Técnico reconhece que Timão ficou devendo em alguns momentos, mas exalta vitória sobre o Flamengo, no segundo jogo do Brasileirão sem tomar gols
A vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo poderia ter sido muito mais tranquila para o Corinthians, admitiu o técnico Mano Menezes,
depois do jogo. Com o Timão com um jogador a mais em campo desde o fim
do primeiro tempo, quando o lateral-direito Leo Moura foi expulso, o
treinador e a torcida esperavam que a equipe alvinegra fosse chegar
facilmente matar o jogo. Mas uma certa inconstância atrapalhou a equipe,
e o segundo gol, marcado por Gil, veio só no fim.
De
bom, Mano fez questão de exaltar a segurança da defesa. Após um empate
em 0 a 0 com o Atlético-MG na estreia, em Uberlândia, o Corinthians
chega ao seu segundo jogo sem tomar gols.
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- Primeiro precisamos valorizar a nossa primeira vitória na competição. Enfrentamos aí dois dos maiores clubes do Brasil nas primeiras rodadas - o Atlético fora e o Flamengo aqui. Estamos com quatro pontos, não tomamos gols, é a quarta partida oficial que não sofremos gols, o que vai mostrando que melhoramos defensivamente, que foi a preocupação inicial. Iniciamos o jogo muito bem, trabalhando muito bem a bola. Criamos volume, fizemos o gol, depois cedemos um pouco de espaço no campo, perdemos o controle do jogo, voltamos no segundo tempo melhores, e desperdiçamos boas possibilidades de fazer jogada final com mais qualidade. Mas fizemos o 2 a 0, que era importante e dava tranquilidade pra administrar os últimos minutos. Estou contente com o resultado, mas entendemos que precisamos continuar melhorando. Sempre é bom buscar essa melhora com vitória - disse Mano.
Confira os principais tópicos da entrevista do treinador do Corinthians:
Mudanças no segundo tempo
- A primeira delas foi em função do cartão amarelo recebido pelo Guerrero, que é jogador de disputa, e foi visível a intenção dos nossos adversários em cavar o segundo cartão. Eu achei melhor retirá-lo naquele momento para que as coisas pudessem continuar normalmente, entrou um jogador de velocidade que é o Luciano. Depois, a segunda alteração foi a entrada de Danilo no lugar do Petros, porque tínhamos um homem a mais e queria tirar proveito disso com um jogador mais ofensivo. Na última, Romarinho já tinha reclamado de uma batida, ele estava mancando um pouco, entrou Malcom e fez boas jogadas. Saio satisfeito. Com a ideia de que estamos percorrendo esse caminho longo de melhora.
Qual a melhor formação? Com ou sem Guerrero?
- Sempre digo que Guerrero é o único centroavante que temos no time, os outros são atacantes, são escolhas pra jeitos diferentes de jogar da equipe. Se Paolo jogar, é realmente um homem que prende mais a bola e temos de saber utilizar isso. Para isso temos de fazer ultrapassagens por dentro, para que a bola seja de qualidade. Se for Romarinho e Luciano, aí é movimentação pura, jogador de intensidade, que sai do encaixe da marcação do zagueiro. Precisamos evoluir nas duas formações, uma hora uma vai ser melhor, na outra a outra vai ser. É importante termos essas opções.
Despedida do Pacaembu
- O Pacaembu é importante para todos nós, seja dentro do campo, ou para quem participa na arquibancada. O torcedor se sentiu parte dessa despedida e aconteceu naturalmente. O que mais me agradou é que depois de algum tempo vi a torcida voltar a cantar, empurrar, como a gente se acostumou e se tornou dependente desse apoio e força. Hoje foi realmente um jogo especial, mas espero que esse comportamento continue na Arena.
Expulsão de Léo Moura
- O lance foi bem à minha frente e foi forte, mas a interpretação de vermelho ou amarelo cabe ao árbitro. Cada um tem seu critério, ou talvez a orientação seja para esse tipo de lance ser punido com mais rigor. A favor você sempre aceita mais, contra você sempre reclama mais.
Viagem da Copa do Brasil (Manaus) e Brasileiro (Chapecó)
As duas viagens são longas e vão gerar desgaste, vai acumular muito do que passamos hoje. Manaus é muito peculiar pela umidade e temperatura, precisamos encaminhar bem esse primeiro jogo, respeitando o adversário que temos pela frente. Mas vou esperar a reapresentação e analisar. Em principio, todos estão relacionados para o jogo. Com exceção do Walter, porque vamos levar um outro goleiro para ser reserva.
- A primeira delas foi em função do cartão amarelo recebido pelo Guerrero, que é jogador de disputa, e foi visível a intenção dos nossos adversários em cavar o segundo cartão. Eu achei melhor retirá-lo naquele momento para que as coisas pudessem continuar normalmente, entrou um jogador de velocidade que é o Luciano. Depois, a segunda alteração foi a entrada de Danilo no lugar do Petros, porque tínhamos um homem a mais e queria tirar proveito disso com um jogador mais ofensivo. Na última, Romarinho já tinha reclamado de uma batida, ele estava mancando um pouco, entrou Malcom e fez boas jogadas. Saio satisfeito. Com a ideia de que estamos percorrendo esse caminho longo de melhora.
Qual a melhor formação? Com ou sem Guerrero?
