Ela era acusada de planejar a morte do marido, o milionário René Sena.
Com o resultado, cabeleireira passa a ter direito a 50% da herança.
O TJ julgou improcedente a acusação contra os quatro réus. O Ministério Público (MP) informou que vai recorrer da decisão somente no caso de Adriana.
Herança
A víúva Adriana foi a última ré a ser ouvida. Ela se emocionou durante a leitura da sentença e preferiu não falar com a imprensa. Com o resultado, a cabeleireira, que chegou a ficar presa por um ano e meio, é beneficiada com 50% da herança de René Sena. Antes de ser assassinado em janeiro de 2007, René ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena, e a fortuna agora estaria estimada em R$ 100 milhões.
Adriana deixou o fórum no carro de seu advogado de defesa e sob a escolta de uma equipe da Polícia Militar (PM) por volta de 2h45.
O depoimento da cabeleireira teve início na quinta-feira (1°) e durou mais de seis horas. Nesta sexta, ela chegou a ser vaiada por populares que acompanham o caso no tribunal.
Adriana Almeida, pouco após ser absolvida no Fórum de Rio Bonito. (Foto: Tássia Thum / G1)
A defesa da viúva tentou incriminar Renata, única filha de Rene Sena. O advogado ressaltou que Adriana lhe contou que no dia seguinte ao Natal de 2006, René teria falado à filha que gostaria de realizar um teste de DNA. Ainda de acordo com Jackson Costa, René teria contratado uma empresa para agilizar o exame, pagando por isso R$ 380 mil. No entanto, a defesa da filha alegou que Renata nunca recebeu nenhuma intimação por parte do pai solicitando o exame.
Após a morte de René, Adriana entrou com uma ação na Justiça pedindo o teste de DNA de Renata. A filha negou judicialmente o teste, mas procurou um laboratório da UFRJ para realizar o exame. Na ocasião foi usado material genético de irmãs de Rene, e o resultado comprovou a paternidade do milionário.
“A Adriana não tinha interesse na morte. Se ela quisesse matar, ela matava o Rene, que era diabético, com doses altas de insulina. A promotora pediu a absolvição dos três réus para mostrar ares de boa samaritana”
A defesa argumentou que a Justiça já liberou a favor de Renata cerca de R$ 2 milhões da fortuna bloqueada de René. Segundo Jackson Costa, não houve prestação de contas do dinheiro, que deveria ter sido utilizado para a manutenção e o pagamento de funcionários da fazenda deixada pelo milionário.
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A promotora Priscilla Naegele Vaz informou que vai requisitar à Justiça
a condenação do policial militar Alexandre Cipriani, pelo crime de
falso testemunho. Priscilla Naegele explica que o ex-segurança de René
mentiu no depoimento, ocorrido na quarta-feira (30), ao dizer que no dia
do crime Adriana recebeu telefonemas do seu pai, que teria ligado de
telefones públicos, pedindo que a filha o buscasse na rodoviária de Rio
Bonito. A versão do PM foi confirmada por Adriana, que contou ainda que
seu pai chegou a Rio Bonito, entre 11h e 12h do domingo, 7 de janeiro,
dia do crime.- Viúva de milionário da Mega-Sena é indiciada por homicídio
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No entanto, segundo o MP, as ligações dos orelhões para o telefone de Adriana teriam sido feitas pelo ex-PM Anderson Souza, condenado pela execução de René, em julgamento realizado em 2009. A promotoria argumentou que interceptações telefônicas comprovaram diversas ligações realizadas poucas horas antes e logo após o assassinato.
O MP informou durante o debate, que segundo informações do juiz Marcelo Espindola, da Vara Civel de Rio Bonito, os bens de René chegariam a R$ 100 milhões. Entre os bens do milionário que estão em nome de Adriana consta um carro, metade da fazenda onde morava com Rene, avaliada em R$ 9 milhões, além de um imóvel de luxo em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.
De acordo com a acusação, esse imóvel foi comprado por Adriana sem o consentimento do milionário. Na ocasião, ao assinar os documentos de compra do apartamento, Adriana teria omitido a união estável com René, e afirmou que era solteira.
Outros réus
Além de Adriana, mais três réus foram acusados de participar do crime. Dois deles foram ouvidos entre a noite de quarta-feira (30) e início de madrugada de quinta-feira. O primeiro réu a ser ouvido foi o policial militar Ronaldo Amaral, que chegou a ficar preso por 1 ano e 8 meses. Ele trabalhou por dois meses como segurança de René Sena. No entanto, o PM disse que na época do crime já não trabalhava mais com o milionário.
FONTE:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/12/viuva-do-caso-da-mega-sena-e-absolvida-no-rj.html
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