A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
A escalação titular que Jorginho encontrou há três jogos segue com 100% de aproveitamento. Muito com a ajuda de Renato
Abreu. Com dois gols de falta - agora já são 25 desta forma pelo clube
-, o apoiador voltou a ser decisivo, e o Flamengo venceu o Campinense
por 2 a 1, de virada, pela segunda fase da Copa do Brasil. Na noite
desta quarta-feira em Campina Grande, na Paraíba, a bola parada foi a
arma do Rubro-Negro carioca contra o time que foi campeão da Copa do
Nordeste sem ser vazado em casa. Mesmo maioria no estádio Amigão, os
rubro-negros paraibanos foram da euforia, com o gol de Jeferson
Maranhense logo no início, ao silêncio. O resultado, porém, não elimina o
jogo de volta no Rio de Janeiro, com possibilidade de ser no Maracanã,
dia 15 de maio.
Eliminado do Campeonato Carioca, o Flamengo aguarda a próxima partida da Copa do Brasil, quando jogará pelo empate para passar de fase. Até a derrota por 1 a 0 basta. Se o placar se repetir a favor do adversário, a decisão vai para os pênaltis. O Campinense, classificado como "osso duro de roer" pelo técnico Jorginho, precisará da vitória por dois gols de diferença - ou por um de vantagem, desde que marque três ou mais fora de casa. Antes disso, o time paraibano volta as suas atenções para o estadual. Líder isolado do segundo turno, a equipe recebe neste domingo o Sousa, no Amigão.
Campinense usa a sorte, Fla aproveita falha
Com 75% do Amigão à disposição, a torcida anfitriã fez a sua parte, lotou o estádio e jogou junto com o time da Raposa desde o início. Alternava gritos de incentivo e vaias a cada posse de bola do Flamengo. Só que mais importante que o apoio da arquibancada para o Campinense foi o fator sorte. A bola mal rolou no gramado irregular e saiu o gol dos anfitriões. Aos cinco minutos, Jeferson Maranhense arriscou de longe um chute torto, sem endereço, mas que desviou nas pernas de Renato Santos e enganou o goleiro Felipe. A vantagem relâmpago levou os rubro-negros paraibanos ao delírio, e o time, para a retranca. Com marcação atrás do meio de campo, os donos da casa cederam campo ao adversário e chamaram os cariocas para o ataque.
Com Hernane cercado e pouco espaço para criar, as opções do Fla eram as subidas de Elias e a velocidade de Rafinha. A segunda alternativa deu mais resultado. Caindo pelos dois lados do campo, o rápido atacante construiu as melhores chances, inclusive a do gol de empate, ao sofrer falta na entrada da área. Com Renato Abreu, as bolas paradas voltaram a ser decisivas, mesmo com um laser da torcida local atrapalhando a visão do apoiador. Na primeira cobrança, o camisa 11 carimbou o travessão. Na segunda, aos 27, estufou a rede. O veterano soltou uma bomba, e o goleiro Pantera, que tentou encaixar no meio do gol, aceitou. A animada torcida se calou, e o Campinense, que só teve três finalizações no primeiro tempo, todas em chutes de longe, só não saiu no prejuízo porque Amaral, aniversariante do dia, furou o arremate na área após uma das poucas jogadas de Hernane.
Renato Abreu repete a fórmula, e Fla vira
As equipes voltaram modificadas para a etapa final, mas por motivos diferentes. Aparentemente satisfeito, Jorginho trocou Amaral, com incômodo muscular, por Luiz Antonio. Já Oliveira Canindé, reclamando da passividade da equipe, mexeu na defesa e no ataque. Com Luis Paulo, o Campinense até apareceu mais à frente. Mas atrás, Tiago Granja não conseguiu impedir o volume de jogo do Fla, que com menos de dez minutos perdeu duas ótimas oportunidades: uma com Léo Moura, num chute rente à trave, e outra com o pé direito de Renato Abreu, por cima do travessão.
Mas nada que o pé esquerdo do volante não resolvesse. Aos 14, em nova cobrança de falta - sofrida pelo próprio jogador após arrancada desde o campo de defesa -, ele mandou no ângulo do goleiro Pantera, que ainda chegou a tocar na bola, mas não evitou a virada.
Apesar de ter falhado no primeiro gol, Pantera foi responsável por evitar a eliminação precoce do Campinense. Mesmo com defesas atabalhoadas, ele salvou chutes de Gabriel e Hernane. No Flamengo, Carlos Eduardo substituiu um exausto Rafinha e, mesmo sem justificar ainda sua contratação, mostrou mais mobilidade. Nixon entrou já no fim, no lugar de um aplaudido Renato Abreu, mas pouco pôde fazer. Quem teve a chance de ouro de eliminar o jogo de volta foi González, aos 47 minutos. Mas a cabeçada do chileno acertou o pé da trave. No fim, a minoria torcida do Rubro-Negro carioca conseguiu ofuscar a maioria com gritos de "olé".
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- Infelizmente não conseguimos a classificação. Mas a vitória está de
bom tamanho - avaliou o meia Gabriel, atual camisa 10 da Gávea.Eliminado do Campeonato Carioca, o Flamengo aguarda a próxima partida da Copa do Brasil, quando jogará pelo empate para passar de fase. Até a derrota por 1 a 0 basta. Se o placar se repetir a favor do adversário, a decisão vai para os pênaltis. O Campinense, classificado como "osso duro de roer" pelo técnico Jorginho, precisará da vitória por dois gols de diferença - ou por um de vantagem, desde que marque três ou mais fora de casa. Antes disso, o time paraibano volta as suas atenções para o estadual. Líder isolado do segundo turno, a equipe recebe neste domingo o Sousa, no Amigão.
Decisivo, Renato Abreu marcou seu 25º gol de falta pelo Flamengo (Foto: Leonardo Silva / Vipcomm)
Com 75% do Amigão à disposição, a torcida anfitriã fez a sua parte, lotou o estádio e jogou junto com o time da Raposa desde o início. Alternava gritos de incentivo e vaias a cada posse de bola do Flamengo. Só que mais importante que o apoio da arquibancada para o Campinense foi o fator sorte. A bola mal rolou no gramado irregular e saiu o gol dos anfitriões. Aos cinco minutos, Jeferson Maranhense arriscou de longe um chute torto, sem endereço, mas que desviou nas pernas de Renato Santos e enganou o goleiro Felipe. A vantagem relâmpago levou os rubro-negros paraibanos ao delírio, e o time, para a retranca. Com marcação atrás do meio de campo, os donos da casa cederam campo ao adversário e chamaram os cariocas para o ataque.
Com Hernane cercado e pouco espaço para criar, as opções do Fla eram as subidas de Elias e a velocidade de Rafinha. A segunda alternativa deu mais resultado. Caindo pelos dois lados do campo, o rápido atacante construiu as melhores chances, inclusive a do gol de empate, ao sofrer falta na entrada da área. Com Renato Abreu, as bolas paradas voltaram a ser decisivas, mesmo com um laser da torcida local atrapalhando a visão do apoiador. Na primeira cobrança, o camisa 11 carimbou o travessão. Na segunda, aos 27, estufou a rede. O veterano soltou uma bomba, e o goleiro Pantera, que tentou encaixar no meio do gol, aceitou. A animada torcida se calou, e o Campinense, que só teve três finalizações no primeiro tempo, todas em chutes de longe, só não saiu no prejuízo porque Amaral, aniversariante do dia, furou o arremate na área após uma das poucas jogadas de Hernane.
Renato Abreu repete a fórmula, e Fla vira
As equipes voltaram modificadas para a etapa final, mas por motivos diferentes. Aparentemente satisfeito, Jorginho trocou Amaral, com incômodo muscular, por Luiz Antonio. Já Oliveira Canindé, reclamando da passividade da equipe, mexeu na defesa e no ataque. Com Luis Paulo, o Campinense até apareceu mais à frente. Mas atrás, Tiago Granja não conseguiu impedir o volume de jogo do Fla, que com menos de dez minutos perdeu duas ótimas oportunidades: uma com Léo Moura, num chute rente à trave, e outra com o pé direito de Renato Abreu, por cima do travessão.
Mas nada que o pé esquerdo do volante não resolvesse. Aos 14, em nova cobrança de falta - sofrida pelo próprio jogador após arrancada desde o campo de defesa -, ele mandou no ângulo do goleiro Pantera, que ainda chegou a tocar na bola, mas não evitou a virada.
Apesar de ter falhado no primeiro gol, Pantera foi responsável por evitar a eliminação precoce do Campinense. Mesmo com defesas atabalhoadas, ele salvou chutes de Gabriel e Hernane. No Flamengo, Carlos Eduardo substituiu um exausto Rafinha e, mesmo sem justificar ainda sua contratação, mostrou mais mobilidade. Nixon entrou já no fim, no lugar de um aplaudido Renato Abreu, mas pouco pôde fazer. Quem teve a chance de ouro de eliminar o jogo de volta foi González, aos 47 minutos. Mas a cabeçada do chileno acertou o pé da trave. No fim, a minoria torcida do Rubro-Negro carioca conseguiu ofuscar a maioria com gritos de "olé".
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-do-brasil-2013/01-05-2013/campinense-flamengo.html
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