terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Os campeões de bilheteria de 2013


 

 lhar Crônico Esportivo

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O Flamengo teve a maior renda bruta de bilheteria do Brasil em 2013: R$ 44,0 milhões. O ingresso médio para os seus jogos foi o segundo mais alto do Brasil, superado apenas pelo valor médio do ingresso que foi pago pelo torcedor do Atlético Mineiro, o líder nesse quesito: R$ 62,73 - % mais alto que o ticket médio rubro-negro: R$ 59,71.

Coube ao Cruzeiro a liderança na maior média por partida – R$ 1,346 milhão, seguido pelo Flamengo com a média de R$ 1,257 milhão. Fechando o pódio, o Atlético Mineiro com a média de R$ 1,029 milhão. Números excelentes, mas todos turbinados pelas finais de Copas e reta final do Brasileirão, com o Cruzeiro levantando o título.

Esses novos dados foram levantados pela Pluri Consultoria, que acaba de divulgar o Ranking Brasileiro de Público por Clubes nos Estádios – 2013. Essa avaliação considerou todos os jogos realizados em casa pelos clubes que disputaram as seguintes competições: Séries A, B, C e D do Brasileirão, Copa do Brasil, Copa Libertadores, Copa Sul Americana, Recopa, Copa do Nordeste e 26 campeonatos Estaduais, num total de 34 competições (a Recopa é abordada em conjunto com a Libertadores). Para esse trabalho a consultoria contou com o apoio do site Sr Goool.

Os analistas da Pluri chamam a atenção para um fato extremamente grave e revelador do que é, de fato, a realidade do futebol brasileiro: os 30 clubes melhor colocados no ranking de arrecadação total (cerca de 10% do total de 296 clubes), tiveram uma renda total de R$ 395,4 milhões em 2013. Esse valor corresponde a mais de 80% do total arrecadado pelos quase 300 clubes. Se considerarmos o total dos 30 clubes de menores arrecadações, esse valor é cerca de 1.300 vezes maior.



Transcrições - os textos dos tópicos a seguir são de autoria dos analistas da Pluri Consultoria e o estudo completo, com todos os clubes listados, está disponível no site da empresa: http://www.pluriconsultoria.com.br/

Média de arrecadação bruta por partida

O Cruzeiro foi o clube de maior média de renda por partida no Brasil em 2013. Os jogos em que o time foi mandante tiveram renda média de R$ 1,346 milhão, considerando todas as competições que disputou. Em seguida vem o Flamengo com R$ 1,257 milhão, o Atlético Mineiro com R$ 1,029 milhão, Corinthians com R$ 896 mil e Grêmio com R$ 875 mil.

Apenas 33 dos 296 clubes do ranking tiveram média de renda superior à média total Brasileira, que foi de R$ 121 mil por jogo. Por outro lado, quase a metade dos clubes (142 dos 296) tiveram média de renda inferior a R$ 10.000 por jogo.

Acredite, o que você vai ler a seguir não é brincadeira: o Sul América, do Amazonas foi o clube com menor média de renda em 2013: R$ 683 por jogo. Em seguida vem o Trem, do Amapá, com R$ 747 e o Holanda, também do Amazonas, com média de R$ 936 por partida.
Os clubes com maior média por região do Brasil foram:

Sudeste – Cruzeiro (R$ 1,346 milhão/jogo);
Sul – Grêmio (R$ 875 mil/jogo);
Nordeste – Bahia (R$ 443 mil/jogo);
Norte – Remo (R$ 355 mil/jogo);
Centro Oeste – Goiás (R$ 240 mil/jogo).
Arrecadação Total

O Flamengo foi o clube que mais arrecadou com bilheteria no futebol brasileiro em 2013, com um total de R$ 44 milhões de receita bruta em todas as competições de que participou, o que equivale a quase 10% de toda a arrecadação do futebol Brasileiro no ano. Em seguida veio o Cruzeiro com R$ 39 milhões, o Atlético Mineiro com R$ 35 milhões, o Corinthians com R$ 32,2 milhões e o Grêmio com R$ 30,6 milhões.
A distribuição dos recursos arrecadados com bilheteria é a pior possível, evidenciando o processo de morte lenta dos clubes de menor porte pelo Brasil. Os 30 clubes mais bem colocados no ranking (10% de um total de 296 times) tiveram uma renda somada de R$ 395,4 milhões  em 2013, o equivalente a 83% do total, um valor cerca de 1.300 vezes superior ao dos 30 clubes com menor renda, que tiveram receita somada de R$ 306 mil, 0,06% do total.
Os clubes que mais arrecadaram com bilheteria por região do Brasil em 2013 foram:
Sudeste – Flamengo (R$ 44 milhões);
Sul – Grêmio (R$ 30,6 milhões);
Nordeste – Bahia (R$ 13,7 milhões);
Norte – Paysandu (R$ 5,9 milhões);
Centro Oeste – Goiás (R$ 8,4 milhões).
Ticket Médio por torcedor / jogo

