Técnico cita pouco tempo para treinar e afirma após empate com Botafogo: 'Nós mostramos que podemos jogar de igual para igual com qualquer um'
- Nos propusemos a fazer um tipo de jogo que treinamos 15 minutinhos. Não esperávamos tanto. Achei legal a proposta dos jogadores em fazer o que foi treinado. Isso foi fundamental, mesmo sem muito treinamento. Essa foi a diferença. Marcamos muito bem e nosso contra-ataque foi fulminante. Todo mundo se doou muito. O Botafogo é muito qualificado e nos obrigou a se esforçar muito. No segundo tempo, caímos um pouco porque o primeiro tempo foi muito intenso. Nessa, deixamos ele fazer o gol. Sentimos um pouco, mas logo equilibramos e o jogo ficou assim até o final. Todo mundo fala da qualidade do Flamengo, mas nós mostramos que podemos jogar de igual para igual com qualquer um. Demos um passo legal para um caminho até o fim do ano. Nos dá um luz. Todo mundo se doou e fizemos uma grande partida.
Confira o que disse Jayme em sua primeira coletiva como técnico do Fla
Preparo físico
- O Botafogo no segundo tempo também cansou depois dos 20 minutos. O ritmo foi muito intenso. Ninguém consegue manter. Ficar falando sobre isso ou aquilo... No fim do ano, não podemos fazer muita coisa com a parte física.
Temos que cuidar da parte tática, da recuperação, e não vou ficar especulando sobre isso. Quem entrou descansado fez o time melhorar de novo. Temos que fazer a equipe jogar mais compacta para cansar menos.
Torcida
- Quero agradecer, sem demagogia. No vestiário, falamos: "Se vocês se doarem, a torcida vai junto". O Flamengo com a torcida fica grande para caramba, fica gigante. Ficamos felizes com isso.
Efetivação
- Ficou aquele movimento chato de ontem para hoje que viria outro treinador e isso é chato. Tira o foco do jogo e fica falando disso. Me incomodou não em relação a mim, sou funcionário, mas em relação ao grupo. Na hora do almoço, o Wallim se reuniu com o Pelaipe e me falou que estavam confiando a mim a equipe até o fim do ano. Minha história é no Flamengo, fui criado aqui, meu pai foi campeão como jogador, como auxiliar, e ter esse oportunidade e confiança me encheu de orgulho. Voltar ao Maracanã e ser o comandante em um jogo legal, contra o Botafogo, uma festa bonita.
Foto postada por Zico na internet homenageia Jayme e Luiz Alberto, hoje no Botafogo (Foto: Acervo Heraclea)
- Ele me ligou antes do jogo e depois postou essa coisa bonita. É uma foto que é legal porque tínhamos, se não me engano, 14 ou 15 anos. Depois, chegaram Cantarelli, Rondinelli, Adílio, Andrade.. O Galo, que é uma referência, mandar esse abraço é muito legal.
O que muda no trabalho
- Dá segurança não só para mim, mas até para os jogadores, por saberem que o responsável sou eu. Isso acalma o ambiente. Conheço a todos eles. Não vou dizer que agrado todo mundo, mas a maioria tem uma relação de respeito e me conhece bem. Para mim, é muito tranquilo. A responsabilidade é grande, mas estou tranquilo e consciente.
Efeito para domingo
- Podemos levar a postura da equipe, organizada e sabendo o que tinha que fazer com determinação, vontade e garra. Esse caminho que temos que seguir. Não temos um time maravilhoso, temos que suar a camisa. Assim, vamos crescer, e no Maracanã a torcida vem junto. Dessa maneira, vamos sair dessa situação.
Postura precavida no segundo tempo
- Não partiu de mim segurar, não. Até pelo jogo, muito corrido, os times iam cansar e ver que se ficar aberto iam tomar o gol. O Botafogo é muito perigoso no contra-ataque. Minha preocupação era não abrir o Flamengo. Como o Botafogo já tinha empatado, o jogo ficou mais fácil para se destruir do que atacar.
O imponderável no mata-mata
- O princípio lógico, o Botafogo com grande campanha e o Flamengo tomando pancada de todo mundo, o time que não presta. No conceito geral, acho que o Flamengo foi um pouquinho melhor que o Botafogo, não muito. Então, o favoritismo não ganha jogo. Minha formação mostra que em campo é todo mundo igual. Ninguém ganha nem perde antes. Todo mundo percebeu que juntos podemos crescer como equipe.
Jayme de Almeida em seu primeiro jogo no comando oficial do Fla (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
A princípio, o Carlos Eduardo e o André Santos não preocupam. Vamos ver na revisão.
Manutenção da forma de jogar
Não mexi muito por qual motivo? Achei o primeiro tempo contra o Náutico muito bom, mesmo com toda dificuldade da saída do Mano. No segundo, realmente não fomos bem, mas fiquei com o primeiro tempo na cabeça. Perdemos o Elias, mas o Léo voltava. Com esse time, precisava dar um passo a frente. É preciso ter uma base, essa é minha ideia. O tempo para treinar é pouco, então tenho que seguir o meu trabalho e respeitar os atletas que estão jogando. Tem muita gente com categoria fora e que respeita isso.
Apoio de ex-jogadores e elenco
Não é querer falar que sou demais, mas é legal passar a vida inteira no esporte e fazer grandes amizades, a grande maioria. É gratificante ver o Leandro, que não vem nunca de Cabo Frio, aparecer no vestiário, veio o André, o Adílio, o Julinho... É muito legal esse apoio. Me deu mais força para fazer isso. Nos dá tranquilidade e é algo que me deixa muito emocionado. É legal e eu sou um cara que me emociono. É algo que me dá força. O Júnior também dá força. É uma amizade muito grade
Boa fase e permanência de Luiz Antonio
O Luiz Antonio eu conheço desde 2004, quando fui gerente de futebol e ele era mirim. É uma categoria legal de conviver. Acompanhei quando o Vanderlei assumiu, foi um dos que indiquei, conhecia bem como ele jogava.
Começou bem, deu uma caída, oscilou, e realmente está voltando agora muito bem, como esperávamos. Está correndo atrás. A minha função é montar a equipe com os melhores do momento, sem mexer muito. Lógico que podemos montar um Flamengo com Elias, Luiz Antonio e Léo na direita. Isso eu acredito. Vamos trabalhar, ver se dá liga, se fica legal, e vamos. Não tem muito mistério.
Jogo de volta no dia 23
Tenho que esquecer o Botafogo e a Copa do Brasil. Estamos em uma dificuldade no Brasileirão, perto da zona de rebaixamento, temos uma briga direta e não posso ficar pensando muito no passado. Tenho que pensar no Criciúma e só lá no dia 23 vou pensar no Botafogo. Seria incoerência esquecer Criciúma, Coritiba, Vasco, Internacional... Estão todos pelo caminho.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/09/jayme-elogia-atuacao-do-fla-no-classico-nao-esperavamos-tanto.html
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