'Foi muito difícil a primeira metade', desabafa jogadora, que superou problema no ombro, doença da avó e crise na seleção, antes do ouro em Londres
Sheilla, premiada ao lado de Arthur Zanetti
(Foto: Marcos de Paula / Agência Estado)
(Foto: Marcos de Paula / Agência Estado)
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Quem a viu subir linda no palco do Theatro Municipal, num vestido longo cor de rosa que só experimentou poucas horas antes da festa,
não podia imaginar o quanto foi complicado para Sheilla chegar até ali.
Não pelos pés, que não se sentiam tão à vontade se equilibrando em
saltos altos, mas por toda a superação que foi preciso ter para fazer o
que era esperado dela. O diagnóstico de câncer dado a Dona Therezinha
tirou o chão da neta, que dedicou o Prêmio Brasil Olímpico a ela.- Foi muito difícil para mim a primeira metade do ano. A família sempre se apoiou na minha avó e ela corria risco de vida grande. Primeiro não sabíamos se ela sobreviveria a cirurgia e depois veio a quimioterapia... Não vou chorar...
Sheilla, sorridente e elegante na chegada ao Prêmio Brasil Olímpico (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Eu sempre acreditei nesse ouro. As coisas não caminharam do jeito que a gente esperava, mas sabia que o grupo era mais do que aquilo. Acho que o momento mais difícil para mim foi o jogo contra a Coreia. Ali foi o fundo do poço. Não dormimos naquela noite e fizemos reuniões. Uma abriu o coração para a outra, uma confiou na outra e ali começou a virada. Então, se eu tivesse que dividir esse troféu que ganhei teria que distribuir um pedacinho para as 12 jogadoras, e também para a Mari, Fabíola, Juciely e Camila Brait, para a comissão técnica, para a minha família e meus fãs. Tudo dividido igualmente. Fizemos um trabalho muito legal em Londres.
- Mas isso, só quando conseguir frear um pouco o ritmo. Eu ainda quero muita coisa. Quero o título Mundial em 2014, quero o tricampeonato no Rio, em 2016. Se vai haver pressão por jogarmos em casa? Estamos acostumadas. Se vamos conseguir nos aguentar por mais um ciclo? Claro! O desgaste é normal, mas somos fortes para superar. Vale o tri! - riu.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/12/sheilla-se-emociona-ao-lembrar-volta-por-cima-em-ano-que-teve-inicio-dificil.html
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