O GLOBOESPORTE.COM listou as sete principais falhas que contribuíram para o 'ano trágico' do Timbu; equipe esteve no Z-4 em todas as rodadas
O Náutico foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro de 2014 neste sábado após perder para o Atlético-MG, em Minas Gerais, mas os erros que culminaram na temporada desastrosa não começaram recentemente. Com uma série de falhas no planejamento do clube, a queda era questão de tempo desde o início do torneio. Tanto que o Timbu não saiu nem uma vez sequer do Z-4 e está na lanterna desde a 12ª rodada.
O GLOBOESPORTE.COM fez um levantamento dos sete principais erros do Náutico. As falhas vão da falta de força da diretoria para segurar atletas de destaque, passando pela constante mudança de treinadores ao longo do ano, até a criação de um colegiado com uma grande quantidade de dirigentes. A seguir, veja os “pecados” do Timbu na elite do futebol nacional este ano.
Só tristeza! Nada deu certo para o Náutico este ano
(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Pode-se dizer que o rebaixamento do Náutico começou a ser decretado ainda em 2012. Apesar de ter feito uma boa campanha na Série A daquele ano conquistando inclusive uma vaga para a Copa Sul-Americana, a diretoria não conseguiu segurar alguns jogadores que foram importantes na campanha como Kieza, Araújo e Rhayner e Souza.
Valorizado, o atacante Rhayner deixou o Timbu para defender o Fluminense e a concorrência de fato era desleal. No entanto, outros atletas acabaram indo embora dos Aflitos de maneira fácil. Souza foi um dos destaques da campanha em 2012 e retornou ao Palmeiras mesmo demonstrando interesse em permanecer no Timbu. Chegou inclusive a dar uma entrevista criticando a falta de esforço do presidente Paulo Wanderley.
Kieza queria ficar no Náutico, mas faltou força à
diretoria (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
diretoria (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Outro jogador que começou bem neste ano e que deu adeus ao clube foi o atacante Elton. Artilheiro do Campeonato Pernambucano com 18 gols marcados, ele deixou o Timbu no começo do Brasileirão para ir jogar no futebol árabe.
2. Economia no começo do ano
O rebaixamento foi no Campeonato Brasileiro, mas uma atitude adotada pela diretoria ainda no Pernambucano pode ter decretado a queda do Timbu. Enquanto os outros clubes procuraram montar os elencos já no começo do ano, o Náutico admitiu, por intermédio do então diretor de futebol Armando Ribeiro, que estava economizando na época do Estadual para contratar para valer apenas quando a Série A começasse. A atitude fez com que o time fracassasse no torneio local, perdesse confiança para o restante da temporada e não tivesse entrosamento no torneio nacional.
3. Falta de critério nas contratações
Magrão chegou com pompa de ídolo, mas não
rendeu (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
rendeu (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Outra falha também foi a negociação com lateral-esquerdo Willian Rocha, que chegou a ser anunciado como reforço. O jogador veio para o Recife, fez os exames médicos mas não vestiu a camisa alvirrubra. Os diretores negociaram com o empresário errado e o atleta acabou não ficando nos Aflitos.
Na apresentação, apenas a camisa que Willian
Rocha vestiria (Foto: Aldo Carneiro / PE Press)
Rocha vestiria (Foto: Aldo Carneiro / PE Press)
4. Diretores em excesso
Colegiado Náutico era formado por 17 pessoas
(Foto: Daniel Gomes)
(Foto: Daniel Gomes)
5. Aposta em Zé Teodoro
Zé Teodoro não repetiu sucesso de 2004
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
6. Falha na folga do Brasileirão
Que faltou experiência a Zé Teodoro é fato, mas o técnico também foi prejudicado pelo planejamento do clube na parada do campeonato para a disputa da Copa das Confederações. Enquanto boa parte dos times aproveitou o período para treinar e aprimorar a parte física e o entrosamento, o Náutico tinha no seu calendário a disputa de uma competição em Natal contra Alecrim, ABC e América-RN. Com três jogos em uma semana, metade da preparação do meio do ano foi jogada fora. O técnico chegou a elogiar a parada para a Copa das Confederações, mas depois lamentou o planejamento alvirrubro.
7. Constantes mudanças de treinador
Além dos erros nas contratações, a diretoria do Náutico também não deu sorte nas apostas com os treinadores. Até agora, cinco já comandaram o Timbu na Série A do Campeonato Brasileiro, o que coloca uma média de um treinador a cada seis jogos. A disputa começou sob o comando do técnico Paulo Silas, que já vinha em má fase depois da eliminação no Campeonato Pernambucano. Ele durou três rodadas e foi demitido para a chegada de Zé Teodoro, que comandou o time em sete jogos e conseguiu apenas uma vitória. Jorginho assumiu o clube e depois de seis jogos e nenhuma vitória foi demitido. Depois, já longe do Recife, ele afirmou que o grupo alvirrubro não tinha nível de Série A. Levi Gomes, que já havia trabalhado de forma interina, foi efetivado e a diretoria chegou a garanti-lo até o final do ano. No entanto, ele foi trocado por Marcelo Martelotte, que já chegou aos Aflitos com o clube na degola.
Jorginho
chegou ao Náutico com status de salvador
e deixou o time sem uma única
vitória na Série A
(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário