A CRÔNICA
por
Marcelo Hazan
Momentos antes de a bola rolar no Morumbi um torcedor levou uma cabeça de boi para homenagear Aloísio,
o Boi Bandido do São Paulo. Mal sabia ele que o atacante raçudo do
Tricolor seria o protagonista da vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa,
neste sábado, pelo Campeonato Brasileiro.
Mais perto do G-4 do que da zona de rebaixamento, o São Paulo agora se prepara para encarar o Nacional de Medellín, na quarta-feira, na Colômbia, pelo jogo de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana. Na partida de ida, o Tricolor venceu por 3 a 2, no Morumbi, e joga pelo empate para se classificar. Já a Portuguesa segue concentrada só na missão de eliminar o risco de queda no Brasileirão. A luta continua no próximo sábado, contra o Coritiba, no Canindé.
Iguais nos erros e no placar
"Bola para o mato que é jogo de campeonato". A popular expressão usada no mundo do futebol não foi incorporada por São Paulo e Portuguesa durante o primeiro tempo no Morumbi. A preferência dos dois times por sair jogando perigosamente gerou uma série de erros dos dois lados - Denilson, do Tricolor, foi quem mais pecou no fundamento. E o resultado disso foi o empate nos equívocos e no placar parcial.
Empurrado por um Morumbi cheio, o acelerado São Paulo de Rodrigo Caio não demorou a sair na frente. A blitz inicial deu resultado logo aos oito minutos. O zagueiro aproveitou bom cruzamento de Douglas, ganhou da zaga da Lusa e cabeceou para o fundo da rede de Lauro.
Recebido com misto de vaias e aplausos no Morumbi onde foi vencedor, Souza comandava a Portuguesa. Para o bem e para o mal. Foi dele o quase gol contra que depois originou a bola na rede Tricolor. E também foram dele os dois ótimos cruzamentos que encontraram as cabeças de Gilberto e Bruno Henrique, dupla que por muito pouco não venceu Rogério Ceni.
O goleiro só foi batido quando Rodrigo Caio voltou a falhar - ele errou em um dos gols do Nacional de Medellín, da Colômbia, pelas quartas de final da Sul-Americana. Enganado pelo quique da bola, o zagueiro viu Marcelinho tomar sua frente e fazer Ceni espalmar para escanteio a bola que tentou encaixar.
Na sequência, uma combinação de sorte com competência fez a Portuguesa empatar. Moisés errou um chute, que virou passe para Valdomiro. O zagueiro ajeitou a jogada e serviu Luis Ricardo de cabeça. Livre, o lateral estufou o ângulo esquerdo de Ceni. Indefensável, aos 41 minutos.
Tricolor pressiona e vence
A mesma intensidade do começo do primeiro tempo foi repetida pelo São Paulo no início da etapa final. Mas desta vez o gol demorou a sair. Diante de uma Portuguesa muito mais retraída e que errava quase tudo o que tentava, coube ao Tricolor a missão de pressionar até conseguir o que queria.
Insistência simbolizada em Aloísio. O Boi Bandido era o termômetro do São Paulo. De longe, de cabeça, dentro da área ou do jeito que fosse possível tentar, ele tentou. Parou em Lauro e nos braços de Valdomiro, que o agarrou dentro da área – a penalidade não foi marcada pelo árbitro Andre Luiz de Freitas Castro. Mas a noite era dele.
O gol veio justamente na raça, principal característica de Aloísio. Em jogada que parecia perdida, Ademilson acreditou até o fim. Lauro perdeu o tempo da bola após o chute de Reinaldo e foi surpreendido pelo atacante, que achou o Boi Bandido livre. Ele só teve o trabalho de completar para a rede e sair dando voadoras pelo Morumbi, ovacionado pela torcida. Ainda houve tempo de provar do próprio veneno e receber voadora de Ademilson.