O Atlético-MG foi o clube com maior ticket médio por torcedor em 2013. Cada torcedor do Galo pagou, em média, R$ 62,73 por ingresso para assistir aos jogos em que o clube foi mandante na temporada. Em seguida vem o Flamengo com R$ 59,71, o Cruzeiro com R$ 50,17, o Santos com R$ 41,97 e o Grêmio com R$ 41,20.
Apenas 28 dos 296 clubes do ranking (menos de 10% do total) tiveram ticket médio superior à média total brasileira, que foi de R$ 25,80 por torcedor/jogo. Por outro lado, 97 dos 296 clubes tiveram ticket médio inferior a R$ 10,00 por torcedor/jogo.
Os clubes com maior média por região do Brasil foram:
Sudeste – Atlético-MG (R$ 62,73);
Nordeste – Bahia (R$ 28,98);
Sul – Grêmio (R$ 41,20);
Norte – Remo (R$ 22,86);
Centro Oeste – Luverdense (R$ 33,91).
Público médio por jogo

O Cruzeiro foi o clube de maior média de público no Brasil em 2013. Os jogos em que o time foi mandante tiveram público médio de 26.830 pagantes, considerando todas as competições que disputou. Em seguida vem o Corinthians com 24.742, o São Paulo com 24.113, Santa Cruz com 22.384 e Grêmio com 21.243.
Apenas 45 dos 296 clubes do ranking tiveram média de público superior à média total brasileira, que foi de 4.672 torcedores por jogo. Por outro lado, mais da metade dos clubes (151 dos 296) tiveram média inferior a 1.000 torcedores por jogo.
O Trem, do Amapá, foi o clube com menor média de público em 2013, com 86 torcedores por jogo. Em seguida vem o Sul América, do Amazonas, com 89, e o Holanda, também do Amazonas, com média de 106 por partida.
Os clubes com maior média por região do Brasil foram:
Sudeste – Cruzeiro (26.830);
Nordeste – Santa Cruz (22.384);
Sul – Grêmio (21.243);
Norte – Remo (15.917);
Centro Oeste – Goiás (11.974).

Público Total
O São Paulo foi o clube que mais levou torcedores aos estádios em 2013, com um total de 940.391 pagantes, resultado que só foi possível em função da promoção nos preços dos ingressos realizada durante a maior parte do Campeonato Brasileiro. Em seguida veio o Corinthians com 890.720 torcedores, o Cruzeiro com 778.065, o Grêmio com 743.504 e o Flamengo com 736.587 torcedores no total de seus jogos.
Os 30 clubes mais bem colocados no ranking (10% de um total de 296 times) levaram um público somado 13,1 milhões de torcedores em 2013, o equivalente a 71% do total. Por outro lado, os 30 clubes com menor público total levaram 31.980 torcedores, apenas 0,17% do total.
Os clubes que mais levaram torcedores aos estádios por região do Brasil foram:
Sudeste – São Paulo (940.391);
Sul – Grêmio (743.504);
Nordeste – Santa Cruz (604.375);
Norte – Paysandu (302.140);
Centro Oeste – Goiás (419.073).

Alguns comentários do OCE

Apesar de ter alcançado a maior receita bruta do nosso futebol em 2013, o Flamengo foi apenas o quinto colocado em público total e o sexto em média por partida. Pesou nesses números a conquista da Copa do Brasil, especialmente o jogo final, o que repetiu, em escala menor, o tremendo impacto da partida final da Copa Libertadores sobre os números do Atlético Mineiro.
O melhor equilíbrio foi, sem dúvida, do Cruzeiro e depois do Corinthians, que ainda foi penalizado por perdas de mando.

A tabela acima mostra com clareza que o maior desequilíbrio entre os grandes clubes brasileiros foi, sem dúvida, daquele que mais levou torcedores ao estádio em 2013, o São Paulo, que chegou próximo da marca do milhão. Entretanto, o Tricolor foi somente o sexto colocado na receita total e teve a mesma posição na receita média por jogo. Os mais de 940 mil torcedores deixaram o clube com a terceira melhor média de público por partida disputada. O grande ponto de desequilíbrio foi o valor médio do ingresso pago pelo torcedor são-paulino em 2013: R$ 24,45. Esse valor foi somente o 34º maior na lista de Ticket Médio dos quase 300 clubes que compuseram o estudo.

Por fim, uma lembrança importante: vários clubes foram prejudicados por não poderem usar seus estádios, o que fica fácil de perceber nos números do Internacional, Atlético Paranaense e também do Botafogo


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/olhar-cronico-esportivo/post/os-campeoes-de-bilheteria-de-2013.html

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