A CRÔNICA
por
Carlos Augusto Ferrari
A sorte que ajudou o campeão do Atlético-MG na histórica campanha na
Taça Libertadores parece que mudou de estado e tenta afastar de vez o
São Paulo do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Eliminado de forma
categórica do torneio sul-americano pelos mineiros, o Tricolor venceu
nesta quarta-feira e chegou à terceira vitória seguida ao bater o Galo
por 1 a 0, no Morumbi, diante de um adversário que estava entalado na
garganta. Ronaldinho Gaúcho, destaque dos mineiros nos jogos na
Libertadores, era muito vaiado pelos são-paulinos a cada vez que tentava
uma jogada de efeito.
Com uma equipe dominando cada tempo, só uma grande falha ou uma jogada genial poderia mudar o placar. Muricy, em um retorno iluminado ao clube que o revelou como jogador e técnico (100% de aproveitamento, com três vitórias), viu Marcos Rocha e Victor se atrapalharem e Welliton marcar de cabeça. Cuca, que imaginava ter acabado com a fama de azarado, foi ao desespero quando o mesmo lateral perdeu um gol incrível e a chance de empatar ainda na primeira etapa.
O São Paulo, 18º durante a troca de treinador, agora já aparece em 13º
lugar, com 27 pontos, e caminha para espantar o perigo da inédita queda
para a Série B. O Atlético-MG não consegue aumentar a ótima sequência de
dez partidas sem perder, sendo duas vitórias seguidas. Está uma posição
acima dos paulistas, com 28.
Essa foi a sexta partida entre são-paulinos e atleticanos em 2013, quatro pela Libertadores e duas pelo Brasileirão. O retrospecto ainda é favorável aos mineiros. São três vitórias, um empate e dois triunfos paulistas.
Na próxima rodada, o São Paulo enfrenta o Goiás, domingo, às 16h, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. O Atlético-MG recebe o Vasco, no mesmo dia, às 18h30m, no Independência, em Belo Horizonte.
Marcos Rocha ajuda, e São Paulo abre o placar
Sistemas táticos idênticos, dependências semelhantes e um primeiro tempo travado. São Paulo e Atlético-MG lutaram bastante pela bola, quase uma guerra por espaço no meio de campo. Ronaldinho e Ganso correram, procuraram sair da forte marcação, mas não foram brilhantes como se esperava. Restou a sorte de uns e o azar de outros para fazer a diferença e colocar os paulistas em vantagem diante de mais um ótimo público no Morumbi - 28.503 pagantes, para uma renda de R$ 338.735,00.
O São Paulo procurou o ataque desde o início. Muricy montou a equipe com jogadores abertos pelos lados na frente para impedir que Junior Cesar e Marcos Rocha avançassem. A bola não poderia chegar a Ronaldinho e, consequentemente, ao ataque. Welliton, pela esquerda, nas costas do lateral-direito, foi quem mais deu trabalho. As melhores jogadas do Tricolor surgiram por aquele setor.
Com o ataque do Galo sem força para segurar a bola, Josué e Pierre
fizeram o que puderam para travar o São Paulo. Faltava Luis Fabiano
acordar. E ele despertou aos 26 minutos. Como nos bons tempos, protegeu a
bola com o corpo, girou sobre a marcação de Leonardo Silva e chutou
cruzado. Marcos Rocha errou o corte, Victor não conseguiu afastar, e a
bola caiu na cabeça de Welliton, livre, debaixo do travessão. Primeiro
gol do ex-gremista pelo novo clube.
A desvantagem fez o Atlético-MG acordar, principalmente no setor ofensivo. Ronaldinho deu mais velocidade à troca de passes e subiu o rendimento de Jô. Aos 36, mais uma falha do lateral, agora no ataque. O centroavante passou por Paulo Miranda e Rodrigo Caio na lateral e rolou para a área. Marcos Rocha apareceu de frente para Rogério Ceni e conseguiu chutar para fora. Inacreditável.
Galo aperta, mas São Paulo resiste
O Galo manteve no segundo tempo o ritmo dos minutos finais da etapa inicial. O time apostou na velocidade para envolver o adversário e apertar. No entanto, ao contrário da era anterior a Muricy, o São Paulo conseguiu suportar bem. Ganso, Jadson e Aloísio, que entrou no lugar de Welliton, lesionado, ajudaram a fechar o meio de campo e a proteger a defesa.
A exposição cada vez maior em busca da igualdade deixou o Atlético-MG vulnerável aos contra-ataques. Em um deles, o Tricolor quase ampliou. Após disparada de Aloísio e belo passe de Luis Fabiano, Jadson por muito pouco não acertou o ângulo direito de Victor.
