposta em que havia um X montante para decidir. Nós falamos: “Vocês abrem mão de 50% desse montante, e o Palmeiras paga 50%. Vão para casa e respondam”. E eles nunca mais voltaram com uma resposta. Faltou palavra. Se fosse por R$ 5 mil, um atleta do nível do Alan, com o dinheiro que ele ganha, ele abriria mão se tivesse mesmo esse amor todo pelo Palmeiras - disse Brunoro.

Questionado sobre as saídas de Hernan Barcos e Alan Kardec na gestão do presidente Paulo Nobre, Brunoro explicou a negociação com o Grêmio que levou o argentino para o futebol gaúcho em fevereiro de 2013. Mas fez questão de evitar comparação com a fracassada renovação com o hoje são-paulino.

– O Barcos foi a coisa que eu mais sofri na minha vida porque ele era um ídolo do Palmeiras. Eu precisava começar a Libertadores em uma semana e o Campeonato Paulista estava em andamento. Nós estávamos com quatro meses de Fundo de Garantia e salários atrasados, ele falando que não queria jogar a Série B. O que o Palmeiras poderia fazer? Eu sabia o quanto ele era importante para a torcida, mas naquele momento o Palmeiras precisava tomar uma postura porque poderíamos perder o jogador a qualquer momento. Já o Alan eu senti muito pela postura dele, mais do que pela perda. Nós recuperamos o jogador. Se ele fala que era só R$ 5 mil,  poderia abrir mão – completou.


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