No fim, Gilberto acertou a trave de Rogério Ceni em contra-ataque rápido e quase empatou novamente. Mas aos gritos de “o campeão voltou”, o São Paulo venceu na raça e na técnica de Aloísio. O time, que brigou para fugir da zona do rebaixamento em boa parte da competição, hoje se vê mais perto do G-4 e, quem sabe, sonhando até com uma vaga na Libertadores através da tabela do Brasileirão.
saiba mais
Diante de 50.802 torcedores que encheram o estádio do Tricolor, Aloísio
foi a estrela da noite. O atacante fez o segundo e decisivo gol e deu a
vitória que leva o São Paulo aos 46 pontos no Brasileiro - Rodrigo Caio
e Luis Ricardo tinham balançado a rede antes. Com a derrota, a Lusa
estaciona nos 39, perigosamente perto do Z-4.Mais perto do G-4 do que da zona de rebaixamento, o São Paulo agora se prepara para encarar o Nacional de Medellín, na quarta-feira, na Colômbia, pelo jogo de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana. Na partida de ida, o Tricolor venceu por 3 a 2, no Morumbi, e joga pelo empate para se classificar. Já a Portuguesa segue concentrada só na missão de eliminar o risco de queda no Brasileirão. A luta continua no próximo sábado, contra o Coritiba, no Canindé.
Iguais nos erros e no placar
"Bola para o mato que é jogo de campeonato". A popular expressão usada no mundo do futebol não foi incorporada por São Paulo e Portuguesa durante o primeiro tempo no Morumbi. A preferência dos dois times por sair jogando perigosamente gerou uma série de erros dos dois lados - Denilson, do Tricolor, foi quem mais pecou no fundamento. E o resultado disso foi o empate nos equívocos e no placar parcial.
Empurrado por um Morumbi cheio, o acelerado São Paulo de Rodrigo Caio não demorou a sair na frente. A blitz inicial deu resultado logo aos oito minutos. O zagueiro aproveitou bom cruzamento de Douglas, ganhou da zaga da Lusa e cabeceou para o fundo da rede de Lauro.
Recebido com misto de vaias e aplausos no Morumbi onde foi vencedor, Souza comandava a Portuguesa. Para o bem e para o mal. Foi dele o quase gol contra que depois originou a bola na rede Tricolor. E também foram dele os dois ótimos cruzamentos que encontraram as cabeças de Gilberto e Bruno Henrique, dupla que por muito pouco não venceu Rogério Ceni.
O goleiro só foi batido quando Rodrigo Caio voltou a falhar - ele errou em um dos gols do Nacional de Medellín, da Colômbia, pelas quartas de final da Sul-Americana. Enganado pelo quique da bola, o zagueiro viu Marcelinho tomar sua frente e fazer Ceni espalmar para escanteio a bola que tentou encaixar.
Na sequência, uma combinação de sorte com competência fez a Portuguesa empatar. Moisés errou um chute, que virou passe para Valdomiro. O zagueiro ajeitou a jogada e serviu Luis Ricardo de cabeça. Livre, o lateral estufou o ângulo esquerdo de Ceni. Indefensável, aos 41 minutos.
Tricolor pressiona e vence
A mesma intensidade do começo do primeiro tempo foi repetida pelo São Paulo no início da etapa final. Mas desta vez o gol demorou a sair. Diante de uma Portuguesa muito mais retraída e que errava quase tudo o que tentava, coube ao Tricolor a missão de pressionar até conseguir o que queria.
Insistência simbolizada em Aloísio. O Boi Bandido era o termômetro do São Paulo. De longe, de cabeça, dentro da área ou do jeito que fosse possível tentar, ele tentou. Parou em Lauro e nos braços de Valdomiro, que o agarrou dentro da área – a penalidade não foi marcada pelo árbitro Andre Luiz de Freitas Castro. Mas a noite era dele.
O gol veio justamente na raça, principal característica de Aloísio. Em jogada que parecia perdida, Ademilson acreditou até o fim. Lauro perdeu o tempo da bola após o chute de Reinaldo e foi surpreendido pelo atacante, que achou o Boi Bandido livre. Ele só teve o trabalho de completar para a rede e sair dando voadoras pelo Morumbi, ovacionado pela torcida. Ainda houve tempo de provar do próprio veneno e receber voadora de Ademilson.
No fim, Gilberto acertou a trave de Rogério Ceni em contra-ataque rápido e quase empatou novamente. Mas aos gritos de “o campeão voltou”, o São Paulo venceu na raça e na técnica de Aloísio. O time, que brigou para fugir da zona do rebaixamento em boa parte da competição, hoje se vê mais perto do G-4 e, quem sabe, sonhando até com uma vaga na Libertadores através da tabela do Brasileirão.
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