Técnico do Rio de Janeiro recorda a rivalidade nas duas temporadas em que comandou o Minas, e comemora segundo título da Superliga após 10 anos
A noite que antecedeu a final foi praticamente em claro. Um filme
teimou em passar pela cabeça de Marcelo Fronckowiak. As lembranças da
carreira ganharam cor. Principalmente os últimos 10 anos. Queria
encerrar o ciclo da mesma forma que começou. Na temporada 2002/2003, a
que marcou a troca do uniforme de jogador pelo de técnico, conquistou o
título da Superliga com a Ulbra. Pouco depois, a porta se abriu na
França, onde ficou por cinco anos. Voltou ao Brasil na edição 2010/2011,
à frente do Minas. Foram duas temporadas vivendo a rivalidade com o
mesmo Cruzeiro. E sofrendo. Perdeu mais do que ganhou para o time de
Marcelo Mendez. E garante que os tropeços o fizeram aprender. No
domingo, mostrou isso com a vitória, de virada, do Rio de Janeiro.
- Naqueles anos em Belo Horizonte eu sofri na pele. Foram estaduais contra eles, fase de classificação, semifinais da Superliga. De alguma forma eu tinha que aprender um pouco (risos). Na dor a gente aprende. Sabia que precisávamos jogar muito bem porque o poder ofensivo era muito grande e a agressividade no saque também. Lembro que pensei no primeiro set: "Nossa, ainda vão jogar mais do que jogam?"- disse.
Não havia muito tempo para ficar se lamentando. O Rio de Janeiro não
podia se deixar abalar. Precisava, sim, arranjar uma forma de dificultar
a vida dos adversários. Teve frieza suficiente para mudar o rumo.
- Falei com eles no intervalo que precisávamos ter tranquilidade. A gente tinha que se ajudar. Se agarrar ao que já tinhamos feito. E fomos capazes de mostrar um vôlei consistente e de grupo. No segundo set, senti que a virada viria. Com a queda de rendimento do Cruzeiro, tivemos serenidade. A equipe soube jogar
.
Agora bicampeão como técnico e vencedor do campeonato também com
jogador, Fronckowiak sorri ao dizer que tinha uma pressão extra.
- O Bernardinho me deu um bela responsabilidade quando ganhou a Superliga feminina - ri - As pessoas estavam esquecendo de mim, porque abriu uma oportunidade de carreira internacional. Passei anos jogando a Liga B francesa porque quis e não me envergonho disso. Sempre achei que quem trabalha sério, um dia tem que acontecer. Dez anos depois de iniciar um ciclo vencendo, sou campeão de novo. Isso é legal.
Com a missão cumprida e com o contrato prestes a expirar - termina no dia 12 de maio, após a disputa do Sul-Americano - o treinador espera que haja a manutenção do projeto bancado pelo empresário Eike Batista. Considera importante para a cidade. Está preocupado com o atual momento do vôlei no país, com patrocinadores deixando a modalidade.
- O vôlei passa por um momento delicado. Quatro equipes já anunciaram que não continuam mais. Precisa existir bom senso com relação a investimento e sei que a CBV está aberta para que possamos ter uma exposição maior, para criar mais investimentos, calendários melhores. Para mim, o primeiro esporte no Brasil é o vôlei porque futebol é religião. Então, o que o Sesi, Cruzeiro, Rio, Minas fizeram na temporada a gente tem que valorizar.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/04/fronckowiak-lembra-derrotas-para-cruzeiro-na-dor-gente-aprende.html
- Naqueles anos em Belo Horizonte eu sofri na pele. Foram estaduais contra eles, fase de classificação, semifinais da Superliga. De alguma forma eu tinha que aprender um pouco (risos). Na dor a gente aprende. Sabia que precisávamos jogar muito bem porque o poder ofensivo era muito grande e a agressividade no saque também. Lembro que pensei no primeiro set: "Nossa, ainda vão jogar mais do que jogam?"- disse.
Marcelo Fronckowiak comemora a conquista com a família (Foto: André Durão)
- Falei com eles no intervalo que precisávamos ter tranquilidade. A gente tinha que se ajudar. Se agarrar ao que já tinhamos feito. E fomos capazes de mostrar um vôlei consistente e de grupo. No segundo set, senti que a virada viria. Com a queda de rendimento do Cruzeiro, tivemos serenidade. A equipe soube jogar
.
Fronckowiak recorda rivalidade quando comandou
o Minas (Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto)
o Minas (Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto)
- O Bernardinho me deu um bela responsabilidade quando ganhou a Superliga feminina - ri - As pessoas estavam esquecendo de mim, porque abriu uma oportunidade de carreira internacional. Passei anos jogando a Liga B francesa porque quis e não me envergonho disso. Sempre achei que quem trabalha sério, um dia tem que acontecer. Dez anos depois de iniciar um ciclo vencendo, sou campeão de novo. Isso é legal.
Com a missão cumprida e com o contrato prestes a expirar - termina no dia 12 de maio, após a disputa do Sul-Americano - o treinador espera que haja a manutenção do projeto bancado pelo empresário Eike Batista. Considera importante para a cidade. Está preocupado com o atual momento do vôlei no país, com patrocinadores deixando a modalidade.
- O vôlei passa por um momento delicado. Quatro equipes já anunciaram que não continuam mais. Precisa existir bom senso com relação a investimento e sei que a CBV está aberta para que possamos ter uma exposição maior, para criar mais investimentos, calendários melhores. Para mim, o primeiro esporte no Brasil é o vôlei porque futebol é religião. Então, o que o Sesi, Cruzeiro, Rio, Minas fizeram na temporada a gente tem que valorizar.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/04/fronckowiak-lembra-derrotas-para-cruzeiro-na-dor-gente-aprende.html
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