Caçula dos Karsten, família de origem alemã, Elke, de 20 anos, ajudou a classificar seleção feminina pela primeira vez aos Jogos e quer país jogando sem medo no Rio
Elke Karsten é uma das revelações do handebol da Argentina (Foto: Getty Images)
Se fora dela é introspectiva, dentro se transforma, brigando a cada bola e arremessando com potência da linha dos nove metros. Aos 20 anos, a descendente de alemães nascida em Corrientes, a 900km de Buenos Aires, ganhou rapidamente o status de essencial na seleção. Criada em uma família de esportistas - o pai jogou basquete, a mãe foi ciclista e as irmãs jogam handebol -, a central vai debutar nas Olimpíadas no Rio 2016, mesma edição que marcará a primeira participação das hermanas nos Jogos, muito por seu talento e garra.
- Minha mãe é fanática pelo Boca e sempre que podemos vamos a Boquita ver os jogos do time. Também sou torcedora do Boca e gosto muito de acompanhar de perto das partidas. Me empolgo mesmo - garante Elke, que no Mundial da Dinamarca, em dezembro passado, anotou 22 gols e chamou a atenção pela qualidade na distribuição ofensiva e arremessos de fora.
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Elke (à esquerda) na Bombonera ao lado das
irmãs em um jogo do Boca Juniors
(Foto: Arquivo Pessoal)
- Em casa sempre se falou muito de esporte, e nossos pais sempre nos acompanharam em tudo. As palavras que sempre falavam eram esforço, dedicação e sacrifício. Cresci praticando esportes com minhas irmãs no pátio da casa e também passei por vários outros. Em 2012, treinei pela primeira vez com a seleção argentina, no primeiro ano de juvenil. No ano seguinte, passei a compor o time adulto e depois já estava viajando para o Pan e depois para o Mundial da Sérvia, em 2013 - se recorda Elke, que defende o Clube Alemão até hoje (veja lances de Brasil x Argentina pelo último Mundial de Handebol, na Dinamarca clicando no LINK da FONTE no fim da matéria abaixo).
Elke Karsten ainda menina, jogando pelo Clube Alemão de Quilmes (Foto: Reprodução/Facebook)
A proximidade dos Jogos empolga a camisa 22 da Argentina. Elke nunca esteve no Rio de Janeiro, mas apesar de mencionar a beleza da cidade, espera mesmo é a hora de entrar em quadra e seguir evoluindo para quem sabe um dia jogar na Europa, um de seus desejos.
- Nunca fui ao Rio, tenho certeza que a cidade estará linda e pronta para os Jogos. O que posso dizer é que seria muito lindo e especial poder participar dos Jogos Olímpicos, já que para um atleta é o ponto mais alto da carreira poder jogá-lo. Gostaria muito também de jogar na Europa. É um sonho que espero que se torne realidade em breve.
Além da Argentina e do Brasil, a disputa feminina do handebol no Rio 2016 conta também com a Noruega (campeã do mundo), Espanha (vice-campeã europeia), Coreia do Sul (campeã asiática) e Angola (campeã africana). As outras seis vagas serão definidas de 17 a 20 de abril, em três pré-olímpicos mundiais. Cada torneio terá quatro seleções, com duas vagas em jogo em cada disputa.
Elke Karsten com a camisa 10, ao lado das irmãs
Heidi, Maia e Karen (Foto: Reprodução/Facebook)
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