Seleção perde partida no tie-break após pedido de desafio do técnico rival e precisa vencer a Rússia, nesta quarta-feira, para seguir com chances de ir às semifinais
Nos últimos dias, as dificuldades se apresentaram todas de uma só vez. Três titulares machucados, um sorteio que colocou o Brasil no Grupo da Morte na terceira fase, um regulamento que foi mudado. A vantagem de ser o dono da melhor campanha do Mundial da Polônia se perdia. Para complicar ainda mais, teria que jogar dois dias seguidos. O primeiro deles contra os donos da casa, diante de uma torcida apaixonada e barulhenta, composta por 12.100 pessoas. Nesta terça-feira, na Atlas Arena, em Lodz, sem contar com Murilo - ainda se recuperando de um estiramento na coxa direita -, e com Wallace e Sidão fora de suas condições ideais, a seleção sofreu a sua primeira derrota na competição após nove jogos: 3 sets a 2 (parciais de 25/22, 22/25, 14/25, 25/18 e 17/15). O ponto decisivo saiu depois de um pedido de desafio do técnico Stephane Antiga, que fez a arbitragem voltar atrás após constatar que a bola desviara no bloqueio de Sidão.
Para avançar à semifinal sem depender de outros resultados, o Brasil precisa vencer nesta quarta-feira a Rússia por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1. Caso isso aconteça, a seleção brasileira vai fechar a terceira fase com 4 pontos. Mesmo que depois os russos derrotem a Polônia, na quarta-feira, eles chegariam no máximo aos 3 pontos. A partida contra os campeões olímpicos, válida pelo Grupo H, será às 15h25 (de Brasília) com transmissão do SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. Os assinantes podem acompanhar os lances no SporTV Play.
- Nós deixamos eles virarem o jogo. Agora, temos que botar a cabeça no lugar. Tem mais um jogo contra a Rússia e temos tudo para vencer e avançar - afirmou o oposto Wallace.
Wallace tenta passar por bloqueio
duplo da Polônia na partida desta
terça-feira (Foto: Divulgação/FIBV)
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Sob os olhares atentos dos pais,que chegaram Lucarelli fazia o Brasil voltar ao comando (16/15). Bernardinho desfazia a inversão. Mas a equipe tinha dificuldade em colocar a bola no chão. Os adversários defendiam melhor, tinham um paredão bem montado, sacavam melhor e se distanciavam (23/19). Uma pancada de Lucarelli e um ace de Lucão cortavam a vantagem. Mas eram os rivais que tinham o set point. Lipe salvava o primeiro. Um saque para fora de Vissotto dava a primeira parcial para os donos da casa: 25/22.
Lipe encara bloqueio duplo da Polônia
(Foto: Divulgação/FIBV)
Três pontos seguidos de Lipe já deixavam Winiarski e seus companheiros em estado de alerta. Reclamavam com a arbitragem, tentavam levar o ponto no grito. Não funcionava. O Brasil estava concentrado. Vissotto fazia uma boa passagem pelo saque e arrancava cumprimentos de Bernardinho. (13/6). Bruninho distribuía bem as jogadas, ajudava no bloqueio e silenciava a torcida com uma bola de segunda (15/8). Os anfitriões sentiam o golpe. Já não tinham forças para buscar o placar, que apontava uma distância grande demais (20/11). Sidão faria o sofrimento aumentar com um ace: 25/14.
Era tudo ou nada para a Polônia. As ações se equilibravam e os times se revezavam na liderança. Quando os rivais conseguiram abrir dois pontos, Bernardinho pedia tempo (15/13). A pressão vinda da arquibancada aumentava. O bloqueio parava Lipe. A situação se complicava (20/16). Kubiak se estranhava com Sidão na rede. O Brasil perdia saques e tinha de correr atrás do prejuízo (22/18). Mas o bloqueio não freava os poloneses, que levavam a partida para o tie-break: 25/18.
No set desempate, o Brasil se perdia (7/2). As jogadas não fluíam e os donos da casa caminhavam a passos largos para pôr fim à invencibilidade dos tricampeões no Mundial. A boa passagem de Lucão pela rede ligava a luz de alerta do outro lado da rede. Stephane Antiga pedia tempo (7/5). O jogo ficava quente. Kubiak voltava a se descontrolar e recebia um cartão vermelho. Ponto do Brasil (8/8). A virada veio com um bloqueio de Lucarelli (12/11). Os anfitriões roubavam a condição (13/12). A seleção empatava. Um saque forçado de Lucarelli passava da quadra e dava o match point para a Polônia. Lucão impedia. Agora era o Brasil que tinha a chance de fechar o jogo. Nada feito. Um ataque de Klos dava a vitória para os poloneses ao raspar no bloqueio: 17/15.
Observado por Sidão, Lucarelli ataca
em cima de bloqueio duplo dos donos
da casa (Foto: Divulgação/FIBV)
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