A CRÔNICA
por
GloboEsporte.com
Com 74% da posse de bola, como se fosse um Barcelona ou um Bayern
comandado por Pep Guardiola, o Santos envolveu o Bragantino e goleou por
5 a 0, na noite desta quinta-feira, na Vila Belmiro, pela 11ª rodada do
Campeonato Paulista. Geuvânio (duas vezes), Gabriel, Cícero e Leandro
Damião fizeram os gols do time santista, que contou com a estreia do
meia Lucas Lima, contratado ao Internacional. A equipe atuou no 4-2-4,
esquema que já ganhou o apelido de "Oswaldia e Alegria" da torcida
santista, num trocadilho com o nome do técnico Oswaldo de Oliveira e a
música de Thiaguinho.
A vitória santista foi fácil não só pela qualidade do ataque, mas também porque o Bragantino perdeu o zagueiro Yago, expulso, aos 22 minutos do primeiro tempo. Com um a mais e diante de um time retrancado por natureza, o Santos tocou a bola (307 passes no total, contra 65 do adversário) e foi criando chance atrás de chance. O primeiro tempo ainda foi apertado – apenas o gol de Cícero, de fora da área. Mas o segundo serviu só para a construção de mais uma goleada do melhor ataque do Paulistão: são 25 gols em 11 jogos.
Com o resultado, o Santos ampliou a vantagem na liderança do Grupo C –
tem 26 pontos, contra 18 da Ponte Preta. O Bragantino permanece em
segundo no Grupo D, com 16 pontos, mas ainda pode ser ultrapassado pelo
Rio Claro, que tem 15 e recebe o Paulista no sábado.
Apenas 3.424 pessoas foram à Vila Belmiro – a forte chuva que caiu no fim da tarde em Santos assustou a torcida.
Jogo de ataque contra defesa
Tradicionalmente, o Bragantino de Marcelo Veiga é uma equipe que joga retrancada diante dos grandes. E depois de perder o zagueiro Yago, expulso aos 22 minutos por segurar Cicinho, o seu time se fechou ainda mais. Àquela altura, o "Massa Bruta" já vinha abusando do antijogo – com média de uma falta a cada três minutos, parecia questão de tempo para que um de seus marcadores recebesse o cartão vermelho, e Yago foi o "infeliz".
Com um a menos, o Bragantino se fechou com a chamada "zaga baixa" (ou seja, próxima à área, mantendo o rival na altura da intermediária) e ficou assistindo aos jogadores do Santos tocarem a bola. E como tocaram. Foram 162 passes do Peixe contra 33 do Bragantino no primeiro tempo. A posse de bola ficou em 74% a 26%. As finalizações? Dez a dois. Estatísticas que indicariam uma goleada. Não fosse pelas incríveis defesas de um goleiro que se chama Defendi. O ofício no nome.
Leandro Damião foi quem teve as melhores chances. Na melhor delas,
acertou o travessão. Ele e Gabigol se mexiam pelo meio da área, se
movimentando e posicionando como pivôs para tabelar com quem vinha de
trás – numa espécie de 4-2-4, com Cícero e Arouca formando a dupla do
meio-de-campo, mais Rildo bem aberto pela esquerda, e Geuvânio na
direita. Na prática, porém, Cicinho se comportava como um quinto
atacante. Até os zagueiros Neto e Jubal se apresentavam para tentar
carregar a bola ao ataque. Espaço não faltava.
O problema era o toque final. Com os jogadores bem abertos, faltava uma triangulação, uma jogada que pudesse deixar alguém na cara do gol. Por duas vezes a bola caiu no pé de Rildo em boas condições. Mas o veloz atacante tem a estranha mania de escolher quase sempre a pior opção. Gabigol, Geuvânio e Damião chegaram a se irritar. Nesse cenário arrastado, coube ao mais lúcido dos santistas abrir o placar. Aos 41, Cícero arriscou da intermediária um chute seco, rasteiro, no canto esquerdo de Defendi. O Bragantino, que só assustara num chute colocado de Léo Jaime na trave, enfim sucumbia à pressão santista.
Abriu a porteira
O segundo tempo serviu para que o Santos construísse sua goleada. Logo no primeiro minuto, Gabriel fez o segundo, completando cruzamento de Rildo, da esquerda. Geuvânio fez o terceiro aos seis, aproveitando passe de Cicinho da direita. E marcou também o quarto, aos 21, após tabela entre Gabigol e Damião.