- Sempre digo que Guerrero é o único centroavante que temos no time, os outros são atacantes, são escolhas pra jeitos diferentes de jogar da equipe. Se Paolo jogar, é realmente um homem que prende mais a bola e temos de saber utilizar isso. Para isso temos de fazer ultrapassagens por dentro, para que a bola seja de qualidade. Se for Romarinho e Luciano, aí é movimentação pura, jogador de intensidade, que sai do encaixe da marcação do zagueiro. Precisamos evoluir nas duas formações, uma hora uma vai ser melhor, na outra a outra vai ser. É importante termos essas opções.
Despedida do Pacaembu
- O Pacaembu é importante para todos nós, seja dentro do campo, ou para quem participa na arquibancada. O torcedor se sentiu parte dessa despedida e aconteceu naturalmente. O que mais me agradou é que depois de algum tempo vi a torcida voltar a cantar, empurrar, como a gente se acostumou e se tornou dependente desse apoio e força. Hoje foi realmente um jogo especial, mas espero que esse comportamento continue na Arena.
Expulsão de Léo Moura
- O lance foi bem à minha frente e foi forte, mas a interpretação de vermelho ou amarelo cabe ao árbitro. Cada um tem seu critério, ou talvez a orientação seja para esse tipo de lance ser punido com mais rigor. A favor você sempre aceita mais, contra você sempre reclama mais.
Viagem da Copa do Brasil (Manaus) e Brasileiro (Chapecó)
As duas viagens são longas e vão gerar desgaste, vai acumular muito do que passamos hoje. Manaus é muito peculiar pela umidade e temperatura, precisamos encaminhar bem esse primeiro jogo, respeitando o adversário que temos pela frente. Mas vou esperar a reapresentação e analisar. Em principio, todos estão relacionados para o jogo. Com exceção do Walter, porque vamos levar um outro goleiro para ser reserva.
Petros titular
- Petros estreou muito bem, a escolha recaiu sobre ele depois da impossibilidade do Renato Augusto porque ele vinha treinando bem e com personalidade. Hoje iniciou exatamente com a consistência que a gente queria. Tínhamos de ter posse de bola para não ceder esse contra-ataque a todo momento, daí a importância do Petros.
Necessidade de mais um atacante, Willian especulado
- É sempre difícil falar sobre outros jogadores, muito mais quando eles estão nos nossos concorrentes. Não falamos sobre o Willian internamente, não existe essa possibilidade, pelo menos que eu tenha conhecimento... Então não é correto fazermos qualquer tipo de análise nesse aspecto. Vamos trazer mais um atacante sim, nós temos jogadores para reposição, jogadores de beirada, de lado, como Romarinho, Luciano, Malcom, Paulinho...Mas na impossibilidade de ter um jogador mais central, não temos reposição. Por mais que você monte a equipe com jogadores de movimentação, em alguns momentos falta esse homem. Então numa temporada longa como essa precisa ter alguém com essa característica, sim.
Adaptação à Arena- Pedir a compreensão do torcedor é uma utopia, mas realmente vamos precisar de um período de adaptação. O gramado é diferente, as dimensões também, as referências passam a ser outras. Precisamos construir nosso ambiente na nova casa, e logicamente vamos precisar de um período para isso. Sabemos que temos de construir isso vencendo.
Declarações de Emerson
- Eu não tive a infelicidade de assistir a isso, mas como notícia ruim chega rápido, claro que estou sabendo. Não tem jeito. Tomar decisões como essa que tomamos... Sabemos que gera desgaste, descontentamento, e é por isso que as pessoas protelam, protelam, protelam para toma-las. Em relação às opiniões dele, sinceramente não tenho interesse, não me atinge, não estou preocupado com elas. Ele que siga a vida dele. Costumo dizer que no futebol a bola é redonda, e lá na frente as coisas clareiam mais para saber que tem caráter, quem não tem, quem é melhor, quem não é. Não posso abrir mão de fazer, como técnico, aquilo que penso que é o correto. É minha obrigação profissional com o Corinthians. Não vou abrir mão de fazer isso. Não tenho medo de chuva. Entro nela e sei que posso me molhar.
Petros e Jadson juntos
- Petros é mais terceiro homem de meio-campo, com 11 contra 10, a lógica era tirar um terceiro e colocar um homem mais ofensivo. Essa é a lógica que o técnico enxerga. Em relação a Jadson, não é possível jogar todos os jogos bem. É bem provável que a marcação sobre o Jadson sempre seja mais forte do que sobre o Petros. Recentemente, ouvi uma entrevista do Geuvânio, acho, que nos primeiros jogos ele tinha ido muito bem e perguntaram por que agora não estava bem. Porque todos agora sabem quem é Geuvânio. Daqui a uns dias, Petros vai compartilhar isso, e sobra mais espaço para o Jadson.
Entrada de Malcom
- Malcom está treinando bem, é ainda muito jovem. Jovem dos jovens. Fazemos com esse cuidado de colocá-lo quando as coisas favorecem mais, em casa, quando o torcedor ajuda. Mas não tenho dúvida que se trata de um grande jogador com potencial imenso pela frente. Vamos ter o cuidado aqui de fazer essa evolução.
Mano Menezes, durante o jogo do
Corinthians contra o Flamengo
(Foto: Marcos Ribolli)
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