Muito emocionada minutos depois de encerrada a final, levantadora do Rio afirma que ainda tem muita gana de jogar, mas lamenta que o corpo não diga o mesmo
Foi com chave de ouro. Ser campeã da Superliga e melhor jogadora da
final coroou a desgastante e angustiante temporada da levantadora Fofão. Aos 44
anos, ela conviveu com problemas físicos, que a deixaram fora das quadras
por quase dois meses. A volta foi cirúrgica para ajudar a equipe carioca nos
playoffs, em especial na semifinal com o Campinas e na final com o Sesi-SP. A
própria presença na decisão, após duas semanas de tratamento intensivo na
panturrilha, não era garantida.
- A semana toda eu treinava de manhã com o time e era um treinamento muito cuidadoso. Eu não estava segura para jogar, não mesmo, mas não conseguia e não consigo me imaginar fora de uma final. Nem que amarrassem minha perna eu estaria fora dali. Foi muito carinho que as meninas passaram pra mim, foram tantas energias positivas, que eu esqueci minha panturrilha. Não senti dor, mas sim um incômodo. Não exagerei na parte das vibrações para a dor não aparecer. Mas Deus foi, mais uma vez, bom comigo. Agora, é descansar e recuperar. Tenho que avaliar muita coisa. Primeiro, a minha condição física, que é uma coisa que me preocupa. Isso tem que ser pensado com carinho. Não gostaria de atrapalhar a equipe, mas contribuir e ajudar.
Vou pensar com calma se me aposento ou não. Terminar desta maneira, vencendo, seria o fechamento de um livro, de uma história feliz perfeita. Mas ainda tem as próximas páginas – deixou no ar a jogadora, visivelmente emocionada.
Fofão se emociona com mais um titulo
da Superliga (Foto: Marcio
Rodrigues / MPIX)
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Momentos antes de a final começar, havia nos bastidores a
informação de que a atleta anunciaria sua despedida. Ela inclusive já teria
comunicado o fato às companheiras de time. Depois, ouvia-se que ela continuaria por mais
uma temporada. No fim, a dúvida permanece. O que mais pesa neste momento para
ela é colocar na balança a questão física com o amor ao vôlei.- Isso é o que mais assusta o atleta, não saber até onde pode chegar. Mas, ao mesmo tempo, quando você trabalha, espera ser recompensado. É uma trajetória longa e de superação sempre, minha vida é de superação. Mas sempre fica a dúvida, será que vai dar? Essa decisão é muito difícil, pois é o que eu gosto de fazer e faço melhor na minha vida. Mas uma hora terei que me decidir. Eu me vejo muito bem dentro de quadra jogando, sinto alegria. É muito difícil pensar em parar, quando você joga neste nível de voleibol – disse.
Veterana ergue a taça com as
companheiras de time (Foto: Marcio
Rodrigues / MPIX)
- É um assunto que elas vão respeitar e entender também, mas é um lugar que eu tenho um carinho muito grande. Sou muito amada neste time. Isso faz uma diferença grande – completou.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/04/indecisa-sobre-aposentadoria-fofao-deixa-no-ar-seria-uma-historia-perfeita.html
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