Faltava, claro, o de Damião. E ele veio aos 32, graças a uma boa jogada de Lucas Lima, o estreante da noite. Em pouco mais de 20 minutos em campo, o meio-campista de 23 anos, contratado por R$ 5 milhões ao Internacional, mostrou que pode cair como uma luva num time que tem na velocidade de seus meninos o seu ponto forte. Canhoto, ele ainda bateu uma falta com categoria, já no fim do jogo, e por pouco não fez o sexto gol.
A vitória santista foi fácil não só pela qualidade do ataque, mas também porque o Bragantino perdeu o zagueiro Yago, expulso, aos 22 minutos do primeiro tempo. Com um a mais e diante de um time retrancado por natureza, o Santos tocou a bola (307 passes no total, contra 65 do adversário) e foi criando chance atrás de chance. O primeiro tempo ainda foi apertado – apenas o gol de Cícero, de fora da área. Mas o segundo serviu só para a construção de mais uma goleada do melhor ataque do Paulistão: são 25 gols em 11 jogos.
Gabriel comemora um dos gols do Santos sobre
o Bragantino (Foto: Lucas Baptista / Ag. Estado)
Apenas 3.424 pessoas foram à Vila Belmiro – a forte chuva que caiu no fim da tarde em Santos assustou a torcida.
saiba mais
Os dois times vão descansar no carnaval. O Santos só volta a jogar na
quinta-feira, contra o Mogi Mirim, fora de casa. Se vencer o seu jogo e o
São Bernardo não ganhe do Rio Claro, o Peixe garante a classificação às
quartas de final. O Bragantino recebe a Ponte Preta na quarta-feira, em
Bragança.Jogo de ataque contra defesa
Tradicionalmente, o Bragantino de Marcelo Veiga é uma equipe que joga retrancada diante dos grandes. E depois de perder o zagueiro Yago, expulso aos 22 minutos por segurar Cicinho, o seu time se fechou ainda mais. Àquela altura, o "Massa Bruta" já vinha abusando do antijogo – com média de uma falta a cada três minutos, parecia questão de tempo para que um de seus marcadores recebesse o cartão vermelho, e Yago foi o "infeliz".
Com um a menos, o Bragantino se fechou com a chamada "zaga baixa" (ou seja, próxima à área, mantendo o rival na altura da intermediária) e ficou assistindo aos jogadores do Santos tocarem a bola. E como tocaram. Foram 162 passes do Peixe contra 33 do Bragantino no primeiro tempo. A posse de bola ficou em 74% a 26%. As finalizações? Dez a dois. Estatísticas que indicariam uma goleada. Não fosse pelas incríveis defesas de um goleiro que se chama Defendi. O ofício no nome.
Leandro Damião tenta uma bicicleta
(Foto: Ricardo Saibun / Divulgação SantosFC)
O problema era o toque final. Com os jogadores bem abertos, faltava uma triangulação, uma jogada que pudesse deixar alguém na cara do gol. Por duas vezes a bola caiu no pé de Rildo em boas condições. Mas o veloz atacante tem a estranha mania de escolher quase sempre a pior opção. Gabigol, Geuvânio e Damião chegaram a se irritar. Nesse cenário arrastado, coube ao mais lúcido dos santistas abrir o placar. Aos 41, Cícero arriscou da intermediária um chute seco, rasteiro, no canto esquerdo de Defendi. O Bragantino, que só assustara num chute colocado de Léo Jaime na trave, enfim sucumbia à pressão santista.
Geuvânio comemora um de seus dois gols contra
o Bragantino (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação
SFC)
O segundo tempo serviu para que o Santos construísse sua goleada. Logo no primeiro minuto, Gabriel fez o segundo, completando cruzamento de Rildo, da esquerda. Geuvânio fez o terceiro aos seis, aproveitando passe de Cicinho da direita. E marcou também o quarto, aos 21, após tabela entre Gabigol e Damião.
Faltava, claro, o de Damião. E ele veio aos 32, graças a uma boa jogada de Lucas Lima, o estreante da noite. Em pouco mais de 20 minutos em campo, o meio-campista de 23 anos, contratado por R$ 5 milhões ao Internacional, mostrou que pode cair como uma luva num time que tem na velocidade de seus meninos o seu ponto forte. Canhoto, ele ainda bateu uma falta com categoria, já no fim do jogo, e por pouco não fez o sexto gol.
Leandro Damião fez o quinto gol do Santos (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação SantosFC)
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