Bicampeão olímpico, Giovane explica ausência pelo surgimento de ‘geração de campeões’. Rainha da praia, Talita destaca o maior apoio aos esportes individuais
Uma
das modalidades que mais distribui medalhas para o Brasil em Olimpíadas
e Mundiais, o vôlei ficou fora da disputa de melhor atleta do ano no
Prêmio Brasil Olímpico, realizado nesta terça-feira, em São Paulo,
depois de três anos seguidos na votação final. Se no vôlei de praia, Talita e Taiana
se sagraram campeãs do Circuito Mundial, na quadra a seleção brasileira
feminina conquistou todos os torneios que disputou. Segundo
representantes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a ausência é
explicada pela dificuldade de apontar um maior destaque dentro de um
esporte coletivo tão vitorioso.
- O vôlei já uma referência de autoestima para o brasileiro. Ele não precisa provar mais nada para ninguém, é um esporte que já se massificou, já tem o seu prestígio por causa dos resultados internacionais, então, acho democrático buscar outros atletas que estão ganhando também.
Quanto mais pessoas ganharem, melhor vai ser para o Brasil. O vôlei não precisa se preocupar com por não ter disputado o prêmio de melhor atleta – analisou Bernard Rajzman, superintendente do COB.
No ano passado, a oposta Sheilla venceu como atleta do ano, ao lado do ginasta Arthur Zanetti. Em 2011, foi a vez de Emanuel chegar à "final". Mas o campeão olímpico foi derrotado pelo nadador Cesar Cielo. Já em 2010, Murilo, craque da seleção brasileira e hoje no Sesi-SP, ficou com o prêmio principal do evento, com Fabiana Murer, do atletismo, sendo a melhor entre as mulheres.
Medalhista de ouro em Barcelona 1992 e Atenas 2004, Giovane admite que em um primeiro momento reagiu com estranheza ao não ver o nome de um atleta do vôlei como um dos indicados ao maior prêmio da noite. Após a cerimônia, no entanto, o ex-jogador mudou de opinião.
-
Achei estranho não ver o vôlei na premiação, mas estamos muito bem
representados na modalidade. O que eu pude perceber é que muitos atletas
estão surgindo, temos uma nova geração de campeões, isso é uma grande
virtude. O Prêmio Brasil Olímpico optou este ano por premiar os atletas
que estão começando a fazer o seu nome. Esses jovens que vão estar nos
Jogos Olímpicos de 2016 precisam se acostumar com eventos como este, com
todo esse glamour – ressaltou o bicampeão olímpico, que hoje trabalha
como treinador.
Campeã mundial destaca maior apoio
Eleita a melhor jogadora de vôlei de praia no mundo, Talita acredita que o incentivo aos atletas de esportes individuais foi decisivo para a escolha dos contemplados na cerimônia de gala, promovida pelo COB.
- O vôlei sempre teve muito incentivo, nós temos uma Confederação que nos ajuda a disputar diversos campeonatos, temos uma boa estrutura de treinos... Os outros esportes tem ganhado mais apoio, evoluíram e tem o mérito de estarem disputando o prêmio de melhor atleta de 2013. Eu estou muito feliz com o meu ano, depois de tantas mudanças, o início do novo ciclo olímpico começou muito bem. As próximas Olimpíadas serão no Rio e todo brasileiro vai querer defender o seu país.
Marcus
Vinícius Freire, superintendente do COB, comentou sobre a dificuldade
de destacar um melhor atleta do vôlei. Segundo ele, não existe mais um
único herói, mas um conjunto equilibrado, ao contrário dos esportes
individuais, onde é mais fácil escolher.
- Eu acho que os nossos esportes coletivos estão cada vez melhores, não têm um destaque individual. Nós já tivemos vários nomes que carregaram as antigas gerações, mas, o vôlei de hoje está tão coletivo que você não consegue mais apontar quem é o melhor. Por isso, aqui no Prêmio acabaram aparecendo mais os atletas de esportes individuais.
Atletas do Ano do Prêmio Brasil Olímpico
2012: Arthur Zanetti (ginástica) e Sheilla (vôlei)
2011: Cesar Cielo (natação) e Fabiana Murer (atletismo) - Emanuel (vôlei de praia) concorreu
2010: Murilo (vôlei) e Fabiana Murer (atletismo)
2009: sem o vôlei
2008: sem o vôlei
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/premio-brasil-olimpico/noticia/2013/12/esquecidos-apesar-do-bom-desempenho-volei-fica-sem-premios.html
Prêmio Brasil Olímpico premiou os melhores de 2013
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
- O vôlei já uma referência de autoestima para o brasileiro. Ele não precisa provar mais nada para ninguém, é um esporte que já se massificou, já tem o seu prestígio por causa dos resultados internacionais, então, acho democrático buscar outros atletas que estão ganhando também.
Quanto mais pessoas ganharem, melhor vai ser para o Brasil. O vôlei não precisa se preocupar com por não ter disputado o prêmio de melhor atleta – analisou Bernard Rajzman, superintendente do COB.
No ano passado, a oposta Sheilla venceu como atleta do ano, ao lado do ginasta Arthur Zanetti. Em 2011, foi a vez de Emanuel chegar à "final". Mas o campeão olímpico foi derrotado pelo nadador Cesar Cielo. Já em 2010, Murilo, craque da seleção brasileira e hoje no Sesi-SP, ficou com o prêmio principal do evento, com Fabiana Murer, do atletismo, sendo a melhor entre as mulheres.
Medalhista de ouro em Barcelona 1992 e Atenas 2004, Giovane admite que em um primeiro momento reagiu com estranheza ao não ver o nome de um atleta do vôlei como um dos indicados ao maior prêmio da noite. Após a cerimônia, no entanto, o ex-jogador mudou de opinião.
Giovane Gávio atualmente trabalha como treinador (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)
Campeã mundial destaca maior apoio
Eleita a melhor jogadora de vôlei de praia no mundo, Talita acredita que o incentivo aos atletas de esportes individuais foi decisivo para a escolha dos contemplados na cerimônia de gala, promovida pelo COB.
- O vôlei sempre teve muito incentivo, nós temos uma Confederação que nos ajuda a disputar diversos campeonatos, temos uma boa estrutura de treinos... Os outros esportes tem ganhado mais apoio, evoluíram e tem o mérito de estarem disputando o prêmio de melhor atleta de 2013. Eu estou muito feliz com o meu ano, depois de tantas mudanças, o início do novo ciclo olímpico começou muito bem. As próximas Olimpíadas serão no Rio e todo brasileiro vai querer defender o seu país.
Talita é Rainha da Praia e campeã do Circuito Mundial 2013 (Foto: Divulgação/Rei e Rainha da Praia)
- Eu acho que os nossos esportes coletivos estão cada vez melhores, não têm um destaque individual. Nós já tivemos vários nomes que carregaram as antigas gerações, mas, o vôlei de hoje está tão coletivo que você não consegue mais apontar quem é o melhor. Por isso, aqui no Prêmio acabaram aparecendo mais os atletas de esportes individuais.
Atletas do Ano do Prêmio Brasil Olímpico
2012: Arthur Zanetti (ginástica) e Sheilla (vôlei)
2011: Cesar Cielo (natação) e Fabiana Murer (atletismo) - Emanuel (vôlei de praia) concorreu
2010: Murilo (vôlei) e Fabiana Murer (atletismo)
2009: sem o vôlei
2008: sem o vôlei
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/premio-brasil-olimpico/noticia/2013/12/esquecidos-apesar-do-bom-desempenho-volei-fica-sem-premios.html
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