domingo, 13 de dezembro de 2015

Medina bota fé no bi e intimida rivais por título: "Se falharem, estou aqui"


Mesmo dependendo de ida à final e tropeços de três oponentes para ter chances de caneco, Gabriel esbanja confiança no palco em que é apontado como grande favorito




Por
Direto de Oahu, Havaí



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Em todas as rodinhas que se formam no Havaí para discutir surfe, o atual campeão mundial, Gabriel Medina, é apontado por quase todo mundo como um dos grandes favoritos a vencer o Pipe Masters, que está na terceira fase e pode ser retomado neste domingo, às 16h (de Brasília), caso as condições do mar sejam consideradas as ideias pela Liga Mundial de Surfe (WSL) – a previsão indica ondas pequenas, assim como no sábado. Com a exibição segura na primeira fase que lhe rendeu vaga direta no round em que ele enfrentará o sul-africano Jordy Smith, o jovem astro aumentou ainda mais a ideia de que tem totais condições de conquistar o bicampeonato. No entanto, ele não depende apenas de si. Para levantar o caneco pelo segundo ano seguido, Gabriel precisa chegar no mínimo até a final e contar com uma combinação de tropeços de Mick Fanning, Filipe Toledo e Adriano de Souza, os três à frente dele no ranking desta temporada (veja todas as combinações no pé da página). Nada que desanime o jovem astro, pois, acima de tudo ele confia muito no próprio taco.

- Eu não sei muito dessas contas, meu foco é chegar na final e depois ganhar o campeonato. É isso que eu vou tentar fazer para ser bicampeão. No ano passado, eu liderava o ranking e tinha toda aquela história de ser o primeiro brasileiro campeão mundial. Agora estou mais leve e correndo por fora. Se eles falharem, eu estou aqui - disse Gabriel, lembrando o histórico título de 2014, quando ele chegou a Pipeline na ponta da tabela de classificação.

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Gabriel Medina Pipeline surfe (Foto: David Abramvezt)Gabriel Medina concede entrevista na areia de Banzai Pipeline (Foto: David Abramvezt)


No ano passado, nos tubos sagrados de Pipe, Gabriel nem precisava ter alcançando a final para assegurar o caneco. Bastou Fanning ser eliminado na quinta fase pelo brasileiro Alejo Muniz.

Mesmo assim, Medina demonstrou que doma como poucos as temidas ondas do pico do North Shore havaiano e fez uma campanha ótima até cair na final diante do australiano Julian Wilson, em um duelo histórico com placar de 19,63 a 19,20 (de 20 pontos possíveis).

- Eu gosto dessa onda, porque é parecida com a de Maresias (praia onde vive Gabriel, no Litoral Norte de São Paulo) e Paúba (pico vizinho). É uma onda que é muito boa quando você consegue fazer o drop e dá tudo certo. Mas a onda é temida, porque o fundo do mar é de coral e, se der algo errado, você pode sofrer um acidente. Você fica ansioso para surfar, mas ao mesmo tempo fica com medo pelos riscos que você na onda. 

Gabriel Medina na estreia em Pipeline Havai - circuito mundial de surfe (Foto: WSL / Kelly Cestari)
Gabriel se prepara par entrar em tubo durante 
sua vitória na primeira fase deste ano, em Pipe 
(Foto: WSL / Kelly Cestari)


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A forma demonstrada pelo campeão mundial no triunfo sobre o havaiano Keanu Asing e o australiano Wade Carmichael na primeira fase, na última quinta-feira, foi fruto de uma intensa preparação feita no mês passado, já no Havaí. Gabriel optou por disputar dessa vez as duas primeiras pernas da Tríplice Coroa Havaiana, as edições do QS 10.000 de Haleiwa e Sunset Beach. Em ambas, ele chegou na semifinal, obtendo uma pontuação que o deixa em segundo lugar da corrida pela prestigiada série que termina no Pipe Masters. Levantar pela primeira vez a láurea do Havaí também é uma meta de Medina.

- Ter disputado os dois QS 10.000 aqui do Havaí e chegado na semifinal dos dois foi muito bom para a minha preparação. Quero brigar pelo título mundial e também pelo título da Tríplice Coroa Havaiana, que eu nunca ganhei e é um troféu muito valorizado no surfe.

Adriano de Souza (Mineirinho), Filipe Toledo e Gabriel Medina, os três brasileiros concorrentes ao título (Foto: WSL / Kirstin Scholtz)
Gabriel posa com Mineirinho e Filipinho, os 
outros brasileiros com chance de título 
mundial (Foto: WSL / Kirstin Scholtz)



BATERIAS DA TERCEIRA FASE

1. Gabriel Medina (BRA) x Jordy Smith (AFS)
2. Bede Dubidge (AUS) x Keanu Asing (HAV)
3. Italo Ferreira (BRA) x C.J. Hobgood (EUA)
4. Kelly Slater (EUA) x Michel Bourez (TAI)
5. Mick Fanning (AUS) x Jamie O'Brien (HAV)
6. John John Florence (HAV) x Taj Burrow (AUS)
7. Filipe Toledo (BRA) x Mason Ho (HAV)
8. Joel Parkinson (AUS) x Kai Otton (AUS)
9. Jeremy Flores (FRA) x Sebastian Zietz (HAV)
10. Julian Wilson (AUS) x Adam Melling (AUS)
11. Josh Kerr (AUS) x Adrian Buchan (AUS)
12. Adriano de Souza (BRA) x Glenn Hall (IRL)


AS CHANCES DE TÍTULO DE CADA UM

Mick Fanning é campeão mundial se:
- vencer a etapa
- chegar em 2º e Toledo e Mineirinho não vencerem
- chegar até a semifinal, Toledo não passar das quartas e Mineirinho da semifinal
- chegar até as quartas, Toledo não passar da 5ª fase e Mineirinho das quartas
- chegar até a 5ª fase, Toledo não passar da 3ª fase, Mineirinho da 5ª fase, e Medina não vencer

Filipe Toledo é campeão mundial se:
- vencer a etapa
- chegar em 2º e Fanning e Mineirinho não vencerem
- chegar até a semifinal e Fanning e Mineirinho não passarem da semifinal (caso Mineirinho seja 2º haverá bateria de desempate)
- chegar até as quartas, Fanning não passar das quartas e Mineirinho da semifinal
- chegar até a 5ª fase, Fanning não passar da 5ª fase, Mineirinho das quartas e Medina não vencer a etapa
- chegar até a 3ª fase, Fanning e Mineirinho não passarem da 3ª fase, Medina das semifinais e Julian não vencer a etapa (se Julian vencer a etapa, haverá bateria desempate)

Adriano de Souza é campeão mundial se:
- vencer a etapa
​ ​- chegar em 2º, Toledo não passar das quartas e Fanning da semifinal (caso Toledo pare na semifinal, haverá bateria de desempate)
- chegar até a semifinal, Toledo não passar da 5ª fase e Fanning das quartas
- chegar até as quartas, Toledo não passar da 3ª fase, Fanning da 5ª fase e Medina não vencer a etapa
- chegar até a 5ª fase, Toledo e Fanning não passarem da 3ª fase e Medina não vencer a etapa

Gabriel Medina é campeão mundial se:
- vencer a etapa, Toledo não passar da 5ª fase e Fanning e Mineirinho não passarem das quartas
- chegar em 2º, Toledo, Fanning e Mineirinho não passarem da 3ª fase



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