Camisa 11 começa no banco, mas vira referência ao entrar na segunda etapa, e Elefantes chegam à virada em apenas dois minutos
A CRÔNICA
por
Elton de Castro
Didier Drogba
deu mais uma demonstração de que a Copa do Mundo é um torneio reservado
aos craques. Poupado durante o primeiro tempo, por causa de dores na
coxa, ele viu o Japão abrir o placar, com Honda, e a Costa do Marfim
ficar atordoada em campo. Mas o banco de reservas não é o lugar para os
ídolos. Gigante diante dos adversários, ele precisou apenas de cinco
minutos para virar referência e ver seus companheiros recuperarem a
confiança. Com os gols de Bony e Gervinho,
os marfinenses viraram para 2 a 1 e deixaram a Arena Pernambuco, no
Recife, na noite deste sábado, com uma vitória que ficará marcada para
os 40.267 torcedores que lotaram o estádio.
Nem mesmo a forte chuva que caiu no Recife foi capaz de calar os tambores da torcida marfinense. Empolgada, ela viu o time comandado por Droga em apenas um tempo, mas com a velocidade de Gervinho a seu serviço, iniciar bem a sua terceira participação num Mundial. A seleção marfinense, do capitão Yaya Touré, eleito o melhor da partida, agora tem os mesmos três pontos dos colombianos, mas perdem no saldo de gols.
O Grupo C, que começou com a vitória da Colômbia sobre a Grécia,
tem a segunda rodada marcada para a próxima quinta-feira, dia 19. Às
13h, a Costa do Marfim enfrenta os colombianos no Mané Garrincha, em
Brasília, e o duelo pode selar o primeiro classificado às oitavas de
final – fato inédito para os africanos. Mais tarde, às 19h, a Grécia
encara os japoneses na Arena das Dunas, em Natal.
Um lance de brilho do craque: gol do Japão
Uma seleção rápida, com velocidade no toque de bola e força ofensiva, mas frágil na marcação. Bastaram 20 minutos para que a Costa do Marfim desse voz a um dos "clichês" relacionados ao futebol africano. Sem o artilheiro Didier Drogba, no banco de reservas, os Elefantes iniciaram a partida tentando fazer da velocidade do atacante Gervinho uma arma para superar o bem posicionado sistema defensivo do Japão.
A estratégia funcionou nos primeiros minutos. Funcionou até um lance de lucidez do meia Honda. Até então apagado, a estrela japonesa recebeu na entrada da área rival, passou fácil pela marcação e chutou no ângulo de Barry, para abrir o placar. O gol aos 16 minutos fez a seleção nipônica assumir o comando técnico da partida. Enquanto isso, Drogba via seus companheiros insistirem em jogadas rápidas e esbarrem na falta de precisão dos passes.
Sem conseguir oferecer riscos ao Japão, os marfinenses passaram a
investir nas jogadas individuais de Gervinho, que criou boa oportunidade
ao ser derrubado por Okazaki na entrada da área. Boka não conseguiu
acertar o alvo na cobrança. Mas o lateral-esquerdo ganhou confiança
para, aos 35, soltar uma bomba de fora da área e obrigar o goleiro
Kawashima a fazer grande defesa.
O lance acordou a torcida da Costa do Marfim, que, mesmo em desvantagem no placar, passou a fazer mais barulho nas arquibancadas. Animados, os marfinenses partiram para cima e criaram algumas chances. Mas faltava aos africanos uma referência no ataque. A pressão, porém, não tirou a tranquilidade da seleção japonesa. Embora discreta e longe de mostrar um futebol brilhante, ela desceu para os vestiários com a vantagem no placar. E aliviada porque o rival optou por entrar em campo sem Drogba desde o início.
Drogba em campo: virada da Costa do Marfim
Em desvantagem no placar, a Costa do Marfim iniciou o segundo tempo tentando encurralar o Japão, que parecia ter no 1 a 0 o resultado ideal para o jogo. Sem forçar, os orientais tocavam a bola e viam os adversários errar passes ou falhar nas conclusões a gol. Mesmo tendo mais jogadas ofensivas, faltava algo aos Elefantes. Faltava Drogba.
Foi isso que pensou o técnico Sabri Lamouchi, que, vendo o seu time pressionar sem sucesso, tratou de colocar o camisa 11 em campo, aos 16 minutos. Não houve uma participação efetiva do craque, bastou apenas a sua presença para os marfineses ganharem confiança e, buscando a sua principal referência, arriscarem mais. Resultado: em dois minutos, a virada.
