Tropeço foi em amistoso contra o Paraguai, comemorativo pela conquista do pentacampeonato mundial, na Copa de 2002, na despedida de Scolari do comando
saiba mais
A
seleção brasileira nem sempre joga bem diante de seus torcedores. Vez
ou outra, é comum o Brasil ser vaiado pelo torcedor (mal) acostumado com
grandes exibições. Derrotas, porém, são incomuns em solo nacional. Já
se vão quase 12 anos do último revés no país. Foram 38 jogos, com 29
vitórias e nove empates (confira o gráfico detalhado abaixo),
aproveitamento de 84,21%. E o curioso é que o tropeço ocorreu
justamente no palco do próximo compromisso do Brasil: o Castelão, hoje
completamente remodelado para a Copa.
Coincidentemente, sob o comando de
Luiz Felipe Scolari.
Apesar da derrota, o amistoso contra o Paraguai, em 21 de
agosto de 2002, em Fortaleza, teve um clima festivo. Afinal, havia o que
comemorar. Foi a primeira exibição da seleção brasileira após a
conquista do penta na Coreia do Sul e no Japão.
Quase
todos os jogadores que participaram do título da Copa do Mundo
estiveram em campo. Para se ter uma ideia, os três goleiros – Marcos,
Dida e Rogério Ceni – foram aproveitados por Scolari na partida. Além
deles, o volante Emerson – cortado na véspera do Mundial – jogou, como
uma espécie de homenagem. O Paraguai venceu por 1 a 0 com gol de Nelson
Cuevas. Foi o fim da primeira “Era Felipão” na seleção brasileira (assista a alguns lances da partida no vídeo acina).
Após a Copa de 2002, a
Seleção passou a atuar menos no Brasil. Na maioria delas, em partidas
válidas pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Foram raros os amistosos
em solo nacional. Na Europa, Ásia, Estados Unidos e África, a equipe
entrou em campo 144 vezes. Teve 91 vitórias, 30 empates e 23 derrotas.
Aproveitamento de 70,13%, bem abaixo dos 84,21% conseguidos em casa.
Ronaldinho Gaúcho no meio de três
paraguaios na última derrota do Brasil
em casa, no Castelão
(Foto: Agência Diário)
Felipão: sequência de dez vitórias
Scolari comemora gol na vitória do Brasil sobre a Croácia, na abertura da Copa (Foto: Reuters)
Nesse
período invicto, Carlos Alberto Parreira, Dunga e Mano Menezes passaram
no comando da Seleção, além de Felipão, atual treinador da equipe. Dos
quatro, quem teve o melhor aproveitamento em casa foi o atual
coordenador técnico, no período entre 2003 e 2006. Com nove vitórias e
apenas um empate, com a Colômbia, pelas eliminatórias, no Rei Pelé, em
Maceió, ele conquistou 93,3% dos pontos disputados.
Dunga
foi quem teve o pior desempenho. O treinador, que conviveu com vaias e
gritos de “burro” durante sua passagem pelo CBF, teve seis vitórias e
quatro empates no país: aproveitamento de 73,3%.
Em
sua segunda temporada na Seleção, Felipão comandou a equipe em 12
partidas no Brasil até agora. Foram dois empates no início – contra
Chile e Inglaterra -, antes da Copa das Confederações. Desde então, dez
vitória consecutivas, incluindo a abertura da Copa, contra a Croácia, na
última quinta, em São Paulo.
Ciente da força ainda
maior que o time brasileiro tem quando conta com o apoio da torcida,
Luiz Felipe Scolari, constantemente, tenta trazer o torcedor para junto
da Seleção.
Neymar foi quem mais marcou em casa no período
Neymar já marcou 14 gols nesse período em território brasileiro (Foto: Marcos Ribolli)
Durante esses quase 12 anos, no mínimo duas gerações ajudaram o Brasil nessa série invicta em casa. Quem mais marcou, no entanto, foi um craque atual. Com os dois gols contra a Croácia, Neymar ampliou mais a vantagem na artilharia da Seleção nessa série invicta em território nacional. Dos 33 marcados pelo atacante com a camisa amarela, 14 foram no país. O camisa 10 é seguido por Fred (8), Ronaldo (7), Luis Fabiano (7), Adriano (6) e Ronaldinho Gaúcho.
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário