A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Se tivesse um troféu dando sopa à beira do campo, a torcida do Cruzeiro
iria levantar mesmo ainda faltando quase um turno inteiro para o fim do
Campeonato Brasileiro, tamanha a empolgação. Com notoriedade, o time
mostrou sua força no Mineirão – onde está invicto – e venceu a "final
antecipada" contra o Botafogo no duelo dos melhores da competição. Com
dois de Julio Baptista e um golaço de Nilton, a Raposa fez 3 a 0 sobre o
Alvinegro, na noite desta quarta-feira, abriu sete pontos de vantagem
na liderança do campeonato e, com 49, de quebra virou dono da melhor
marca após 22 rodadas na era dos pontos corridos – em 2007, o São Paulo
tinha 47. O Bota parou nos 42 pontos, mas segue na vice-liderança.
– Não (somos campeões), ainda tem muitos jogos. Acho que tem uma euforia da parte de todos, principalmente da torcida, mas sabemos das dificuldades que vão ser todos os jogos. É seguir nesse caminho que acho que temos muitas chances de sermos campeões.
O Botafogo, que impediu a jogada aérea da Raposa na maior parte do primeiro tempo, sentiu o golpe ao ver o placar aberto e viu suas esperanças despencarem após Seedorf perder a chance de empatar o jogo num pênalti cobrado para fora. Na saída de campo, o holandês reconheceu a falha num momento importante do duelo e pediu desculpas aos torcedores.
– A maneira como jogamos foi importante. Não conseguimos transformar nossas jogadas em gol. Eles sim. Meu pênalti foi um momento importante do jogo. Peço desculpas.
Na próxima rodada, o Cruzeiro visita o Corinthians, domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu. No mesmo dia e horário, o Botafogo recebe o Bahia no Maracanã.
Bolívar e Jefferson salvam até Nilton fazer golaço
Se oficialmente não era a final do Brasileiro, o clima de decisão elevou os nervos dos jogadores, mas nem todos responderam com motivação. Substituto do suspenso Dória, André Bahia demonstrou nervosismo logo no primeiro lance, ao sair jogando errado e ver a bola sobrar para Borges livre na área. Para azar do Cruzeiro, Bolívar estava ligado. Preciso, o zagueiro alvinegro não só parou o centroavante celeste como também, minutos depois, travou o chute de Willian em situação idêntica. Quando o defensor não estava lá para evitar a conclusão, Jefferson fazia milagres: como na cabeçada à queima-roupa de Éverto Ribeiro que o goleiro salvou com a coxa, ou esticando o pé direito para impedir o gol de Willian, já na reta final do primeiro tempo.
O Botafogo não conseguia um alívio sequer para respirar. Para passar do
meio de campo, então, levou quase dez minutos. Mas quando encaixou o
jogo o primeiro sintoma foi virar a posse de bola e chegar a ter 52%.
Edílson, pela direita, era boa opção ofensiva e foi dele a primeira
finalização do time, aos 14. Cinco minutos depois, em jogada de Julio
Cesar e Lodeiro, caiu nos pés de Elias a melhor chance da etapa. Só que
Fábio mostrou que não deve nada a Jefferson e foi buscar no cantinho.
Embora desse espaços para cruzamentos nas laterais, fazendo com que até
Seedorf voltasse para tentar fechar o flanco direito, o Alvinegro
conseguia com eficiência bloquear uma das melhores armas do adversário: a
bola aérea. Só que no último lance, num escanteio já nos acréscimos...
Nilton se livrou da marcação de Marcelo Mattos e, livre, emendou de
chaleira sem chances para Jefferson. Golaço, digno de uma final.
Seedorf perde pênalti, e Julio Baptista faz dois
Os treinadores mantiveram suas escalações, e o jogo, que teve um primeiro tempo com só 11 faltas, prometia esquentar na etapa final. E aos sete minutos, a 14ª infração da partida deu ao Botafogo a chance de ouro para empatar o duelo. Até então discreto, Seedorf passou a atuar mais perto da área e achou Rafael Marques livre na área com um passe de craque, de três dedos. O atacante dominou mal, mas sofreu pênalti de Bruno Rodrigo. O holandês chamou a responsabilidade na marca da cal, mas os gênios também erram. Na hora do chute, pegou com o tornozelo e mandou para fora.
As substituições começaram a povoar o campo: Henrique entrou na vaga de
Nilton e também teve uma chance clara chutada para longe, aos 26. Mas a
alteração de Borges por Julio Baptista deu mais resultado. Após pênalti
inexistente de Bolívar em Everton Ribeiro, que escorregou na área em
lance rápido, o meia bateu para fazer 2 a 0. Jefferson ainda tocou na
bola, mas não evitou o gol. As mexidas de Oswaldo, colocando Alex, Hyuri
e Henrique nos lugares de Elias, Renato e Rafael Marques,
respectivamente, não surtiram efeito. E no fim, o camisa 10 cruzeirense
ainda fechou o placar em 3 a 0 num contra-ataque mortal puxado por
Dagoberto. Festa no Mineirão, com direito a olé sobre o vice-líder e
cantos de "Adeus, Fogo" vindo da arquibancada azul.
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Foi a oitava vitória seguida do Cruzeiro, feito só alcançado pela
equipe no histórico ano de 2003, quando conquistou a Tríplice Coroa
(estadual, Copa do Brasil e Brasileirão). Nilton, de chaleira, marcou
seu sexto gol na competição e virou o artilheiro do time ao lado de
Ricardo Goulart. Já Julio Baptista aplicou os golpes finais ao entrar no
segundo tempo. Em 30 minutos, fez dois gols em duas finalizações, mas
conteve a empolgação da torcida em relação ao título.– Não (somos campeões), ainda tem muitos jogos. Acho que tem uma euforia da parte de todos, principalmente da torcida, mas sabemos das dificuldades que vão ser todos os jogos. É seguir nesse caminho que acho que temos muitas chances de sermos campeões.
O Botafogo, que impediu a jogada aérea da Raposa na maior parte do primeiro tempo, sentiu o golpe ao ver o placar aberto e viu suas esperanças despencarem após Seedorf perder a chance de empatar o jogo num pênalti cobrado para fora. Na saída de campo, o holandês reconheceu a falha num momento importante do duelo e pediu desculpas aos torcedores.
– A maneira como jogamos foi importante. Não conseguimos transformar nossas jogadas em gol. Eles sim. Meu pênalti foi um momento importante do jogo. Peço desculpas.
Na próxima rodada, o Cruzeiro visita o Corinthians, domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu. No mesmo dia e horário, o Botafogo recebe o Bahia no Maracanã.
Bolívar e Jefferson salvam até Nilton fazer golaço
Se oficialmente não era a final do Brasileiro, o clima de decisão elevou os nervos dos jogadores, mas nem todos responderam com motivação. Substituto do suspenso Dória, André Bahia demonstrou nervosismo logo no primeiro lance, ao sair jogando errado e ver a bola sobrar para Borges livre na área. Para azar do Cruzeiro, Bolívar estava ligado. Preciso, o zagueiro alvinegro não só parou o centroavante celeste como também, minutos depois, travou o chute de Willian em situação idêntica. Quando o defensor não estava lá para evitar a conclusão, Jefferson fazia milagres: como na cabeçada à queima-roupa de Éverto Ribeiro que o goleiro salvou com a coxa, ou esticando o pé direito para impedir o gol de Willian, já na reta final do primeiro tempo.
Nilton comemora seu belo gol. Edilson fica cabisbaixo (Foto: Paulo Fonseca / Ag. Estado)
Seedorf perde pênalti, e Julio Baptista faz dois
Os treinadores mantiveram suas escalações, e o jogo, que teve um primeiro tempo com só 11 faltas, prometia esquentar na etapa final. E aos sete minutos, a 14ª infração da partida deu ao Botafogo a chance de ouro para empatar o duelo. Até então discreto, Seedorf passou a atuar mais perto da área e achou Rafael Marques livre na área com um passe de craque, de três dedos. O atacante dominou mal, mas sofreu pênalti de Bruno Rodrigo. O holandês chamou a responsabilidade na marca da cal, mas os gênios também erram. Na hora do chute, pegou com o tornozelo e mandou para fora.
Cruzeirenses fazem festa, e Lodeiro é a imagem da decepção (Foto: Cristiane Mattos / Agência Estado)
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