Treinador afirma que time deu muito espaço ao Rubro-Negro no primeiro tempo e lamenta o fato de não ter conseguido escalar o atacante Rogério
- O jogo, em termos técnicos, foi fraco, distante do que todos esperavam. Muito mais força e tática. Foi muito disputado, com poucas chances de gol. O Botafogo falhou no primeiro tempo na marcação, chegávamos atrasados. O encaixe demorou. O Flamengo teve mais posse. Tentei acertar, mas os atletas não entenderam o recado e levamos o gol. A postura do Flamengo ficou mais atrás depois do gol. No segundo, voltamos melhor. Brigamos, finalizamos... Lance claro no final, com mais de dois jogadores dentro da área, mas a bola não entrou por uma má finalização. Temos que admitir que demos muito espaço no primeiro tempo - disse Vagner Mancini.
O Alvinegro é o 13º colocado no Brasileirão, com 12 pontos. Na próxima rodada, a equipe recebe o Cruzeiro no Maracanã, às 18h30, no sábado.
Confira a entrevista de Mancini na íntegra:
Faixa de protesto na entrada do time
- Não tenho medo da reação. O torcedor é inteligente, sabe as dificuldades que o clube está passando. Sabem que foi um manifesto ao time e as próprios torcedores.
Vacilos nas finalizações
- Falta um pouco de tranquilidade. O Zeballos rouba, entra na área... faltou um pouco de calma. Tinha outras opções. Em outros lances, faltou uma técnica mais apurada, o time tem carências, assim como todos os outros. A falta de pontaria às vezes é parte emocional e técnica, e acho que as duas coisas acontecem no Botafogo. Era um clássico, perdendo o jogo... O jogador fica nervoso, mas tem que saber administrar.
Vagner Mancini orienta o time durante
o clássico no Maracanã
(Foto: Vitor Silva / SS Press)
Rogério, a solução?
- Na verdade ele estava escalado, mas tive a notícia na sexta-feira de que ele não seria regularizado e tive que refazer o time. Talvez ele tenha o que falta ao Botafogo, é um jogador que atua pelas beiradas, que agride mais. Lamentamos muito. Sem jogar peso excessivo nele, acho que pode ser uma solução momentânea.
Desempenho de Airton, que está suspenso contra o Cruzeiro
- Temos tentado mudar o rótulo dele, que era visto como violento, mas tem técnica e pode jogar sempre desta forma. Fico feliz de ver pessoas observando isso nele. Ele é fundamental, mas temos outros jogadores, o Bolatti, o Gabriel... Teremos mais um jogo difícil, diante do líder. A postura tem que ser a mesma do segundo tempo.
Retorno de Edilson ao time
- Ele é um cara de muita disposição, que não aceita perder. Em determinados momentos até exagera na força. Ele se dedica muito e tem muitos recursos, dá as melhores enfiadas de bola. O Julio Cesar foi muito bem na parte defensiva. Acho que o Edilson está na média.
Rendimento de Yuri Mamute
- O Yuri tinha função de ser o segundo homem da frente. Todos tiveram que correr atrás, e ele precisou voltar muito, mas o objetivo dele seria atacar, chegar na frente. Quando saiu, o time se acertou mais e foi para o ataque. Se permanecesse, poderia crescer junto com o time.
Carlos Alberto e o sistema de criação do Bota
- O setor de criação foi melhor no segundo tempo, quando o Zeballos entrou. A opção pelo Carlos Alberto foi porque ele rompe, agride mais. Achei que ele, Emerson e Mamute teriam força suficiente para atingir o sistema defensivo do Flamengo. Com o Zeballos tivemos mais posse. Daniel e Wallyson deram mais velocidade, mas caiu um pouco o aspecto técnico. O Carlos Alberto oscilou muito, a inatividade pesou um pouco para ele. Mas não tem jeito, temos que dar o jogo a ele. Futebol todos sabem que ele tem.
Resultado justo?
- Acho que o empate seria mais justo. O Flamengo foi melhor no primeiro tempo, mas no segundo fomos bem melhor do que eles. No futebol nem sempre tem justiça. Não é fácil. Às vezes dá esperança e te frustra em alguns momentos.
Emerson Sheik
- Ele entrou em campo com uma dor muscular, mas não se queixou durante o jogo, se sentiu bem. A chuva, campo molhado... talvez tenha tido algo, mas suportou os 90 minutos.
Necessidade de reforços
- Todos os times, talvez com exceção do Cruzeiro e do Internacional, precisam de peças. Não vou ficar chorando, pedindo... não tem como ir atrás. O mercado é restrito, e esbarramos na situação financeira. Temos que pensar com o que temos nas mãos.
Motivação para enfrentar o líder Cruzeiro
- Acho que a motivação maior é falar para eles que o nosso time é o do segundo tempo, e não o do primeiro. O contra-ataque do Cruzeiro é mortal. Até sábado teremos tempo para mostrar que eles podem fazer mais do que estão fazendo. Em outros jogos vimos o time oscilando muito. Temos muitas coisas a acertar. Se não é refinado, outros times também não são, mas estão pontuando.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/07/mancini-culpa-primeiro-tempo-ruim-e-lamenta-gol-perdido-no-fim-do-classico.html
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