Preocupada com a presença do artilheiro na área, a zaga japonesa não
conseguiu evitar que, após o cruzamento de Aurier, Bony subisse mais
para empatar a partida, aos 19. Dois minutos depois, foi a vez de
Gervinho aproveitar mais um cruzamento de Aurier para, de cabeça,
colocar 2 a 1 no placar. Com Didier em campo, os marfinenses
inegavelmente mandavam no jogo. Os gols em sequência atordoaram o Japão.
Sem criatividade no meio de campo e diante de uma atuação discreta de Honda, os japoneses se curvavam diante da Costado Marfim, que voltou a apostar nas jogadas laterais e bolas aéreas. Drogba quase deixou o dele, mas a bola desviou em Morishige antes de sair raspando a trave esquerda.
A seleção africana ainda teve a chance de ampliar num contra-ataque de três contra dois, mas Gervinho segurou demais a bola em vez de rolar para Yaya Touré, que entrava livre, e acabou desarmado. Depois foi só segurar a bola, na experiência do camisa 11 e líder, e esperar o apito final.
Nem mesmo a forte chuva que caiu no Recife foi capaz de calar os tambores da torcida marfinense. Empolgada, ela viu o time comandado por Droga em apenas um tempo, mas com a velocidade de Gervinho a seu serviço, iniciar bem a sua terceira participação num Mundial. A seleção marfinense, do capitão Yaya Touré, eleito o melhor da partida, agora tem os mesmos três pontos dos colombianos, mas perdem no saldo de gols.
Acompanhado por Drogba, Gervinho
comemora o gol da vitória marfinense
(Foto: Agência AP )
Um lance de brilho do craque: gol do Japão
Uma seleção rápida, com velocidade no toque de bola e força ofensiva, mas frágil na marcação. Bastaram 20 minutos para que a Costa do Marfim desse voz a um dos "clichês" relacionados ao futebol africano. Sem o artilheiro Didier Drogba, no banco de reservas, os Elefantes iniciaram a partida tentando fazer da velocidade do atacante Gervinho uma arma para superar o bem posicionado sistema defensivo do Japão.
A estratégia funcionou nos primeiros minutos. Funcionou até um lance de lucidez do meia Honda. Até então apagado, a estrela japonesa recebeu na entrada da área rival, passou fácil pela marcação e chutou no ângulo de Barry, para abrir o placar. O gol aos 16 minutos fez a seleção nipônica assumir o comando técnico da partida. Enquanto isso, Drogba via seus companheiros insistirem em jogadas rápidas e esbarrem na falta de precisão dos passes.
Honda solta a bomba e vence o goleiro
Barry e abrir o placar para o Japão
(Foto: Agência Reuters)
O lance acordou a torcida da Costa do Marfim, que, mesmo em desvantagem no placar, passou a fazer mais barulho nas arquibancadas. Animados, os marfinenses partiram para cima e criaram algumas chances. Mas faltava aos africanos uma referência no ataque. A pressão, porém, não tirou a tranquilidade da seleção japonesa. Embora discreta e longe de mostrar um futebol brilhante, ela desceu para os vestiários com a vantagem no placar. E aliviada porque o rival optou por entrar em campo sem Drogba desde o início.
Drogba em campo: virada da Costa do Marfim
Em desvantagem no placar, a Costa do Marfim iniciou o segundo tempo tentando encurralar o Japão, que parecia ter no 1 a 0 o resultado ideal para o jogo. Sem forçar, os orientais tocavam a bola e viam os adversários errar passes ou falhar nas conclusões a gol. Mesmo tendo mais jogadas ofensivas, faltava algo aos Elefantes. Faltava Drogba.
Foi isso que pensou o técnico Sabri Lamouchi, que, vendo o seu time pressionar sem sucesso, tratou de colocar o camisa 11 em campo, aos 16 minutos. Não houve uma participação efetiva do craque, bastou apenas a sua presença para os marfineses ganharem confiança e, buscando a sua principal referência, arriscarem mais. Resultado: em dois minutos, a virada.
Drogba entra em campo pedindo proteção.
Cinco minutos depois, virada marfinense
(Foto: Agência Reuters)
Sem criatividade no meio de campo e diante de uma atuação discreta de Honda, os japoneses se curvavam diante da Costado Marfim, que voltou a apostar nas jogadas laterais e bolas aéreas. Drogba quase deixou o dele, mas a bola desviou em Morishige antes de sair raspando a trave esquerda.
A seleção africana ainda teve a chance de ampliar num contra-ataque de três contra dois, mas Gervinho segurou demais a bola em vez de rolar para Yaya Touré, que entrava livre, e acabou desarmado. Depois foi só segurar a bola, na experiência do camisa 11 e líder, e esperar o apito final.
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