Muricy tratou de aumentar ainda mais o poder de marcação do São Paulo com a entrada de Fabrício na vaga de Maicon. Antes que a troca fizesse efeito, o time teve nova oportunidade para decidir o jogo. Antônio Carlos aproveitou rebote na área e bateu forte, rasteiro. Victor defendeu no canto direito.
Os minutos finais foram de apreensão no Morumbi. Mesmo cansado, o Atlético-MG continuou em cima. Cuca avançou todos os jogadores, deixando apenas Josué e Leandro Donizete mais recuados. Ronaldinho, em uma cobrança de falta perto da área, desperdiçou a melhor chance. O São Paulo segue sem sofrer gol e com 100% de aproveitamento com Muricy. A bola pune, mas também ajuda.
Com uma equipe dominando cada tempo, só uma grande falha ou uma jogada genial poderia mudar o placar. Muricy, em um retorno iluminado ao clube que o revelou como jogador e técnico (100% de aproveitamento, com três vitórias), viu Marcos Rocha e Victor se atrapalharem e Welliton marcar de cabeça. Cuca, que imaginava ter acabado com a fama de azarado, foi ao desespero quando o mesmo lateral perdeu um gol incrível e a chance de empatar ainda na primeira etapa.
Welliton comemora com Reinaldo o gol do Tricolor (Foto: Paulo Pinto / saopaulofc.net)
Essa foi a sexta partida entre são-paulinos e atleticanos em 2013, quatro pela Libertadores e duas pelo Brasileirão. O retrospecto ainda é favorável aos mineiros. São três vitórias, um empate e dois triunfos paulistas.
Na próxima rodada, o São Paulo enfrenta o Goiás, domingo, às 16h, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. O Atlético-MG recebe o Vasco, no mesmo dia, às 18h30m, no Independência, em Belo Horizonte.
Maicon e Marcos Rocha disputam jogada no primeiro tempo (Foto: Marcos Bezerra / Ag. Estado)
Marcos Rocha ajuda, e São Paulo abre o placar
Sistemas táticos idênticos, dependências semelhantes e um primeiro tempo travado. São Paulo e Atlético-MG lutaram bastante pela bola, quase uma guerra por espaço no meio de campo. Ronaldinho e Ganso correram, procuraram sair da forte marcação, mas não foram brilhantes como se esperava. Restou a sorte de uns e o azar de outros para fazer a diferença e colocar os paulistas em vantagem diante de mais um ótimo público no Morumbi - 28.503 pagantes, para uma renda de R$ 338.735,00.
O São Paulo procurou o ataque desde o início. Muricy montou a equipe com jogadores abertos pelos lados na frente para impedir que Junior Cesar e Marcos Rocha avançassem. A bola não poderia chegar a Ronaldinho e, consequentemente, ao ataque. Welliton, pela esquerda, nas costas do lateral-direito, foi quem mais deu trabalho. As melhores jogadas do Tricolor surgiram por aquele setor.
Muricy Ramalho comemora gol do São Paulo contra o Atlético-MG (Foto: Mauro Horita / Ag.Estado)
A desvantagem fez o Atlético-MG acordar, principalmente no setor ofensivo. Ronaldinho deu mais velocidade à troca de passes e subiu o rendimento de Jô. Aos 36, mais uma falha do lateral, agora no ataque. O centroavante passou por Paulo Miranda e Rodrigo Caio na lateral e rolou para a área. Marcos Rocha apareceu de frente para Rogério Ceni e conseguiu chutar para fora. Inacreditável.
Galo aperta, mas São Paulo resiste
O Galo manteve no segundo tempo o ritmo dos minutos finais da etapa inicial. O time apostou na velocidade para envolver o adversário e apertar. No entanto, ao contrário da era anterior a Muricy, o São Paulo conseguiu suportar bem. Ganso, Jadson e Aloísio, que entrou no lugar de Welliton, lesionado, ajudaram a fechar o meio de campo e a proteger a defesa.
A exposição cada vez maior em busca da igualdade deixou o Atlético-MG vulnerável aos contra-ataques. Em um deles, o Tricolor quase ampliou. Após disparada de Aloísio e belo passe de Luis Fabiano, Jadson por muito pouco não acertou o ângulo direito de Victor.
Muricy tratou de aumentar ainda mais o poder de marcação do São Paulo com a entrada de Fabrício na vaga de Maicon. Antes que a troca fizesse efeito, o time teve nova oportunidade para decidir o jogo. Antônio Carlos aproveitou rebote na área e bateu forte, rasteiro. Victor defendeu no canto direito.
Os minutos finais foram de apreensão no Morumbi. Mesmo cansado, o Atlético-MG continuou em cima. Cuca avançou todos os jogadores, deixando apenas Josué e Leandro Donizete mais recuados. Ronaldinho, em uma cobrança de falta perto da área, desperdiçou a melhor chance. O São Paulo segue sem sofrer gol e com 100% de aproveitamento com Muricy. A bola pune, mas também ajuda.
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