Revelado pelo Santos e atualmente no Metallurg Donetsk, o atacante Moraes lembra que sua passagem pela Vila Belmiro foi abreviada por 'birra' do técnico Emerson Leão
Moraes fala sobre os 10 anos vividos no Santos (Foto: Antonio Marcos)
- Não guardo mágoa. Penso que minha história com o Santos foi muito boa. Foram dez anos de clube, onde aprendi muitas coisas. O que aconteceu em 2008 (empréstimo ao Santo André) foi coisa pessoal do treinador (Emerson Leão) que passou por lá. Tive o azar de trabalhar com ele. Aliás, o mesmo (técnico) que não aproveitou o meu irmão em outra época. O clube não teve nada a ver com a minha saída. Mas a situação serviu de aprendizado para a minha carreira, pois nos momentos difíceis nós aprendemos e amadurecemos bastante - afirma.
Filho do ex-atacante Aluísio Guerreiro, o atual vice-artilheiro do Campeonato Ucraniano lembra da "sombra" do nome do pai que ele e o irmão tiveram que carregar durante toda a carreira, além do preconceito que enfrentou por ser filho de ex-jogador.
- Aqui no Brasil, filho de ex-atleta é sempre muito julgado. As pessoas sempre vêm com aquele papo de que está jogando porque é filho de ex-jogador. Foi muito difícil para nós (Moraes e o irmão Bruno), porque tínhamos que mostrar sempre mais do que os outros. A vantagem, pelo menos no meu caso, é que meu pai sempre mostrou os caminhos, passou conselhos e cobrava bastante o melhor desempenho - lembra.
Aluísio Guerreiro, ex-jogador do Santos e pai de Moraes (Foto: Lincoln Chaves)
- O questionamento das pessoas também foi bom, porque desde pequeno tive que me manter concentrado e focado. Não acomodava de forma alguma. Na base, meu irmão sempre se destacou: atuava uma categoria acima da dele e constantemente era convocado para as seleções de base, o que também aconteceu comigo na sequência. Conquistamos nosso espaço no campo, e não por sermos filhos de ex-jogador - conclui.
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