A coxa-branca Andrea Miranda e o atleticano Dago Reis tinham motivosde sobra para ficarem em campos opostos. Mas o amor falou mais alto
Dago e Andrea aprenderam a levar a rivalidade na
boa (Foto: Acervo pessoal)
boa (Foto: Acervo pessoal)
Pois é. O cupido prega peças e tem um senso de humor bem curioso unindo aqueles que estão em lados opostos no campo de futebol. Mas essa rivalidade pode ser até o tempero que aproxima duas pessoas, o estopim para um grande amor.
Quando se conheceram, Andrea Miranda e Dago Reis Amatnecks Filho não se suportavam. Ela, coxa-branca, e ele, rubro-negro, se digladiavam em um fórum de discussão justamente sobre o Atletiba. A relação era uma verdadeira guerra com provocações dos dois lados. Na época, ambos tinham outros relacionamentos e nem pensavam na peça que o destino iria pregar.
Vírus, provocações e, no fim, namoro
A primeira "briga em comum" que os colocou em rota de colisão foi o antigo ADAP (clube que se fundiu com Galo Maringá, em 2006). O clube foi uma grande surpresa do Paranaense de 2006 e surpreendeu o Atlético-PR nas quartas de final, o Coritiba na semi e foi o assunto na comunidade do Atletiba.
A derrota do Furacão para um time pequeno foi um prato cheio para Andrea, que não perdeu a oportunidade de zoar os atleticanos da comunidade. Porém, a vingança não tardou. Quando o Coxa também foi vitimado pelo ADAP, Dago instalou um vírus no perfil dela e, cada vez que Andrea abria a página, o hino do clube interiorano tocava.
– Não aguentava mais. Já tinha decorado o hino. Tive que chamar um técnico para arrumar. Eu odiava ele, um cara insuportável por fazer uma sacanagem dessas. Era só "quebração de pau" – conta Andrea.
O relacionamento começou com uma provocação, que depois virou amor (Foto: Acervo pessoal)
(O namoro) Não começou do zero, começou do negativo, mas deu certo."
Andrea Miranda
Dago diz que nem sempre foi tão tolerante com a rivalidade entre os dois clubes, mas a própria relação como uma coxa-branca e, atualmente o amor de sua vida, ensinou que não dava para levar tudo a sério.
No relacionamento, os dois aprenderam que a discussão é válida até um ponto, mas quando chega a um nível perigoso, o casal prefere parar.
- Futebol é uma coisa de lazer, secundária, para ser levado na boa, e não podemos deixar isso afetar o nosso relacionamento. Decidimos que cada um iria respeitar e não discutir mais por causa de futebol – diz Andrea.
A relação do casal passou da raiva para o amor
(Foto: Acervo pessoal)
(Foto: Acervo pessoal)
A próxima dúvida que os dois ainda não resolveram no relacionamento é quando tiverem um filho. Será Coritiba ou Atlético-PR? A proposta inicial é dividir meio a meio a decoração do quarto, mas ambos acreditam que os avós é que terão a missão de influenciar na definição.
- O casamento é uma certeza. A única incerteza é o time do filho. No lado dela é uma família de coxas-brancas, e, no meu caso, meu avô estava na fundação do Atlético – completa Dago.
No domingo, cada um assistirá ao jogo do seu time longe um do outro. Não vão para o estádio, mas também vão evitar ficar no mesmo lugar.
- É melhor separar. Depois que acaba o jogo ele vem aqui em casa e nós discutimos outras coisas, mas não sobre o Atletiba – ressalta Andrea.
Atlético-PR e Coritiba se enfrentam na Arena da Baixada, às 17h (de Brasília). O Coxa, no G-5, precisa da vitória para assegurar a vaga na Libertadores 2012. Do outro lado, o Furacão, no Z-4, tem um missão ainda mais complicada para escapar do rebaixamento. Tem de derrotar o arquirrival e torcer por tropeço do Ceará diante do Bahia e por uma derrota do Cruzeiro contra o Atlético-MG.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/pr/noticia/2011/12/casal-atletiba-mostra-que-rivalidade-pode-ser-o-inicio-de-um-grande-amor.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário