por
Diego Ribeiro
O duelo entre o total interesse e o desinteresse quase completo
terminou empatado. Um Santos ligado, aplicado e bem diferente daquele
que foi humilhado pelo Barcelona recuperou um pouco de seu ânimo após o
empate por 1 a 1 com um preguiçoso Corinthians, na noite desta
quarta-feira, na Vila Belmiro. Enquanto o Timão teve dez bons minutos e
abriu o placar logo no início, o Peixe foi obstinado, pressionou,
empatou e poderia ter virado mesmo com uma equipe inferior tecnicamente.
Os gols foram marcados por Paulo André e Willian José, ambos expulsos no segundo tempo após um desentendimento que, na verdade, começou com Gil e Neilton. O Santos vai aos 13 pontos, só dois acima da zona de rebaixamento do Brasileiro. O Corinthians sobe para 18, interrompendo a sequência de duas vitórias, mas ainda a apenas um ponto do G-4.
O Timão tentará reagir no próximo domingo, diante do Vitória, às 16h (horário de Brasília), no Pacaembu, num confronto direto pelo G-4. Já o Santos vai ao Mineirão enfrentar o Cruzeiro, novo líder do Brasileirão, também no domingo, no mesmo horário.
Timão tem início "Barça", mas Peixe reage
O início parecia idêntico. Um time bem mais organizado taticamente começa tocando a bola, envolve o Santos e... gol! Sem esforço, o Corinthians abriu o placar aos três minutos, com Paulo André, de cabeça, após desvio de Danilo. O 1 a 0 do Timão veio antes do 1 a 0 do Barcelona, aos oito, mas a reação do Santos foi bem diferente. Em vez de desespero, pés no chão.
A torcida na Vila Belmiro já chegou desconfiada ao estádio. O gol precoce do maior rival não ajudou. Mesmo assim, Montillo chamou a responsabilidade e começou a ditar o ritmo do meio-campo, enquanto o Corinthians preferia se resguardar e investir nos contra-ataques. Sem tanta qualidade ao seu lado, o argentino arriscou três chutes de longe – todos passaram perto da meta de Cássio.
A esperada blitz corintiana não se concretizou. Renato Augusto, para
variar, foi o mais aceso do meio-campo, com inversões que surpreenderam a
zaga santista, dribles e alguma correria. Dos pés dele saíram os
melhores ataques – um chute cruzado para fora e uma bola para Romarinho,
que exigiu boa defesa de Aranha. De resto, um Timão preguiçoso, como
aquele do início do Brasileiro.
Sem um “Barcelona” pela frente, o Peixe gostou muito do jogo. Criou pelo alto, trocou passes, investiu em Cicinho pela direita. Tinha mais posse de bola - 64% contra 36% no primeiro tempo. Mas nada que levasse tanto perigo a Cássio. Ao menos, o torcedor santista foi para o intervalo com algum alento.
Pressão santista dá empate e alívio
O Santos entrou no segundo tempo com a certeza de que o Corinthians não faria nada para mudar o panorama da partida. Então, os garotos capitaneados por Montillo trataram de correr, abrir espaços, criar chances. Sob a regência do argentino, Willian José recebeu passe primoroso, tirou de Cássio e empatou logo aos 10 minutos: 1 a 1, e defesa corintiana vazada após 409 minutos.
O resultado era mais do que merecido, já que o Peixe resolveu jogar,
enquanto o Timão só administrava. As entradas de Pato, Douglas e Ibson
reforçaram o conceito de uma equipe preguiçosa, que só atacou “na boa” e
dependeu dos chutes de longe de Renato Augusto. O Santos foi ganhando
campo com isso.
Do lado de fora, a torcida percebeu o bom momento e passou a pressionar. Montillo teve mais chutes a gol, o arisco Neilton também. Faltou pontaria. A pressão, porém, esquentou o clima dos dois lados. Incisivo nos dribles, Neilton se estranhou com Gil e iniciou uma discussão que se tornou generalizada. Paulo André e Willian José, autores dos gols, trocaram carinhos e foram expulsos.
