Após lance de efeito do artilheiro no Maracanã contra Universidad Católica, artilheiro foi preservado de duelo em Santiago, pela Libertadores de 1996
A imprensa chilena esquentou a partida ao classificar a atitude de Túlio como menosprezo, e torcedores também se mostraram descontentes, criando o clima de revide no Chile. Na partida realizada no Maracanã, uma bola cruzada sobrou para o artilheiro sozinho na linha do gol, já com o goleiro Tapia batido. O centroavante não pensou duas vezes: ajeitou a bola e completou de calcanhar para o fundo das redes.
Túlio não foi relacionado para o jogo contra o Universidad Católica, ainda pela fase de grupos da Libertadores, em Santiago. Segundo ele, as dores musculares sentidas numa partida anterior, pelo Campeonato Carioca, contribuíram para que o Botafogo não arriscasse levar para o Chile o personagem controverso do duelo do Maracanã.
- Foi um gol de letra e calcanhar ao mesmo tempo, uma “tuletra”. Foi um momento de inspiração, de futebol moleque, algo normal. A imprensa do Chile disse que foi menosprezo, mas os jogadores chilenos não reclamaram. Aquele gol ficou marcado para o botafoguense, mas acabei não jogando no Chile porque tinha sofrido uma lesão numa partida contra o Flamengo. Mas também foi bom para evitar retaliações. O mais importante foi que aquele gol deixou o Botafogo ainda mais em evidência internacional - disse Túlio Maravilha.
O artilheiro não atuou no Estádio San Carlos de Apoquino, no dia 9 de abril de 1996, mas Gonçalves, sim. O ex-zagueiro, um dos líderes da equipe comandada por Marinho Peres, admite que a viagem do Botafogo foi marcada por uma certa tensão pela possibilidade de algumas hostilidades. Mas garante que a equipe chegou e saiu ilesa do Chile, apesar da derrota por 2 a 1.
- Essa pressão foi mais da imprensa do Chile. Aquele gol do Túlio repercutiu, ouvimos que eles iam nos quebrar, mas o jogo transcorreu normalmente. Houve uma preocupação do Botafogo em relação ao Túlio, acharam melhor não colocá-lo para jogar, porque aquele gol de calcanhar foi encarado por muitos como falta de respeito - lembrou Gonçalves.
Túlio, de calcanhar, faz gol sobre o Universidad (Foto: Ricardo Leoni / O Globo)
- O fato de ele não ter viajado para o Chile naquela ocasião teve um pouco a ver com o que ocorreu naquele jogo do Maracanã, sim. Havia um receio - disse Montenegro.
Capitão do Universidad Católica que enfrentou o Botafogo em 1996, Mario Lepe garantiu que o time chileno não criou qualquer confusão por causa do gol marcado por Túlio. Segundo ele, o lance faz parte do futebol.
- Não teve problema algum, somente especulações. Foi um gol bonito, mas não demos muita importância para isso - afirmou o ex-jogador do time que na época era comandado por Manuel Pellegrini, hoje treinador do Manchester City.
Confira a ficha do jogo Botafogo 4 x 1 Universidad Católica, dia 26 de março de 1996, no Maracanã:
BOTAFOGO: Wagner, Perivaldo (Moisés) (Silas), Gottardo, Gonçalves e Paulo Roberto; Jamir, Uidemar, Beto e Dauri (Mauricinho); Bentinho e Túlio. Técnico Marinho Peres.
U. CATÓLICA: Tapia, Rodrigo Gomez, Vasquez, Ardinam e Lepe; Lizama, Salinas, McNiven, Jorge Gomes e Ceballos (Caro); Catê e Rozental. Técnico Manuel Pellegrini.
Gols: Dauri (35min/1ºT), Caro (8min/2ºT), Túlio (13min/2ºT), Bentinho (21min/2ºT) e Túlio (45min/2ºT)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/02/tensao-do-calcanhar-de-tulio-marcou-ultima-vez-do-botafogo-no-chile.html
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