Melhor em campo na primeira partida de 2014, zagueiro aposta em recomeço no Fla, não se assusta com concorrência na posição e afirma estar mais 'maduro e tranquilo’
Prazer, Welinton. O nome é o mesmo, o currículo já conta com 150 jogos pelo Flamengo, mas o zagueiro garante que é outro. Destaque na vitória por 1 a 0 sobre o Audax, neste domingo, no Maracanã, pela primeira rodada do Campeonato Carioca, o jogador de 24 anos não chamou a atenção somente pelo gol marcado. Na defesa, também foi bem e deixou o gramado aclamado como melhor em campo. As vaias, antes tão comuns, não existiram. Motivos suficientes para acreditar num recomeço no Rubro-Negro.
Antes carta fora do baralho, Welinton foi reintegrado por Jayme de Almeida ao time profissional na reta final de 2013 por conta das constantes convocações de Marcos González para a seleção do Chile e de uma lesão de Samir.
Na volta, atuou apenas diante do Grêmio, pelo Brasileirão, mas adicionou a Copa do Brasil à sua lista de títulos pelo Flamengo, que tem ainda um Brasileiro e dois Cariocas. Contra o Audax surgiu a oportunidade, e o zagueiro a aproveitou bem.
Garantindo estar mais maduro após defender na temporada passada o Alania Vladikavkaz, da Rússia, Welinton celebrou a trégua do torcedor e prometeu não medir esforços para que as vaias não voltem a fazer parte de sua realidade.
– Já passou, passou. Todo mundo está vendo, e essa oportunidade é importante para mostrar o que aprendi. A torcida está mais paciente. Antes, eu nem entrava em campo e já estavam me vaiando. Não tinha como ter tranquilidade. Hoje, isso é passado. Entro em campo tranquilo, sabendo do meu melhor e que a paciência é maior. Desempenho o meu papel. Penso para frente, em ajudar. Sei que vou fazer as coisas darem certo. Tento tudo sem medo de errar e sei que não vão me vaiar. Trabalho para que isso não aconteça mais.
Logo após marcar o primeiro gol do Flamengo na temporada, Welinton atendeu o GloboEsporte.com para falar do retorno ao clube, sonho de fazer parte da lista da Libertadores, a concorrência na posição e aproveitou para agradecer o apoio de Jayme de Almeida.
Confira o bate-papo.
Depois de ser visto como carta fora do baralho no Flamengo, voltar marcando um gol e indo bem na defesa pode mudar o seu destino no clube? Quão importante foi essa atuação contra o Audax?
Foi um gol importante, que me dá confiança, dá moral para mostrar um Welinton mais consistente, tranquilo, maduro. Acho que, com o passar dos anos, vamos aprendendo e crescendo. Um gol no começo do ano, na estreia no Carioca... Não poderia ser melhor. Fico feliz por conseguir isso com a ajuda dos meus companheiros.
Em uma posição com a disputa tão acirrada como a sua, o fato de o clube começar o Carioca com o time B pode ser determinante para que permaneça no clube na sequência da temporada e seja mais aproveitado?
Temos muitos jogadores, só na zaga são oito. Em todas as posições há muitos. O Carioca é bom para mostrar que estou ali, que podem contar comigo, que estou à disposição para o Carioca e a Libertadores. Jogando bem, sei que o professor vai estar ligado.
Ser convocado para a lista de 30 jogadores da Libertadores é sua principal meta? Com sete concorrentes, acha que dá?
É possível. Enquanto há chance, enquanto a lista não sair, todo mundo estará trabalhando para entrar. A Libertadores é o principal objetivo do Fla no ano, mas tem o Carioca e o Brasileiro, que não podemos deixar de lado. Quero estar presente, ajudar, competir, disputar e ajudar o Flamengo.
Seguir outro rumo na temporada não passa pela sua cabeça?
Quero ficar no Flamengo, ajudar a conquistar títulos. O ano que saí foi muito difícil. Passei por bastante coisa na Rússia, serviu de aprendizado. Estou com a cabeça no Flamengo, quero ajudar o clube a conquistar títulos, ficar marcado na história. Apesar de serem oito jogadores na minha posição, quero disputar a vaga, ficar.
Acredita que a relação conturbada com a torcida ficou no passado?
Já passou, passou. Todo mundo está vendo, e essa oportunidade é importante para mostrar o que aprendi. A torcida está mais paciente. Antes, eu nem entrava em campo e já estavam me vaiando. Não tinha como ter tranquilidade. Hoje, isso é passado. Entro em campo tranquilo, sabendo do meu melhor e que a paciência é maior. Desempenho o meu papel. Penso para frente, em ajudar. Sei que vou fazer as coisas darem certo. Tento tudo sem medo de errar e sei que não vão me vaiar. Trabalho para que isso não aconteça mais.
O Jayme foi quem bancou sua volta para o elenco. Ter a confiança dele também faz a diferença neste momento?
O professor é o carro-chefe disso tudo, é nosso líder. Com o aval dele, a confiança que me passa, isso é importantíssimo. Desde que me chamou de volta, ele me deixa muito tranquilo. É uma pessoa que me conhece desde criança, com 13, 14 anos, e sabe do meu potencial. O papel dele é muito importante. Conhece o Flamengo e é de uma humildade impressionante. Isso nos ajuda muito. Fico mais tranquilo para desempenhar o meu papel.
Welinton comemora o gol do Flamengo na
vitória sobre o Audax (Foto:
Carlos Moraes / Ag. Estado)
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