O jogo aberto foi a senha para Claudinei Oliveira trocar seus laterais. Galhardo e Mena substituíram Léo e Cicinho. O perigo continuou pelas pontas, mas não terminou em gol. O empate premiou a raça de um Santos que ainda junta os cacos da dolorida goleada na Espanha. Para o Corinthians, o resultado ainda foi lucrativo – para um time desinteressado e que às vezes parece não ligar para o Brasileirão.
Os gols foram marcados por Paulo André e Willian José, ambos expulsos no segundo tempo após um desentendimento que, na verdade, começou com Gil e Neilton. O Santos vai aos 13 pontos, só dois acima da zona de rebaixamento do Brasileiro. O Corinthians sobe para 18, interrompendo a sequência de duas vitórias, mas ainda a apenas um ponto do G-4.
saiba mais
Sem a frieza dos números, o resultado foi representativo para o Peixe.
Tentando esquecer o Barça, a equipe teve Montillo em uma de suas
melhores partidas pelo clube. Um fio de esperança para quem está em
reconstrução. No Corinthians, o alerta é ligado novamente. A falta de
gana após o primeiro gol foi evidente e impediu um placar melhor.- Veja como foi o Tempo Real do jogo
- Tabela e classificação do Brasileiro
O Timão tentará reagir no próximo domingo, diante do Vitória, às 16h (horário de Brasília), no Pacaembu, num confronto direto pelo G-4. Já o Santos vai ao Mineirão enfrentar o Cruzeiro, novo líder do Brasileirão, também no domingo, no mesmo horário.
Paulo André cabeceia para o gol e abre o placar na Vila Belmiro (Foto: Marcos Ribolli)
O início parecia idêntico. Um time bem mais organizado taticamente começa tocando a bola, envolve o Santos e... gol! Sem esforço, o Corinthians abriu o placar aos três minutos, com Paulo André, de cabeça, após desvio de Danilo. O 1 a 0 do Timão veio antes do 1 a 0 do Barcelona, aos oito, mas a reação do Santos foi bem diferente. Em vez de desespero, pés no chão.
A torcida na Vila Belmiro já chegou desconfiada ao estádio. O gol precoce do maior rival não ajudou. Mesmo assim, Montillo chamou a responsabilidade e começou a ditar o ritmo do meio-campo, enquanto o Corinthians preferia se resguardar e investir nos contra-ataques. Sem tanta qualidade ao seu lado, o argentino arriscou três chutes de longe – todos passaram perto da meta de Cássio.
Guilherme marca Montillo, o melhor santista em campo (Foto: Marcos Ribolli)
Sem um “Barcelona” pela frente, o Peixe gostou muito do jogo. Criou pelo alto, trocou passes, investiu em Cicinho pela direita. Tinha mais posse de bola - 64% contra 36% no primeiro tempo. Mas nada que levasse tanto perigo a Cássio. Ao menos, o torcedor santista foi para o intervalo com algum alento.
Pressão santista dá empate e alívio
O Santos entrou no segundo tempo com a certeza de que o Corinthians não faria nada para mudar o panorama da partida. Então, os garotos capitaneados por Montillo trataram de correr, abrir espaços, criar chances. Sob a regência do argentino, Willian José recebeu passe primoroso, tirou de Cássio e empatou logo aos 10 minutos: 1 a 1, e defesa corintiana vazada após 409 minutos.
Willian José chuta e faz o gol de empate do Santos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Do lado de fora, a torcida percebeu o bom momento e passou a pressionar. Montillo teve mais chutes a gol, o arisco Neilton também. Faltou pontaria. A pressão, porém, esquentou o clima dos dois lados. Incisivo nos dribles, Neilton se estranhou com Gil e iniciou uma discussão que se tornou generalizada. Paulo André e Willian José, autores dos gols, trocaram carinhos e foram expulsos.
O jogo aberto foi a senha para Claudinei Oliveira trocar seus laterais. Galhardo e Mena substituíram Léo e Cicinho. O perigo continuou pelas pontas, mas não terminou em gol. O empate premiou a raça de um Santos que ainda junta os cacos da dolorida goleada na Espanha. Para o Corinthians, o resultado ainda foi lucrativo – para um time desinteressado e que às vezes parece não ligar para o Brasileirão.
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