Americana Deborah Martin ganha perfil em site voltado para o público feminino e conta que já foi chamada de 'Dama de Ferro' na Itália
Deborah Martin (direita) em uma das vindas ao Rio de Janeiro (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
No dia 12 ade abril, o site "Red Shoe Movement" (Movimento Sapato Vermelho), que incentiva a participação feminina em posições de destaque, publicou um perfil da agente, que nasceu em Washington, foi criada na Carolina do Sul e atualmente é a CEO do "DM Milan Group", que tem escritórios em Milão, Nova York e Los Angeles. Deborah Vem de uma família de vanguarda. Seu bisavô foi o primeiro eletricista negro em seu estado a ser dono de uma companhia elétrica de sucesso. Sua avó foi uma mulher influente em seu tempo, fez mestrado e foi a primeira negra a ter uma placa em um museu.
Deborah Martin confessa que não é uma profunda entendedora do futebol, mas que concentra seus esforços no "negócio do futebol". Muitas vezes ela encontra resistência, mas consegue defender suas ideias.
- Apesar dos sucessos e contribuições que fiz junto com Seedorf no futebol, alguns sempre se referem ao fato de que eu não ser uma especialista, embora muitos deles não sejam também, são apenas torcedores fanáticos. Muitas vezes há uma tentativa de ignorar ou não aderir às minhas observações ou decisões. Felizmente, eu estou, na maioria dos casos, em posição de insistir. No final do dia, mover as coisas em uma direção progressista é tudo o que importa - afirmou ao "Red Shoe Movement".
Eu nunca vou esquecer quando chegamos no Rio, depois que eu fiz a
transação e a assinatura de contrato de Seedorf com o Botafogo, e havia
mais de 2 mil pessoas no aeroporto gritando 'Deborah, Deborah'"
Deborah Martin
- Achei o mercado brasileiro muito mais aberto e apreciativo para minhas contribuições do que o italiano. Eu nunca vou esquecer quando chegamos no Rio, depois que eu fiz a transação e a assinatura de contrato de Seedorf com o Botafogo, e havia mais de 2 mil pessoas no aeroporto gritando "Deborah, Deborah". Depois deste dia o povo do Brasil se aproximou de mim na rua, me agradecendo, reconhecendo a contribuição no futebol por ser a primeira vez que um campeão europeu (um particularmente tão grande como Seedorf) para o Brasil, quando, tradicionalmente, os campeões são exportados do Brasil.
Na Itália, Deborah contou que a sua recepção não foi tão amistosa quando tomou as rédeas para a venda do clube Monza. Ela lembra que todos passaram a observar seu jeito e até a chamaram de "Dama de Ferro".
- O que acontece na Itália é completamente o oposto. No momento em que fui contratada como a única negociadora para vender o AC Monza, um clube centenário, houve ridicularização pela imprensa com manchetes do tipo: "É oficial: Monza está nas mãos de uma mulher." Começaram a me chamar de "Lady di Ferro" (Dama de Ferro). Eles escrevem sobre o que eu uso, a minha postura ou até mesmo a distância física eu que mantenho das pessoas. Tudo pode ser verdade, mas você nunca vai ler ou ouvir essas coisas sobre um homem.
Antes de trabalhar com Seedorf, a empresária estava acostumada a lidar com cantoras e atrizes como as estrelas Beyonce, Britney Spears, Cameron Diaz e muitas outras. Para Deborah Martin, a vantagem de estar no meio do esporte agora é ter uma visão mais distanciada, menos apaixonada.
- Minha maior vantagem como mulher na indústria do esporte, em oposição ao ramo do entretenimento, é a minha distância. Eu realmente gosto e aprecio o futebol, mas eu não sou uma fã incondicional. Abordo todos os meus negócios a partir do ponto de vista do negócio, por isso sou mais prática e menos idealista. Foi dito que há um frescor na minha opinião, o que é muito necessário para a saúde do futebol e dos clubes. Acredite ou não, alguns clubes europeus sobrevivem mais por causa da paixão e compromisso de seus proprietários ricos do que do resultado do sucesso dos negócios do clube.
Mãe, a americana disse que os maiores desafios de sua são encontrar tempo para acompanhar a filha Sophie e negociar com pessoas de todo o mundo em idiomas diferentes.
- Eu trabalho em todo o mundo e preciso me comunicar, negociar e até mesmo fazer contratos em italiano, português, chinês, árabe, espanhol... Outro grande desafio é ser uma boa mãe muito presente e uma boa mulher de negócios. Minha filha Sophie sabe que trabalho, mas tento fazê-la sentir menos a ausência. Levar para escola, estar presente nas atividades extra-curriculares, seja natação, ballet, música... a mãe tem que estar lá. Viajo muito com ela e tentamos conciliar com a agenda escolar... mas é um grande desafio. Quando vou colocá-la na cama, meu escritório em Los Angeles está começando a despertar, e o de Nova York está em pleno trabalho. Para mim, como mãe, o melhor é o horário da Europa Ocidental, mas eu convivo com poucas horas de sono diariamente.
Depois que Seedorf passou a defender o Botafogo e morar no Rio de Janeiro, Deborah Martin já esteve no país algumas vezes para tratar de negócios. O objetivo é aproveitar as potencialidades que a Copa do Mundo trazem ao país
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/05/estranha-no-ninho-no-futebol-agente-de-seedorf-elogia-os-brasileiros.html
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