Marco Polo Del Nero evita polêmica ao afirmar que a CBF estava apenas iniciando uma conversa com a Portuguesa
Marco Polo Del Nero, presidente da FederaçãoPaulista (Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)
– Por acaso, já ouviu falar em minuta de contrato? Minuta de contrato é minuta de contrato. Você escreve um monte de coisa lá, até chegar a um denominador comum. É uma minuta, não tem nada assinado. É assim que funciona a esfera jurídica – disse Del Nero.
– Na quinta-feira da semana passada, a Portuguesa me procurou e eu disse para eles fazerem uma contraproposta para a CBF. E ponto final. Ela entendeu que tinha de discutir e assim que é feito – acrescentou o presidente da FPF.
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Provável candidato da situação para a sucessão de José Maria Marin na presidência da Confederação Brasileira de Futebol, Del Nero ressaltou que tem uma boa relação com a Portuguesa. Segundo ele, a Lusa e o seu presidente, Ilídio Lico, não precisam aceitar as condições impostas pela CBF, que teria exigido que o clube não entrasse na Justiça comum e aceitasse a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que o rebaixou à Série B do Campeonato Brasileiro.
– Ele (Lico) não é obrigado a aceitar. Qual o problema? É uma minuta de contrato que provavelmente foi passada para ele. Ele aceita ou não. Minuta de contrato é o início de uma discussão sobre fato jurídico. Ilidio Lico é um grande companheiro, meu irmão de muito tempo. Eu tenho um relacionamento antigo com ele, de extrema amizade. Não há porque mudar isso.
Del Nero também fez questão de ressaltar que é normal as entidades que comandam o futebol anteciparem receitas para os clubes, como no contrato proposto pela CBF, no qual o valor (R$ 4 milhões) se refere à cota de participação na Série B.
– Se a entidade tem como antecipar receitas, é uma obrigação dela. Nós antecipamos receitas futuras, de 2015, 2016. Temos de tomar cuidado. O estatuto do clube permite que ele receba dinheiro de antecipação. Mas buscando uma harmonia no futebol, temos de buscar isso. Eu não acho correto antecipar todas receitas, mas os clubes estão passando por isso, por causa de más administrações.
Entenda o caso
No fim do ano passado, o STJD tirou quatro pontos da Portuguesa e do Flamengo por terem escalado Héverton e André Santos em condições irregulares, contra Grêmio e Cruzeiro, respectivamente. Esse cenário salvou o Fluminense, que havia caído para a Série B, e rebaixou o clube paulista. Uma série de liminares em ações impetradas por torcedores tem alterado a classificação do campeonato e incomodado a CBF. Em meio a tudo isso, a Lusa pediu um empréstimo à entidade, que concordou em ceder o dinheiro, mas com a condição de que o clube desistisse de todas as ações na Justiça.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/portuguesa/noticia/2014/01/presidente-da-fpf-diz-que-lusa-nao-e-obrigada-aceitar-acordo.html
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