quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Vice demitido banca saída de técnico; Eduardo diz que não foi comunicado


Saída do treinador nesta quinta foi decidida pelo dirigente, que foi desligado logo em seguida. Fluminense não anunciou oficialmente a retirada de Baptista do cargo




Por
Rio de Janeiro




Eduardo Baptista, técnico Fluminense (Foto: Ag Estado)
Eduardo Baptista está fora do 
Fluminense (Foto: Ag Estado)


Mário Bittencourt demitiu Eduardo Baptista ainda em Vitória, onde o Fluminense foi derrotado por 2 a 0 para o Botafogo. Porém, pouco depois, quem foi desligado era o próprio vice de futebol.
O técnico diz que ainda não foi comunicado da saída. É envolto neste clima confuso que o Fluminense amanheceu nesta quinta-feira. De oficial apenas o desligamento de Bittencourt da vice-presidência de futebol e o afastamento de Fernando Simone da diretoria do departamento por 30 dias.

Em contato por telefone com o repórter da TV Globo, André Gallindo, Eduardo Baptista, que ainda não foi comunicado da demissão, afirma estar em compasso de espera. Ele disse ainda que espera entender o que está acontecendo.

- Gosto das coisas certinhas e não irei me envolver com essa situação toda. Vou esperar. Assim como você, eu também quero entender tudo isso que está acontecendo - revelou.

E a busca por um novo treinador já começou. Entretanto, ela fora iniciada por Mário Bittencourt, já demitido. Um dos alvos é Cuca, que já passou duas vezes pelas Laranjeiras e ficou os últimos dois anos na China. O empresário Eduardo Uram, que cuida da carreira do ex-comandante do Atlético-MG, confirmou o contato. Uram, no entanto, disse que ainda não conseguiu falar com Cuca e lembrou que o projeto do técnico era voltar a trabalhar entre abril e maio, próximo ao início do Brasileiro. Com alguns problemas de saúde na família, ele também pretende fazer uma viagem de três semanas pela Europa. Problemas que dificultam a contratação neste momento e que já estavam previstos desde a saída da China, segundo o empresário, apesar de todo o carinho que Cuca tem pelo Fluminense e sua torcida desde a campanha que evitou o rebaixamento do clube em 2009. Outro nome estudado dentro da cúpula tricolor é Levir Culpi, que deixou o Galo no ano passado.

- Depois que recebi a ligação do Mário, ainda não consegui falar com o Cuca. Temos um projeto alinhavado no qual ele voltaria a trabalhar um pouco mais adiante. No início do ano ele teve consultas e propostas de São Paulo, Atlético-MG... Mas a ideia dele era cuidar de questões familiares e fazer uma viagem para se reciclar na Europa. Também sei do carinho imenso que ele tem pela torcida do Flu. Se sente extremamente querido por tudo o que aconteceu em 2009. Mas custo a crer que ele vá mudar os projetos emergenciais em função disso. Um dos problemas de saúde afeta o irmão dele, que também faz parte de sua comissão técnica. São coisas muito pessoais. Depois de dois anos na China, ele precisava desse tempo parado. Está em um projeto de observação do futebol brasileiro, de reciclagem de jogadores, se readaptando. Pra depois fazer uma viagem de três semanas pela Europa. São problemas que dificultam - avisou o empresário de Cuca.

Coletiva Fluminense - Mário Bittencourt (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
Mário Bittencourt deixa a vice-presidência de 
futebol (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)


Baptista: 26 jogos, 13 derrotas e garrafa de água no clássico

Contratado em setembro de 2015, Eduardo Baptista já não tinha mais clima para continuar no comando do Fluminense. A pressão estava insustentável. Após a partida contra o Alvinegro, em que uma garrafa de água foi atirada em sua direção (veja vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo), o treinador já não voltaria com a delegação tricolor para o Rio. Segundo a assessoria do clube, ele seguiria para Paulínia, em São Paulo, onde vive sua família, em razão de problemas particulares.

Ainda no vestiário em Cariacica, houve uma reunião entre o treinador, dirigentes e o elenco. Alguns atletas ficaram com a impressão de que o tom do discurso era de despedida. Na entrevista coletiva, no entanto, o comandante tricolor preferiu palavras de mais otimismo, pensando no futuro.

- Olhei nos olhos dos jogadores. Estavam todos abatidos, mas de cabeça em pé. Estamos tristes, mas juntos para resolver essa situação. Faltam duas vitórias para a classificação. Aí começa um novo Carioca - opinou.

A pressão por sua saída vinha de todos os lados. Além da torcida, de grupos de oposição e até de membros do conselho diretor, a Flu Sócio, um dos principais grupos políticos do clube e que ajudou a eleger Peter Siemsen por duas vezes, divulgou texto pedindo imediata mudança de treinador:

"Continuar com essa comissão técnica é machucar ainda mais a torcida, que não merece uma campanha de apenas 7 pontos ganhos em 6 jogos do ridículo campeonato estadual da FERJ.

O argumento de não ter comissão técnica mais expressiva por questão de custos se esvaiu por completo, pois no início deste ano a diretoria gastou os tubos em contratações. É hora de mudanças profundas. Chega de inoperância. Estamos envergonhados".

Aos 43 anos, Eduardo Baptista fez sua estreia pelo Fluminense na derrota por 3 a 1 para a Ponte Preta, pela 27ª rodada do Brasileiro 2015. No total, ele comandou a equipe em 26 jogos, com oito vitórias, cinco empates e 13 derrotas. Aproveitamento de apenas 37,1% é o pior da era Peter Siemsen na presidência do Flu.

O Flu, quarto colocado do Grupo A do Carioca, só volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrenta o Friburguense, no estádio Eduardo Guinle.


FONTE;
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2016/02/eduardo-baptista-nao-resiste-pressao-e-e-demitido-do-fluminense.html

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